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quarta-feira, 28 de maio de 2014

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E OS TRABALHADORES


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E OS TRABALHADORES
Prof. Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br

                A Revolução Industrial, iniciada em meados do século XVIII, na Inglaterra, trouxe consigo inúmeras transformações. Desencadeou, por exemplo, um intenso processo de urbanização (desordenado!), servindo as fábricas como força centrípeta em relação à mão-de-obra saída do campo. As cidades, frente ao fenômeno acima, incharam, fomentando profundas modificações nas relações de produção. Segundo muitos autores, nasceu aí o chamado Capitalismo Industrial, distinto do Mercantilismo típico da Idade Moderna (entre os séculos XVI e XVIII). À época da chamada Revolução Industrial, a situação dos trabalhadores ingleses (proletariado, segundo Marx) era – quase sempre – de avassaladora miséria. Inexistiam leis trabalhistas voltadas à proteção da classe operária, sendo comuns cargas horárias extenuantes e desumanas. A exploração do trabalho humano era a tônica, não sendo poupadas mulheres e nem tampouco crianças. Estas frequentemente eram usadas, principalmente na indústria têxtil, como uma espécie de “extensão” do trabalho de suas mães, sem qualquer retribuição pecuniária pelo trabalho prestado. Acidentes de trabalho eram comuns no ambiente de trabalho, sem qualquer preocupação com a segurança ou com a saúde da classe proletária.
                As péssimas condições de trabalho verificadas nas fábricas durante a Primeira e Segunda Revoluções Industriais, acabaram contribuindo para o surgimento de movimentos como o do Socialismo. Aqui, sem dúvida, merece destaque o chamado Marxismo. Este verá a história a partir de uma ótica determinista, alegando ser a “luta de classes” a mola propulsora das transformações sociais. Marx responsabilizava a “mais-valia” levada a cabo pelos patrões (donos do capital) como desencadeadora das grandes mazelas sociais. A teoria marxista se contrapunha ao chamado “Liberalismo Econômico”, já que este último via – ao contrário de Marx – a interferência do Estado (Poder Público) como estorvo ao desenvolvimento econômico e social.

                A partir das últimas décadas do século XX (1980 em diante), apesar de ainda se verificar resquícios do marxismo – especialmente nos discursos de alguns partidos ditos de “esquerda” –, o que se viu foi o avanço do Neoliberalismo, com flagrantes prejuízos às classes menos favorecidas, especialmente nos países subdesenvolvidos. 

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