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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Norte

O NORTE
Prof. Gilvan


             Norte pode ser aqui definido como sendo o conjunto de países desenvolvidos, ou seja, aqueles países onde a maior parte da população tem acesso a uma boa qualidade de vida, situação esta que, por exemplo, se reflete em índices como o do IDH.  São eles chamados de Norte porque a maioria dos países desenvolvidos encontra-se no hemisfério norte. Na América, temos os Estados Unidos e o Canadá. Na Ásia, o Japão e Israel. Na Europa, cerca de duas a três dezenas de países que podem ser incluídos no restrito grupo (Alemanha, França, Holanda, Dinamarca, Bélgica, Finlândia, Noruega, Reino Unido, Espanha, Itália, entre outros). No hemisfério sul, por sua vez, são raros os exemplos de países do Norte, merecendo destaque Austrália e Nova Zelândia, ambos na Oceania.

            O Norte tem como característica obrigatória a boa qualidade de vida para  maioria da população. Contudo, outras características merecem destaque, em que pese não aparecerem na totalidade dos países do grupo. A economia do Norte está assentada no setor secundário, sendo tais países, normalmente, bastante industrializados, com um parque industrial moderno e com elevado grau de produtividade. O setor primário, quando presente, usa de métodos intensivos de produção, especialmente na agropecuária. O terciário, por sua vez, via de regra acompanha o secundário, o primeiro sendo diretamente proporcional ao segundo. Outra importante característica do Norte são os expressivos investimentos em educação e pesquisa, esta última, “matéria-prima” para tecnologia própria. Além disso, sabe-se, um ensino de qualidade é importante ferramenta de inserção social e formação de mão-de-obra qualificada para um mercado cada vez mais seletivo e competitivo. Nos países desenvolvidos, assiste-se a uma espécie de “ciclo vicioso da prosperidade”, onde as gerações presentes como que preparam e garantem às futuras uma boa qualidade de vida.

            Os países do Norte podem ser chamados de Sociedades de Consumo, ou seja, aquelas sociedades que têm acesso ao que há de mais moderno no que diz respeito à saúde, educação, transporte, comunicação, entre outros. O lado positivo de tais sociedade parece óbvio. Contudo, por outro lado, todo esse conforto pressupõe uma enorme quantidade de recursos naturais, muitos deles não renováveis.    



Porto Alegre, 2011.


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