Translate

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Espaço Geográfico


O ESPAÇO GEOGRÁFICO
Prof. Gilvan

            Espaço Geográfico pode ser visto como sinônimo de “superfície terrestre”, ou seja, onde a nossa vida se dá e acontece.  É nele que nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, constituímos família, construímos relações, morremos. Nele assistimos, ainda, a uma sempre presente interação entre homem e natureza, nascendo daí conceitos como paisagem original e paisagem humanizada. Historicamente, sabe-se, o homem sempre interferiu no meio em que vive, contudo nunca a ação humana se mostrou tão avassaladora e nociva ao meio ambiente como a partir da chamada Revolução Industrial e, de forma muito particular, como nos dias de hoje.  Daí abrirmos um “parêntese” para comentarmos acerca da indústria e suas fases.

            A primeira fase da indústria foi a do “artesanato”, fase esta mais antiga e duradoura, pois estendeu-se da origem do próprio homem até o séculos XV e XVI. Esteve marcado, sobretudo, pela inexistência da divisão do trabalho, ou seja, o artesão era responsável do início ao fim da produção. Para isso contava, tão somente, com ferramentas, sendo indispensável sua destreza manual. Foi uma fase marcada, ainda, pela produção bastante limitada, com um impacto por demais modesto no que tange ao uso de matérias-primas. A segunda fase da indústria, a da “manufatura”, por sua vez, estendeu-se do século XVI ao XVIII. Foi um período marcado pelo incipiente divisão do trabalho, tendo – por exemplo -, de um lado, o mestre e, de outro, os aprendizes. Há um aumento na produção e, por conseguinte, na necessidade de matérias-primas, com um impacto mais significativo sobre o meio. Temos aí o uso de máquinas, apesar de rudimentares, sendo o homem, como na fase anterior, ainda, o centro da produção. A terceira e última fase é a da “indústria moderna”, fase esta que pode ser subdividida em Primeira, Segunda e Terceira Revoluções Industriais. A fase da indústria moderna tem, entre suas características, a profunda divisão do trabalho (especialização), a substituição do homem pela máquina como “centro” da produção, com um profundo aumento na produção, com o conseqüente aumento na necessidade de matérias-primas e com o conhecido desequilíbrio no meio ambiente.

            Conclui-se, portanto, que difícil – senão impossível – é dissociarmos homem e natureza. Há entre ambos uma relação umbilical, há ponto de se confundirem. O grande desafio é, por certo, o chamado desenvolvimento sustentável, ou seja, o uso dos recursos naturais de forma ordenada e responsável, pois que, do contrário, tornar-se-á inviável e talvez impensável a sobrevivência do próprio homem sobre a superfície terrestre.  


Porto Alegre, 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário