ESPAÇO URBANO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Prof. Gilvan
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blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br
O processo de urbanização como que hibernara por
muito tempo. Para que se tenha ideia, no final do século XVIII, apenas 3% da
população mundial vivia nos “centros urbanos”. Já no início do século XX, o
percentual chegava a 14%. Para tamanho avanço, foi imprescindível a chamada
Revolução Industrial, esta ocorrida principalmente entre meados dos séculos
XVIII e XIX. Na década de 1950, aproximadamente 29% da população da Terra vivia
nas cidades, enquanto hoje este número ultrapassa 50%. Estudiosos afirmam que em
2050, cerca de 70% das pessoas viverão nos centros urbanos. Apesar do flagrante
crescimento da população urbana, vale lembrar que o processo tem se mostrado
desigual e heterogêneo. Assim, por exemplo, enquanto na Europa cerca de 73% da
população vive nas cidades, já na África o percentual é de pouco mais de 40%.
Na América Latina e Caribe, quase 80% das pessoas vivem nos centros urbanos,
enquanto na Ásia tão-somente 41% da população vive fora do campo. Resta clara,
portanto a relação existente entre o processo de urbanização e crescimento
econômico, crescimento este nem sempre seguido – na mesma proporção – de
melhoria na qualidade de vida da população.
Como poderíamos definir “processo de urbanização”?
Este pode ser conceituado como a transformação dos espaços naturais e rurais em
espaços urbanos, concomitantemente à transferência da população do campo em
direção à cidade. Contudo, ao contrário do que possa parecer, na prática a
definição do que seja “espaço urbano” nem sempre é tão simples. Alguns municípios
brasileiros, por exemplo, superdimensionam o chamado perímetro urbano como
forma de aumentarem a arrecadação.
Sob o ponto de vista histórico, o processo de
urbanização é uma fenômeno bastante recente. Na Idade Antiga, por exemplo,
apesar da existência de algumas grandes civilizações (Mesopotâmia, Egito, Roma,
etc.), mesmo elas possuíam características preponderantemente rurais. Na Idade
Média, o poder do senhor feudal contrastava com a força relativamente
inexpressiva do Rei, sendo aquele período marcado pela descentralização e
agrarismo. Na Idade Moderna, finalmente começaram a surgir alguns centros
urbanos mais expressivos, em especial na Europa. Contudo, foi na Idade
Contemporânea (principalmente a partir da Revolução Industrial, como já dito) que
o processo de urbanização se acentuou.
Segundo alguns autores, o processo de urbanização
deriva, principalmente, dos chamados fatores “atrativos” e “repulsivos”.
Enquanto os primeiros diriam respeito especialmente aos países ditos
desenvolvidos, os últimos estariam vinculados aos países subdesenvolvidos. Para
tais autores, os fatores atrativos estariam relacionados à força centrípeta
exercida pelas cidades em relação ao campo, como a oferta de empregos. Já os
fatores repulsivos diriam respeito, por exemplo, aos inúmeros problemas que
acabariam por “expulsar” o homem do campo em direção às cidades, como a
concentração fundiária.
Uma das características marcantes do processo de
urbanização é o surgimento das chamadas “aglomerações urbanas”, também conhecidas
como regiões metropolitanas. Estas são formadas pelo conjunto de cidades
conurbadas. Merecem destaque, ainda, as megalópoles, ou seja, duas ou mais
metrópoles ligadas por verdadeiros “corredores” de serviços, a tal ponto de
passarem a impressão de serem uma coisa só. Apesar dos inegáveis avanços
associados à expansão urbana, esta também traz seus, por assim dizer, “efeitos
colaterais” como, por exemplo, a favelização de enormes parcelas da população,
a precariedade dos serviços públicos, a agressão ao meio ambiente, entre
outros.
obrigada me ajudou muito
ResponderExcluirAlan, eu é que agradeço pela leitura do material. Forte abraço. Gilvan.
ExcluirObrigado, me ajudou muito com o meu trabalho de Geografia
ResponderExcluirFico feliz em poder contribuir. Abração. Gilvan.
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