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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As Grandes Organizações Mundiais



AS GRANDES ORGANIZAÇÕES MUNDIAIS
Prof. Gilvan

            Indubitavelmente, uma das principais características do cenário globalizado é a formação de grandes blocos e organizações supranacionais. Objetiva-se, neste singelo texto, uma breve reflexão acerca de três importantes organizações, a saber: ONU, G-7 e OTAN. Difícil e perigosa seria, por certo, a tentativa de compará-las em importância, haja visto serem organizações mundiais que atuam, cada uma delas, em campos por assim dizer distintos. Assim, pode-se afirmar que, por exemplo, a ONU é a maior organização política da Terra, enquanto o G-7 tem se apresentado como uma poderosa organização econômica e, por fim, a OTAN é a maior organização militar do mundo contemporâneo.
            A ONU, Organização das Nações Unidas, tem sua origem oficial no período pós- Segunda Guerra (1939-45), sendo por muitos considerada como que uma continuação da antiga Liga das Nações, esta criada no período que se seguiu à Primeira Guerra (1914-18). Apesar de na ONU se fazerem representar todos os Estados da Terra, tal organização mundial tem sido vista com um olhar de desconfiança e, não raras vezes, de descrédito. Vale lembrar, por exemplo, que possui um órgão chamado Conselho de Segurança, instância esta formada por apenas cinco Estados permanentes (Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China) que, por terem vencido a Segunda Guerra se arvoraram no direito de possuírem privilégios e poderes que todos os demais não possuem, especialmente o chamado poder de “veto” em face das proposições apresentadas. Apesar do Conselho de Segurança ser composto, ainda, pelos membros ditos não-permanentes (ou provisórios), com mandato de dois anos (e sem direito a veto), tal órgão representa verdadeiro arbítrio e violação da lógica democrática. Inúmeras têm sido as críticas e propostas no sentido de mudança, ampliação e até mesmo extinção do Conselho de Segurança, contudo, ao que tudo indica, tão cedo, sem perspectiva de resultado prático, pois que esbarra-se nos poderosos interesses de alguns países hegemônicos. Mister é que busque uma maior representatividade dos países ditos subdesenvolvidos, especialmente da América Latina, África e Ásia.
            O G-7, por sua vez, é formado por Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Japão, países que têm em comum o fato de serem grandes potências econômicas, com enorme poder de investimento de capital, poder este que, não se deve esquecer, tem sido abalado e, às vezes, comprometido, pela enorme e profunda crise econômica que se abateu sobre o planeta nestes últimos tempos. Diante disso, percebe-se, claramente, que o G-7 tem perdido importância frente ao avanço de outros blocos, especialmente o chamado G-20, este mais amplo, formado pelas maiores economias mundiais, inclusive pelos países emergentes como, por exemplo, Brasil e Índia. O G-7 detém o maior controle sobre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, instituições estas, especialmente o primeiro, marcadas por uma história não raras vezes de exploração em relação a países onde o que mais prospera é a fome e a miséria.
            Finalmente, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nasceu na década de 1940, objetivando a proteção dos países membros (capitalistas) em relação à ameaça dos ditos países socialistas, estes liderados, à época, pela União Soviética (que mais tarde organizaria e lideraria o Pacto de Varsóvia). Hoje a OTAN segue buscando a proteção militar de seus países membros (quase trinta), não mais em relação ao Socialismo, até porque algumas das Economias de Transição (antigas inimigas da OTAN), ironicamente, hoje fazem parte do bloco.

Gravataí, 2011.

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