O SETOR TERCIÁRIO
Prof. Gilvan
Teixeira
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
Ao longo da história da humanidade, os setores da
economia ganharam maior ou menor destaque, conforme a época e o lugar. Assim,
por exemplo, na Pré-História, a caça e a pesca (atividades extrativistas do
Setor Primário) mereceram destaque. Já na Antiguidade, a agropecuária (também
pertencente ao Primário) ganhou relevância, da mesma forma que na Idade Média.
Com a Modernidade (entre os séculos XV e XVIII), o comércio (Setor Terciário)
passou a ter enorme importância, daí falar-se em Revolução Comercial. A Idade
Contemporânea trouxe consigo a chamada Revolução Industrial, inicialmente na
Inglaterra e, mais tarde, em outras regiões do planeta. Com a
contemporaneidade, o Setor Secundário, portanto, passou a ocupar lugar de
destaque na economia. Hoje, em especial nos países desenvolvidos (Norte), o
Setor Terciário, representado principalmente pelos “serviços”, tem ganhado
espaço. Exemplo disso é o turismo, seja ele “natural” (quando a própria
natureza garante, por assim dizer, os atrativos turísticos) ou “produzido”
(quando a ação humana é a principal responsável pelos referidos atrativos). No
Brasil, assim como na maioria dos países “emergentes” – como os do BRICS – o
setor de serviços também vem sendo um dos mais importantes na composição do PIB
(Produto Interno Bruto). O turismo em nosso país tem inegável importância
econômica e social, por exemplo. Contudo, em que pese tamanha relevância,
inúmeros são os problemas e gargalos que prejudicam tal atividade econômica. Um
deles é a infraestrutura. Rodovias, portos, aeroportos, saneamento básico,
segurança pública são alguns entre tantos pontos muito aquém do razoável,
pontos estes que, sem dúvida, servem de limitadores e inibidores para a vinda e
trânsito de turistas em nossas terras. Somado a isso, existem problemas
conjunturais ligados ao câmbio (valorização ou desvalorização do real frente ao
dólar), às crises internacionais, entre outros, que contribuem negativamente
para o turismo no Brasil. Ainda assim, o Setor Terciário – como o turismo, por
exemplo – tem sido responsável pela geração de empregos, trabalho e renda.
Vimos em nossas aulas que inúmeros e inegáveis são os
avanços no campo das relações trabalhistas. Muitos dos direitos hoje existentes
são frutos de um longo e penoso processo, oriundos, portanto, das lutas das
classes trabalhadoras. Apesar disso, verifica-se no Brasil, ainda, o trabalho
escravo. Segundo dados oficiais, são mais de quarenta mil trabalhadores nessa
situação. Apesar das diferenças entre o trabalho escravo hodierno e o de épocas
pretéritas, algo existe de comum entre eles: o desrespeito a um princípio hoje
indiscutível, o da dignidade da pessoa humana. As leis abolicionistas do século
XIX não se mostraram capazes de romper com a discriminação, de qualquer
espécie, nem tampouco de promover a igualdade social. Não por acaso, a
exploração ignóbil e abjeta da mão de obra humana segue sendo uma triste
realidade neste país.
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