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sábado, 4 de março de 2023

Fevereiro de 2023

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 "No solo sagrado do STF, o regime democrático permanece inabalado", afirmou Rosa Weber, Presidente do STF. Apesar de bonita, a frase mais soa como "ato falho" da Ministra, pois deixa transparecer a ideia de que o Tribunal é um Olimpo, onde reinam os deuses responsáveis pelas venturas e desventuras da humanidade. Importante lembrar que os integrantes da Corte, ainda que a mais elevada, são falíveis e mortais. Frisa-se, ainda, que inexiste qualquer espécie de "sacralidade" naquele espaço ou, existindo, assemelha-se a qualquer outro espaço público. Os Ministros vivem como se fossem deuses, desejam ser tratados como tal, acreditam terem poderes além daqueles comuns aos pobres mortais, mas são apenas e tão-somente servidores públicos, devendo à coletividade prestarem contas e desempenharem suas funções com ética e competência. O Judiciário brasileiro mais faz lembrar o irmão esnobe, ostentando altos salários e privilégios nada republicanos, enquanto o Executivo, em especial, é formado - especialmente nas esferas estadual e municipal - por servidores mal pagos, infraestrutura precária e horizontes sombrios. Abraço a todos os que são feitos de carne e osso!

Fama e dinheiro (nem sempre andam juntas) têm sido o sonho de muitos. Deveriam servir para congregar, aproximar, abençoar vidas. Usá-las para ostentação, de que valem? Mortos, o que faremos com elas? Quanto aos herdeiros, receberão muito mais do que o suficiente para viverem com fartura. Não apenas eles, mas as próximas dez gerações... Herança que, se não bem assimilada e administrada, torna-se maldição, fomentando a preguiça, depressão, ciúmes, traição, autodestruição e tantos outros problemas forjados no inferno. A humildade, talvez, seja o melhor antídoto. Comportar-se como alguém feito de carne e osso, sabendo que o minuto seguinte é uma grande incógnita e sobre ele não há qualquer controle humano. Entender que o maior legado não pode ser medido por moedas, títulos, ações na bolsa, imóveis, obras de arte. O bem mais valioso ao partirmos são os frutos do amor por nós deixados, alimentados pelas boas e saudosas lembranças. Grande abraço a todos os "afortunados".

Dona Gegê, mais um aniversário, que beleza! É, apesar dos mais de oitenta verões, a mulherzinha segue teimosa. Teima em lavar o pátio, assear a casa, cortar a grama. Só não trepa em árvore porque o joelho e a coluna não ajudam, sem falar na ameaça dos filhos em amarrá-la. Parabéns, querida mãezinha, pelo aniversário! Deus permita que gozemos de tua maravilhosa presença durante muito tempo. Para isso, é preciso que tomes juízo, minha velha. Beijo enorme no coração! Te amo.



Para alguns, a imagem de um cachorro conduzindo outro é uma incógnita. Na verdade, faz lembrar a relação entre o Estado e quem o sustenta. O mais interessante é que este último veste a coleira como um colar a adornar o pescoço, não a vendo como instrumento de dominação. Por outro lado, o Estado (personificado nas prefeituras, palácios, câmaras, assembleias, tribunais, etc.), demonstra não perceber que também é um "igual", em que pese sua empáfia e ostentação. Entre os dois, resta uma espécie de síndrome de Estocolmo, onde quem paga a conta (vítima de um Estado atroz) curva-se diante do dominador, por mais "pateta" que este último seja. Forte abraço, meus amigos "caninos".



Aos servidores da E.T.E Mascarenhas de Moraes, em Cachoeirinha, minha gratidão pela acolhida num momento um tanto que difícil. Obrigado pela sensibilidade e empatia, sendo prova cabal de que a escola ainda é espaço privilegiado de escuta e de transformação. Abraço especial aos professores Jones, Daiane Mohr, Fabrício, Neusa (Orientação), Fabi (Supervisão). Ao abraçá-los, o faço a todos os profissionais da instituição, da portaria à Direção, passando por todos os Setores que fazem a escola permanecer em pé, apesar das inúmeras dificuldades. O pequeno espaço temporal (segundo semestre de 2022) foi suficiente para marcar positivamente a relação, restando uma bela impressão que, por certo, permanecerá. Finalizo desejando sucesso e que sigam forjando verdadeiros cidadãos, comprometidos com a sorte do outro, pois que sem este nada somos! Beijo no coração!


