MAU USO DOS MEIOS ELETRÔNICOS: APONTANDO
RESPONSABILIDADES
Prof. Gilvan
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
A modernidade tem trazido inegáveis avanços no bojo
da chamada Globalização. Os meios de comunicação representam hoje um
extraordinário mundo de oportunidades e informações. As fronteiras físicas há
algum tempo vêm sendo suplantadas e as distâncias vencidas, por maiores que
sejam. A internet, por exemplo, vem
se transformando no principal canal de comunicação entre os mais distintos
matizes culturais, étnicos, sociais, econômicos... As chamadas “comunidades”
crescem numa velocidade vertiginosa. Facebook, twitter, orkut e tantas outras
criações associadas aos chamado mundo virtual vêm se constituindo em
fantásticas “janelas” para o mundo. Contudo, por paradoxal que possa parecer,
tais avanços ao mesmo tempo em que facilitam a comunicação, a precarizam. Além
de superficiais, em regra, os diálogos que povoam as “redes sociais” estão
marcados pelo mais profundo vazio existencial, acometidos de uma doentia
superficialidade e estéreis do ponto de vista do conteúdo e dos princípios mais
elementares. Escreve-se mal. Peca-se não apenas nas letras, pontos e acentos,
mas sobretudo nos tratamentos dispensados aos pares. Alega-se que a linguagem
da internet deve ser respeitada e
aceita como um “idioma” paralelo, próprio desta conjuntura. O problema é quando
tal “linguagem” vem não para somar, mas para substituir aquela outra, a culta.
O advento das “redes
sociais” tem trazido, também, inúmeras dificuldades no que tange às relações
pessoais que tangenciam a Escola. Esta última tem sido palco, não raras vezes, de
discussões e brigas nascidas de “postagens” equivocadas, irresponsáveis e, por
que não dizer, às vezes, infratoras. Ofensas, ameaças, práticas de bullying têm sido comuns. Jovens mal
resolvidos fazem das redes sociais terreno fértil para expressões
preconceituosas. Adolescentes sem limites se escondem por detrás do aparente
anonimato dos meios eletrônicos. Crianças mimadas lançam na internet tristes sementes que, ali
adiante, produzirão os frutos podres do desrespeito, da desobediência, da
depredação, do vandalismo e da indiferença frente ao sofrimento alheio. Adolescência
não pode ser jamais confundida com delinquência. Por certo, há limite para
eventuais rompantes dos jovens. Ignorá-lo é alimentar o triste, vergonhoso e
condenável quadro dos delitos, estes cada vez mais precoces e não menos
incomuns.
Urge maior cuidado
em relação ao uso dos meios eletrônicos, em especial as redes sociais. Maior
cuidado por parte não apenas das crianças e adolescentes, usuários de fato, mas
também e, talvez, sobretudo, dos pais ou responsáveis. A estes cabe zelar por
aquilo que diz respeito aos rebentos. Têm os pais responsabilidade moral e
jurídica em relação à prole. Portanto, deve restar claro que os pais têm não
apenas o direito, mas a obrigação de regrar e fiscalizar o uso da internet por parte dos filhos menores,
sob o risco de serem surpreendidos por demandas judiciais, por exemplo. Têm
sido frequentes ações envolvendo menores, ações estas que não raras vezes
desembocam na aplicação de medidas socioeducativas e/ou pagamento de indenizações.
Somadas ao prejuízo financeiro, se tem outras espécies de consequências, muito
mais graves, como a quebra da confiança e harmonia familiares, abalo das
relações sociais, entre outras.
No que tange às
crianças e, principalmente adolescentes (doze aos dezoito anos), ressalta-se a
necessidade de que se desmistifique a ideia da escassez ou inexistência de
sanções para atos praticados por menores. O Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) tem cunho “protetivo”, não “permissivo”. Busca tutelar
direito do menor, jamais sua conduta repreensível. Prova disso são as chamadas
medidas socioeducativas, estas aplicáveis para aqueles casos que, no mundo dos
adultos, se constitui em crime. Portanto, atos infracionais praticados por
adolescentes não passam incólume. Os juizados e tribunais têm, cada vez mais,
sido intolerantes com atos praticados por menores. Não diferente tem sido o
sentimento de outros segmentos e instituições da sociedade como, por exemplo, a
escola. Mister é que a sensação de
impunidade seja substituída pelo sentimento de justiça, de respeito à
coletividade e de obediência ao ordenamento, desde que justo e democrático.
Leia mais:
http://www.sinepe-rs.org.br/core.php?snippet=newsletter&idNews=17579&idPai=554&id=17580
http://institutosaofrancisco.com.br/site/artigos_visualizar.php?artigo_autenticacao_=49c838dff706849fd4963dea78200049
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