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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Geografia: seu ensino e importância

             

GEOGRAFIA: SEU ENSINO E IMPORTÂNCIA
Prof. Gilvan

            Muitos são os conceitos aceitáveis para o termo “Geografia”, alguns porém muito limitados. Seria ela o “estudo da Terra”? Não nos parece uma boa definição, até porque tal disciplina extrapola os limites de nosso planeta. Preferimos defini-la como sendo a ciência que estuda o espaço (independentemente de seu tamanho ou lugar) e nossa ação sobre ele. Por que nossa? Devemos, enquanto sujeitos que somos, assumir nosso papel e responsabilidade na relação que estabelecemos com o meio em que estamos inseridos. Será que não temos degradado nosso espaço[1]? Será que não temos agido como consumidores inconseqüentes, pondo em risco os preciosos, e muitas vezes escassos, recursos naturais do planeta? Enfim, muitas são as perguntas e questionamentos que nascem a partir de uma abordagem crítica da Geografia. Esta, como todas as demais ciências, persegue determinados objetivos. Destacamos um deles, a saber, o de instigar o exercício da cidadania.  

            Ser cidadão pressupõe, entre outras coisas, a existência de dois requisitos. Primeiro, o conhecimento de nossos direitos (e obrigações, pois um inexiste sem o outro) e, segundo (concomitantemente) o exercício de tais direitos. Não por acaso, já dizia um sábio escritor, somos um país de “analfabetos políticos”, isto porque poucos são os que, de fato, conhecem e exercem seus direitos[2]. Não deixa de ser sintomático o fato de ao longo de nossa curta história republicana (1889 aos dias de hoje) termos trocados tantas vezes de Constituição (1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969, 1988), como se trocássemos de roupa, deixando transparecer o verdadeiro descaso e ignorância do grosso da população em relação à Magna Carta[3].

            Finalmente, desejamos que no presente ano façamos de nossos encontros em aula momentos de reflexão, discussão e aprendizagem. Precisamos transformar teoria em prática, de modo a vislumbrarmos – nem que seja para as futuras gerações – um mundo melhor, menos injusto, onde conforto e prosperidade sejam sinônimos de equilíbrio ambiental e justiça social.




[1] A degradação do espaço é, em grande parte, “sintoma” de outra degradação, a das relações humanas, onde tem sido cada vez maior o processo de “coisificação” de nossos pares.
[2] Tal “analfabetismo” fica claro, por exemplo, quando da eleição de parlamentares, prefeitos, governadores e presidentes sem o devido preparo ético, moral e intelectual.
[3] No período monárquico (1822-1889) tivemos uma Constituição, a de 1824.

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