"(...) O choro pode durar a noite inteira, mas a alegria vem de manhã, bem cedo" (Salmos, 30:5). A dor, o sofrimento, a tristeza e tantos outros dissabores são importantes para lembrarmos que somos humanos, finitos e que portanto eventual empáfia ou sentimento de superioridade frente ao outro soa como tolo e destituído de razão. Motivos para chorarmos são inúmeros, daí ser impossível enumerá-los. Até porque o que te faz chorar, talvez faça o outro sorrir. A boa notícia, como bem lembra o salmista, é que a alegria está ali adiante, mais próxima quem sabe do que imaginas. Precisas, contudo, olhar para ela, acreditar, secar as lágrimas e seguir adiante, até o próximo tombo. Assim é a vida! Nessa caminhada - mais longa para alguns e menos para outros - a espiritualidade (não a "religião" ou placa de igreja) vem se mostrando essencial, seja para nos levantarmos, seja para apoiarmos o outro. Creia no poder do amor, do perdão, da cura... Deus te ama e quer enxugar tuas lágrimas. Ótimo final de semana!

Merda e folhas! Comum tem sido vermos as pessoas encantadas com seus pets e jardins. Latidos, miados e lambidas... Flores multicoloridas, cheirinhos maravilhosos atiçando o olfato... A beleza dos animaizinhos e a formosura dos jardins encantam! Não são poucos os que ao optarem por eles esquecem da merda e das folhas... Sim, acolher um animalzinho de estimação requer que quem o faça se responsabilize pela limpeza dos espaços onde porventura o dito cujo escolha para "aliviar-se". Da mesma forma, no meio urbano, os detentores de árvores na calçada, por exemplo, têm o dever de recolher as folhas que, especialmente em algumas épocas do ano, atrapalham o fluxo pluvial e colocam em risco os transeuntes que circulam pela mesma. Quero dizer com isso tratar-se de uma péssima ideia ter pets e jardins? Absolutamente... Pelo contrário! Comprometer-se e responsabilizar-se por eles soa não apenas como terapêutico, mas denota cuidado e carinho. Somado a isso, trata-se de uma grande lição de vida, pois que esta é uma sucessão de prazeres e dores, felicidades e tristezas, vitórias e derrotas, sorrisos e lágrimas, "lambidas" e "cagadas", flores e espinhos... A merda e as folhas fazem parte da trajetória dos pets e jardins, compõem nossa própria jornada neste mundo! Beijão.

Educação de qualidade, onde encontrá-la? Na rede pública e/ou privada? Vamos por partes... Primeiro, o que entendemos por "educação de qualidade"? As firulas à disposição? Lousas digitais, aplicativos, programas e material didático vendidos a preço de ouro pelas editoras? Climatização das salas? Atividades diferenciadas no turno e/ou contraturno? Entendo que tudo isso é - alguns mais, outros menos - importante, mas não o MAIS importante. Uma educação de qualidade passa, necessária e obrigatoriamente, pelos profissionais que atuam na escola. São eles e não os "recursos" disponíveis que fazem desenrolar o processo de aprendizagem. Daí a necessidade em valorizá-los não por meio de discursos vazios e promessas de um "futuro" (que nunca chega!) melhor. Valorizá-los, isso sim, sob o ponto de vista remuneratório (a imensa maioria dos professores das redes pública e privada ganha muito aquém do razoável), garantindo-lhes tempo para planejamento (o que na escola pública há muito é uma realidade, na privada - salvo honrosas exceções - inexiste), condições mínimas de trabalho, formação continuada, dentre outros. Dito isso, uma educação de qualidade não pode prescindir de resultados. Estes precisam aparecer, sob risco da escola perder o sentido da própria existência. Inadmissível, após uma década e meia (do Pré ao término do Ensino Médio), o educando sair sem as "habilidades" (no Brasil, investe-se mais nos jargões do que na práxis) mínimas necessárias previstas na BNCC. A escola hoje não tem preparado para o mundo universitário e nem, tampouco, para o famigerado mercado de trabalho. Prepara para a vida? Esta dissocia-se do mundo acadêmico ou do mundo do trabalho? Não por acaso, tamanho descrédito em relação à escola. A escola nem de perto vem cumprindo seu papel, o de ensinar. Urge repensar e ressignificarmos o espaço escolar, tensionando para que o papel do educador seja socialmente reconhecido. Reconhecimento este que exige salários adequados, tempo para planejamento, suporte pedagógico, fortalecimento da autoridade professoral (educador não pode sofrer coação de qualquer espécie, no exercício da profissão, movida pelos caprichos de alunos e pais). Imprescindível, ainda, são políticas públicas de Estado (permanentes) e de governo (sujeitas às mudanças, conforme o andar da carruagem no campo político-partidário) sérias, competentes, pautadas no planejamento e não nas tão conhecidas "gambiarras". Enfim, uma educação de qualidade passa por muitas mãos (gestores, professores e demais profissionais que atuam na escola, alunos, pais...). A responsabilidade é de todos. Abracemos a escola e seus profissionais, zelemos por eles, assumamos o papel que nos cabe para que vislumbremos dias melhores. Beijo no coração de todos, em especial aos queridos colegas de profissão!