JUVENTUDE EM AÇÃO
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
Esperança. Não está morto quem peleia, tchê! A
Juventude em Ação está mais viva do que nunca, fazendo (re)nascer uma fagulha
de esperança. Como professor, vejo com profunda preocupação a flagrante apatia
dos jovens no que tange à efetiva participação nos desígnios de nosso Município.
Além de parca, tem sido uma participação de tez partidária. As poucas
lideranças que nascem nos movimentos acabam por lançar mão das mesmas práticas
que há pouco condenavam. São facilmente cooptados, afastando-se das utopias em
troca de um que outro aparente privilégio. Viram a “casaca”, e de ferrenhos
opositores se tornam cabos eleitorais, não sem antes terem “mamado” nas já
conhecidas tetas do poder. Sonhos são abandonados em troca de algumas moedas
advindas do status de estagiário
nesta ou naquela repartição pública. Agressor e vítima confraternizam, a ponto
da última ver no primeiro não mais um inimigo a ser combatido, mas sim um
modelo a ser seguido. A arapuca tem o seu preço. Arrefece-se a paixão pela
causa e perpetuam-se as desigualdades. O sopro da necessária e salutar
subversão, matéria-prima das grandes transformações, esvanece.
Há de se elogiar, portanto, a Juventude em Ação.
Talvez, um que outro “mas”. Vocabulário às vezes chulo, ofensas pessoais,
algumas estratégias quiçá equivocadas... Nada, contudo, que apague o brilho e
importância da iniciativa. Há muito que não se via por estas bandas um
movimento tão genuíno e original. Jovens fazendo da rua o grande laboratório da
práxis libertária e dando real sentido a termos até então engessados pelo
discurso acadêmico e morno (para não dizer, “morto”) das instituições de
ensino. Cidadania, democracia, inclusão, igualdade, ética... Expressões que
ganham vida. Desejo que a Juventude em Ação não se deixe prostituir pelos
holofotes e pelo canto enganoso das sereias. Não se venda e nem tampouco se
renda ao individualismo egoísta. Seja o “coletivo” a sua bandeira. Use de sua
energia para canalizar as demandas que nascem de uma distribuição ignóbil da
renda. Represente como que uma poderosa força centrípeta das mais diversas
forças vivas da sociedade. A Juventude em Ação pode, num futuro nem tão
distante, ser um importante – talvez o principal – movimento de articulação dos
“sem vez e sem voz”. Para tanto, necessário é que ela se debruce na reflexão,
na discussão, no tensionamento, no poder da palavra e, sobretudo, na ação, pois
que é esta última que tem emprestado não apenas o nome ao movimento, mas tem
sido o seu próprio norte.
Adorei... Você como professor sabe muito bem explicar a indignação de todos. O Professor deveria ganhar o salário dos Vereadores ou quem sabe de um Deputado Federal, os jovens começaram a abrir os olhos para a Política Brasileira, um grande passo para tentar pelo menos a moralizar um pouco nos 3 poderes. Espero que o Espírito de luta, mesmo que em alguns momentos, eles usem vocabulários chulos mas, eles aprenderam uma lição com a pouca vergonha dos nossos polítcos. Os Jovens querem ética e melhores condições de vida. Parabéns
ResponderExcluirSandra, muito me alegraste com tuas palavras. Acredito que é possível construirmos uma sociedade mais humana, ética e menos desigual. Abraço fraterno e viva a utopia!
ResponderExcluir