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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Pensamentos de fevereiro (2021)

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Existe amor à moda antiga e também mãe à moda antiga. Minha mãe é assim. A Gegê não usa celular, por isso tive que repassar as inúmeras felicitações recebidas pelo aniversário. Ela agradeceu a cada um e cada uma pelas "curtidas", figurinhas e mensagens enviadas. Hora dessas, fará um arroz com galinha (insuperável...) e convidará a todos e todas (é duvidar, não sobrará nem a raspa). Meus queridos amigos e amigas, muito obrigado pelo carinho demonstrado pelo minha mãe. Fui e sou abençoado por tê-la, assim como por contar com vocês. (08/02/21)

A escolha ou simpatia por este ou aquele partido político pode, quando muito, indicar a opção ideológica do sujeito, mas JAMAIS seu caráter, honestidade, competência, inteligência, compromisso com a ética ou com o bem comum. Não fosse assim, os inúmeros e graves casos de corrupção, por exemplo, estariam associados apenas a uma ou outra bandeira, o que - sabemos - não é verdade. Corrupção é corrupção, desonestidade é desonestidade, mentira é mentira independentemente da tez partidária ou ideológica. Relativizar tais vícios em nome de um perverso pragmatismo maquiavélico soa como um verdadeiro atentado aos que, de fato, buscam construir um país mais justo. (14/02/21)

Os inúmeros ataques ao STF nascem, sobretudo, da fragilidade ética da própria Corte. O flagrante corporativismo, a perpetuação de privilégios, a indicação política de seus membros, o egocentrismo bizarro de quem a integra, a fragilidade argumentativa envolta nos intermináveis e pedantes discursos, o abissal fosso social a separar tais servidores (sim, pasmem, SERVIDORES...) de quem os sustenta, a incapacidade de fazer do Direito um instrumento de justiça, a falta de celeridade são apenas alguns dos fatores que têm feito do STF o verdadeiro quadro da dor. Lamentável, repugnante e vergonhoso! Verdadeiro lamaçal, ambiente propício para proliferação de críticas de toda espécie, ainda que propagadas por politiqueiros oportunistas e nada confiáveis. (16/02/21)

"Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros" (Lucas, 15:4-5). Linda parábola, mas - infelizmente - cada vez mais distante da realidade. Tristes tempos estes! Quantas ovelhas desgarradas pelos grilhões do vício, da fome, da dor física e da alma, da falta de oportunidade, do medo, do abandono, da síndrome da desistência... Não temos dado conta nem de uma, menos ainda das noventa e nove. Não temos dado conta das noventa e nove, menos ainda de uma. Mais do que um mero trocadilho, pura e triste realidade! Para cuidar de uma ou de todas, é necessário olhar cuidadoso e atento. Ao perdermos uma, perdemos todas! Portanto, lutemos por nossas ovelhas. Lute por aqueles e aquelas a quem amas. Não façamos de nossos apriscos lugares vazios, onde - apesar da aparente beleza e conforto - falte o essencial: nossas amadas ovelhas! (19/02/21)

Somos o país da falsa coerência. Saímos em defesa deste ou daquele grupo político, ainda que flagrantemente marcado pela corrupção, apadrinhamento e descaso com o interesse público. Mais vale atacar o outro do que tratar as próprias feridas e corrigir o tortuoso itinerário. Levantamos a bandeira da saúde, mas nos aglomeramos de forma irresponsável. Pregamos o "fique em casa", mas esquecemos a imperiosa necessidade de muitos em saírem na busca do pão. Defendemos o cerceamento das atividades econômicas, mas não abrimos mão do salário (e, por vezes, dos pesados penduricalhos perpetuados por um questionável e imoral "direito adquirido") advindo da arrecadação tributária e da movimentação da economia. Condenamos o gestor, mas olvidamos de nossas obrigações, por mais básicas que sejam, enquanto pais, filhos, patrões, empregados, condôminos, estudantes... Somos incoerentes em nome de uma falsa coerência! A sociedade, meus amigos, é complexa. Os interesses, distintos, quando não antagônicos. Deixar de reconhecer isso e acreditar numa "vontade única" soa como infantil e em nada contribui para o diálogo e busca de saídas. Deixemos de olhar para o umbigo como se fosse o mundo. Atentemos para o outro, pois sem ele nada somos. (20/02/21)

Assistindo o jogo entre Inter e Flamengo. Como bom gremista, obviamente "secando" o rival aqui do Sul. Sob o ponto de vista prático, quais são as reais consequências da minha torcida? Nenhuma, é claro. Não ficarei mais pobre ou rico, não comprometerá meus relacionamentos (sempre levei essa rivalidade na esportiva), não trará alívio às dívidas e preocupações... Já na política, não devo agir como torcedor, pois que o infortúnio na gestão de meu "adversário" trará, muito possivelmente, sérias consequências não apenas para ele e seu partido, mas para mim e boa parte da coletividade. A política não é espaço para "torcedores", nem tampouco a arena de quem acredita ser o mundo dividido entre gremistas e colorados. O maniqueísmo doentio e irresponsável precisa ser superado pelo diálogo entre os diferentes, buscando construir uma pauta voltada ao interesse público, fundada na busca de respostas a problemas que sejam comuns à maioria: combate à corrupção e malversação do dinheiro público, saúde, saneamento básico, segurança, educação, renda, mobilidade urbana... (21/02/21)

A história ensina! A queda da Bastilha traz consigo um importante recado: ou o Estado passa a servir aos que o sustentam e lhe dão sentido, ou imperará o fórceps que nasce da indignação de um povo sofrido. Onde falha o Direito (não este arremedo que temos) é possível que entre a guilhotina. Ou os Poderes (que mais fazem lembrar "os três patetas") honram com o papel que deles se espera, ou corre-se o risco de serem seus sanguessugas apeados a força. Ou os ditos "homens públicos" se portam como tal, ou serão extirpados feito câncer. Ou se dá um basta às formas, ainda que "subtendidas", de ditadura e tirania (sob paletós, togas ou fardas), ou trilharemos o perigoso caminho que atenta contra a real - e jamais vista por estas bandas - democracia. A fome supera o medo! O instinto de sobrevivência supera a caneta indiferente do burocrata, do gestor ou do juiz. Ninguém segura a turba. Sirva a fumaça da Bastilha como sinal! (21/02/21)

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