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quarta-feira, 28 de maio de 2014

A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO


A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Prof.Gilvan
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                O Brasil, hoje, é o quinto maior país da Terra, o terceiro da América e o primeiro do continente latino-americano. Contudo, a grandeza do território brasileiro é fruto de séculos de história. Quando da chegada dos portugueses ao Brasil, por exemplo, na virada do século XV para o XVI, o país tinha proporções muito menores do que as de hoje, limites estes trazidos pelo famoso Tratado de Tordesilhas. Este fora assinado em 1494. Os países signatários eram Portugal e Espanha, duas das maiores potências econômicas e políticas da época. Tamanha era a influência desses países, que se deram ao direito – sob o olhar conivente da Igreja – de repartirem as terras a serem descobertas entre eles. O acordo estabelecia que as terras a oeste da linha imaginária traçada estariam sob o domínio espanhol, enquanto as que estivessem a leste pertenceriam, por direito, a Portugal. Assim, mesmo antes de ter sido “oficialmente” descoberto (1500), parte do que hoje é o Brasil já pertencia à Coroa portuguesa. Ao longo dos anos, inúmeros tratados (como o de Madri em 1750 e o de Santo Ildefonso, em 1777) foram dando ao Brasil os atuais contornos. A expansão do território brasileiro, vale lembrar, esteve marcado, também, por inúmeros conflitos – inclusive bélicos – com outros países. Só recentemente (1903), por exemplo, foi anexado de maneira definitiva o estado do Acre. Ainda hoje, a busca pelo alargamento territorial é algo presente. Prova disso é a intenção do país em rediscutir sua fronteira marítima, afinal o Atlântico guarda um “oceano” de riquezas e recursos naturais, como gás e petróleo.

                A ocupação humana e a distribuição populacional acompanharam o processo de formação do território brasileiro. Desde muito cedo, os principais aglomerados se fixaram junto ao litoral. Logo após a chegada dos portugueses, por exemplo, a economia estava fundada no extrativismo vegetal (pau-brasil), servindo a costa como porto de embarque da mercadoria. Não muito diferente foi o chamado Ciclo da Cana (séculos XVI e XVII), onde cabia às áreas litorâneas a maior parte do cultivo da cana-de-açúcar. Já o Ciclo do Ouro (século XVIII), contribuiu significativamente para a interiorização da população, ávida pelas jazidas localizadas, principalmente, na região do atual estado de Minas Gerais. Ainda assim, era (e, de certa forma, continua sendo) enorme a diferença quantitativa entre a população litorânea e aquela assentada no “interior” (centro e oeste do país) do território. O deslocamento da capital federal para Brasília (1961), por exemplo, tinha entre seus objetivos uma maior ocupação humana das áreas mais centrais do país.


                Conclui-se, portanto, ser de fundamental importância remontarmos ao passado para compreendermos o presente. Não é produto do acaso a irregular distribuição populacional pelo território nacional. Ao contrário, é resultado de interesses econômicos e políticas governamentais, muitas delas equivocadas. 

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