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terça-feira, 17 de abril de 2012

GEOPOLÍTICA DO PÓS-GUERRA

GEOPOLÍTICA DO PÓS-GUERRA
Prof. Gilvan
Blog: profgilvanteixeira.blogspot.com

                Geopolítica pode ser definida como sendo a forma, o jeito, a maneira dos países se relacionarem, em especial no campo da chamada política internacional. Portanto, um conceito próximo aquele já estudado quando da análise da Ordem Mundial. Esta, vale lembrar, mudou ao longo do tempo. Antes da Segunda Guerra, por exemplo, a Ordem era multipolar, onde alguns poucos países exerciam a hegemonia através, principalmente, do poder militar. Entre 1945 e meados da década de 1980, por sua vez, a Ordem Mundial era bipolar, afinal o palco estava polarizado entre os blocos socialista e capitalista, correspondendo ao período da chamada Guerra Fria. Finalmente, a partir de 1985, o mundo passou a vivenciar uma nova Ordem, agora fundada – segundo muitos autores – numa multipolaridade distinta daquela que antecedeu a Segunda Guerra. Hoje, a Ordem está pautada sobretudo no poder econômico.

                A Segunda Grande Guerra (1939-1945) representou, como visto acima, uma espécie de divisor de águas entre duas Ordens. Não por acaso. O conflito – motivado por inúmeras causas, especialmente econômicas – passou por várias etapas, merecendo destaque a entrada dos Estados Unidos e da União Soviética na guerra, situação que mudou por completo o desfecho da mesma. A partir de 1945, foi tomando corpo a chamada Guerra Fria, onde restou clara a polarização principalmente político-ideológica entre os blocos socialista e capitalista, sob a liderança da ex-União Soviética (1922-1992) e Estados Unidos, respectivamente. Tal radicalização pode ser caracterizada na célebre frase: “paz impossível, guerra improvável”, ou seja, um conflito marcado por um permanente tensionamento entre os blocos, com a existência de alguns conflitos armados entre países tidos como “satélites” (Cuba, Vietnã, Camboja, etc.), porém sem o enfrentamento militar direto entre as duas maiores potências do planeta. A Guerra Fria esteve marcada, ainda, pelo surgimento da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em 1949, bem como do Pacto de Varsóvia (1955), sendo ambos os “braços” bélicos de seus respectivos blocos.

                A Geopolítica do mundo pós-Guerra está intimamente ligada ao surgimento da ONU (Organização das Nações Unidas), em 1945. Ela veio, de certa forma, substituir a malfadada Liga das Nações, já que esta deixara de cumprir com o seu principal papel, qual seja, o de evitar que o mundo do entre-Guerras (1918-1939) se envolvesse num novo conflito de proporções mundiais. Assim, a ONU, vinha com a intenção de, ao menos em tese, pacificar o mundo pós-Guerra, garantindo uma paz que fosse sólida e duradoura. Todavia, desde seu nascimento, tal Organização tem despertado a desconfiança e, não raras vezes, o mais profundo descontentamento junto a muitos países que a compõem. Motivos não faltam para tanto. Um deles é a composição do Conselho de Segurança, principal órgão da ONU. Tal Conselho – formado apenas por Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia – tem se revelado autoritário e pouco representativo, pois que o poder de veto de seus membros coloca, muitas vezes, por terra o interesse de quase duas centenas de países. Pressões não faltam no sentido de que se busque mudanças significativas na forma como a ONU vem sendo conduzida. Contudo, ao que parece, o mundo está distante do dia em que povos e nações do mundo inteiro tenham, de fato, tratamento isonômico quando da tomada de decisões que, por vezes, lhes afetam.

                Hodiernamente, vive-se num mundo onde algumas “verdades” são construídas com enorme velocidade, mesmo que em prejuízo de culturas milenares. Alguns autores alegam que a Geopolítica atual é “unipolar” (monopolar, unopolar), onde os Estados Unidos despontariam como única e verdadeira potência, ao mesmo tempo, econômica, política, militar, cultural, etc., da Terra. Exageros à parte, o fato é que, na última década – especialmente após o fatídico 11 de setembro (2001) – temos assistido os EUA (principalmente nos governos que antecederam o de Obama) arvorarem-se como os grandes (únicos!!!) guardiões da democracia contra a eterna “ameaça” do temido Eixo do Mal, este quase sempre representado, de forma preconceituosa, pelos países de cultura islâmica.

6 comentários:

  1. Gostei foi bem esclareçedor com um breve resumo, de cada tópicos que se trata dos conflitos mundias na pos-guerra....e é isso ai continue postando conteudos que venha assim facilitar a vida dos estudantes brasileiros...

    Parabéns!!!!

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    1. Muito obrigado pelo retorno. É uma grande alegria poder contribuir. Abraço no coração.

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  2. Texto muito bom... Não achei nada parecido em outros sites... Bem explicado sobre a geopolítica pós guerra... Digo e repito muito bom... Parabéns!

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  3. Muito bom esse resumo, esclareceu muitas duvidas minha
    .obrigado e paravepa

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