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terça-feira, 8 de outubro de 2013

O SETOR TERCIÁRIO


O SETOR TERCIÁRIO
Prof. Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br



                Ao longo da história da humanidade, os setores da economia ganharam maior ou menor destaque, conforme a época e o lugar. Assim, por exemplo, na Pré-História, a caça e a pesca (atividades extrativistas do Setor Primário) mereceram destaque. Já na Antiguidade, a agropecuária (também pertencente ao Primário) ganhou relevância, da mesma forma que na Idade Média. Com a Modernidade (entre os séculos XV e XVIII), o comércio (Setor Terciário) passou a ter enorme importância, daí falar-se em Revolução Comercial. A Idade Contemporânea trouxe consigo a chamada Revolução Industrial, inicialmente na Inglaterra e, mais tarde, em outras regiões do planeta. Com a contemporaneidade, o Setor Secundário, portanto, passou a ocupar lugar de destaque na economia. Hoje, em especial nos países desenvolvidos (Norte), o Setor Terciário, representado principalmente pelos “serviços”, tem ganhado espaço. Exemplo disso é o turismo, seja ele “natural” (quando a própria natureza garante, por assim dizer, os atrativos turísticos) ou “produzido” (quando a ação humana é a principal responsável pelos referidos atrativos). No Brasil, assim como na maioria dos países “emergentes” – como os do BRICS – o setor de serviços também vem sendo um dos mais importantes na composição do PIB (Produto Interno Bruto). O turismo em nosso país tem inegável importância econômica e social, por exemplo. Contudo, em que pese tamanha relevância, inúmeros são os problemas e gargalos que prejudicam tal atividade econômica. Um deles é a infraestrutura. Rodovias, portos, aeroportos, saneamento básico, segurança pública são alguns entre tantos pontos muito aquém do razoável, pontos estes que, sem dúvida, servem de limitadores e inibidores para a vinda e trânsito de turistas em nossas terras. Somado a isso, existem problemas conjunturais ligados ao câmbio (valorização ou desvalorização do real frente ao dólar), às crises internacionais, entre outros, que contribuem negativamente para o turismo no Brasil. Ainda assim, o Setor Terciário – como o turismo, por exemplo – tem sido responsável pela geração de empregos, trabalho e renda.
                Vimos em nossas aulas que inúmeros e inegáveis são os avanços no campo das relações trabalhistas. Muitos dos direitos hoje existentes são frutos de um longo e penoso processo, oriundos, portanto, das lutas das classes trabalhadoras. Apesar disso, verifica-se no Brasil, ainda, o trabalho escravo. Segundo dados oficiais, são mais de quarenta mil trabalhadores nessa situação. Apesar das diferenças entre o trabalho escravo hodierno e o de épocas pretéritas, algo existe de comum entre eles: o desrespeito a um princípio hoje indiscutível, o da dignidade da pessoa humana. As leis abolicionistas do século XIX não se mostraram capazes de romper com a discriminação, de qualquer espécie, nem tampouco de promover a igualdade social. Não por acaso, a exploração ignóbil e abjeta da mão de obra humana segue sendo uma triste realidade neste país.



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