Cotas
Raciais: Inferiorização ou Inferioridade?
A exploração indígena e, posteriormente, negra
africana fazem parte do processo de colonização do Brasil. Ambas foram
abolidas, a segunda um século após a primeira. Apesar da liberdade, não foram providenciadas
medidas de integração social para negros e indígenas. Mais de 120 anos depois
da lei Áurea, a discriminação racial ainda é refletida no comportamento
brasileiro.
A maior parte da população negra e indígena do país
ocupa posições subalternas. O racismo, ainda com forte influência em certos
grupos, reflete uma maior dificuldade na inserção no mercado de trabalho. Esses
indivíduos de baixa renda geram filhos com escolaridade precária, mão de obra
desqualificada e oportunidades de emprego escassas, criando um ciclo da
pobreza. Segundo dados do IBGE do ano de 2010, os rendimentos médios mensais de
brancos (R$: 1538,00) se aproximam do dobro do valor relativo aos grupos de
negros (R$: 834,00), pardos (R$: 845,00) ou indígenas (R$: 735,00).
Segundo o filósofo Aristóteles em “Ética a Nicômaco”,
“A equidade, ao contrário, por sua própria natureza, visa corrigir a lei quando
esta se demonstra incompleta, para abarcar o caso especial e concreto, que foge
à aplicação genérica.” Para ele, a minoria deve ser tratada de modo especial e
diferenciada da maioria, com direitos e oportunidades asseguradas.
Fica evidente a dívida que o país tem historicamente
com ambas as etnias. É dever do governo auxiliar a todos, de modo simultâneo a
superação de problemas e a ruptura de paradigmas sociais como o de que negros
são inferiores. As desigualdades socioeconômicas brasileiras demonstram a
emergência por um sistema como o de cotas. É impossível tratar de maneira
igualitária realidades tão desiguais.
Nome: Maiara Preissler
Turma: 32
Obs: Esse texto garantiu a seleção para a primeira fase do Concurso
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O texto acima é da responsabilidade do(a) autor(a).
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