A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E OS TRABALHADORES
Prof. Gilvan
Teixeira
e-mail: profpreto@gmail.com.br
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
A
Revolução Industrial, iniciada em meados do século XVIII, na Inglaterra, trouxe
consigo inúmeras transformações. Desencadeou, por exemplo, um intenso processo
de urbanização (desordenado!), servindo as fábricas como força centrípeta em
relação à mão-de-obra saída do campo. As cidades, frente ao fenômeno acima,
incharam, fomentando profundas modificações nas relações de produção. Segundo
muitos autores, nasceu aí o chamado Capitalismo Industrial, distinto do
Mercantilismo típico da Idade Moderna (entre os séculos XVI e XVIII). À época
da chamada Revolução Industrial, a situação dos trabalhadores ingleses
(proletariado, segundo Marx) era – quase sempre – de avassaladora miséria.
Inexistiam leis trabalhistas voltadas à proteção da classe operária, sendo
comuns cargas horárias extenuantes e desumanas. A exploração do trabalho humano
era a tônica, não sendo poupadas mulheres e nem tampouco crianças. Estas
frequentemente eram usadas, principalmente na indústria têxtil, como uma
espécie de “extensão” do trabalho de suas mães, sem qualquer retribuição
pecuniária pelo trabalho prestado. Acidentes de trabalho eram comuns no
ambiente de trabalho, sem qualquer preocupação com a segurança ou com a saúde
da classe proletária.
As
péssimas condições de trabalho verificadas nas fábricas durante a Primeira e
Segunda Revoluções Industriais, acabaram contribuindo para o surgimento de
movimentos como o do Socialismo. Aqui, sem dúvida, merece destaque o chamado
Marxismo. Este verá a história a partir de uma ótica determinista, alegando ser
a “luta de classes” a mola propulsora das transformações sociais. Marx
responsabilizava a “mais-valia” levada a cabo pelos patrões (donos do capital)
como desencadeadora das grandes mazelas sociais. A teoria marxista se
contrapunha ao chamado “Liberalismo Econômico”, já que este último via – ao
contrário de Marx – a interferência do Estado (Poder Público) como estorvo ao
desenvolvimento econômico e social.
A
partir das últimas décadas do século XX (1980 em diante), apesar de ainda se verificar
resquícios do marxismo – especialmente nos discursos de alguns partidos ditos
de “esquerda” –, o que se viu foi o avanço do Neoliberalismo, com flagrantes
prejuízos às classes menos favorecidas, especialmente nos países
subdesenvolvidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário