DISCURSO DE FORMATURA[1]
Gilvan Teixeira
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
Boa noite! Saúdo a mesa e, ao fazê-lo, saúdo a todos aqui
presentes. Findo não apenas “mais um”, mas “o” ano letivo. O tempo não se
repete, da mesma forma que um ano jamais foi, é ou será como outro. Os
formandos de hoje são únicos, singulares, especiais... Longe de ser piegas,
confesso já sentir saudade de cada um de vocês. Ao partirem, levarão não um, mas
vários “pedaços” deste velho professor. Talvez por isso, certo desconforto na
alma. Espécie de melancolia, meio que um vazio existencial, quiçá só comparável
ao sentimento de “perda” da mãe ao lançar o próprio filho ao mundo. Ficará bem?
Quem cuidará dele? Quem o alimentará, vestirá, acalentará? Pouco adianta lembrá-la
ser o filho homem já feito, com barba na cara e tudo! Mãe é mãe, assim como
professor é professor. Para onde irão nossos formandos? Qual o futuro preparado
pelo destino, se é que este existe? Trilharão o caminho acadêmico, do trabalho
ou de ambos? Enveredarão para o campo das “exatas” ou das “humanas”? Optarão
pela graduação ou curso técnico? Tudo isso importa, porém é pouco comparado à
maior dúvida: serão felizes? Saberão fazer uso das ferramentas por nós dadas?
Serão capazes de discernirem entre o que é bom e o que não é? Estarão aptos a enfrentarem os riscos da “selva”
reservados pela vida? Lembrarão dos nossos ensinamentos? Farão frutificar os
valores por nós disseminados? Cada um de vocês é produto de muito investimento,
não apenas econômico ou temporal, mas, sobretudo, afetivo. Investimento este
caro, afinal nasce junto ao que há de mais precioso: o coração. Daí a ligação umbilical
professor-aluno, relação esta forjada no tempo, aprofundada em cada pergunta,
resposta ou até mesmo no próprio silêncio. Pai que ama, conhece. Desnecessário
é lembrar o quanto o professor os conhece. Este é “aplicado”. Aquele, “malandro”.
Este é “introvertido”. Aquele, “expansivo”. Cada qual com suas qualidades, o
que os torna únicos. Diferentes entre si, mas amados, mesmo – e, talvez,
principalmente – os mais “rebeldes”. O ano está chegando ao ocaso. Lembrarão os
formandos – daqui a dez, vinte ou trinta anos – deste professor? Difícil dizer.
Contudo, assim como a mãe jamais esquece o filho nascido do ventre, serão vocês
eternamente lembrados por este singelo aprendiz. Pouco tenho a reclamar
comparado ao que preciso agradecer. Obrigado pela paciência, carinho, acolhida,
amizade. Obrigado, ainda, pela condescendência frente às minhas inúmeras falhas.
Obrigado aos colegas de profissão pelo belo trabalho ao longo da jornada.
Obrigado aos pais e responsáveis de cada um dos formandos, pois a vitória
destes é, também, de vocês. Louvo a Deus pela vida de cada um e de cada uma,
desejando muita paz, saúde e prosperidade. Muito obrigado!
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http://www.institutosaofrancisco.com.br/site/artigos_visualizar.php?artigo_autenticacao_=be1fa3cab05b2c1a545881d440396326
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