A UNIÃO EUROPEIA
Gilvan Teixeira
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blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
Tudo bem? Saudades de ti. Vamos para mais uma semana
na Plataforma? Chegamos até aqui, portanto já és um vencedor... Bom, nos
últimos encontros nossa discussão tem girado em torno da Europa, não é mesmo? A
presente Atividade (Semana 14) busca lançar algumas reflexões sobre a União Europeia (UE) e, na medida do
possível, compará-la ao Mercosul.
A União Europeia, surgida a partir do antigo Mercado
Comum Europeu, foi instituída oficialmente em 1993. É composta por quase três
dezenas de países, sendo Bruxelas (Bélgica) sua capital administrativa. A União
Europeia funciona a partir de instituições supranacionais independentes, onde a
negociação prévia entre seus Estados-membros faz-se indispensável para o bom
andamento do referido bloco, até porque os interesses econômicos, políticos,
culturais, etc., envolvidos nem sempre são convergentes. A União Europeia instituiu
não apenas um “mercado” comum na região, mas estabeleceu, entre outras coisas, uma
legislação aplicável aos países partícipes. Dentre as marcas registradas da UE,
é possível citar o fim de muitas das barreiras alfandegárias, o livre trânsito
de pessoas (cidadãos da UE) por todos os países do bloco, sem a necessidade de
passaportes. A ideia é que, cada vez mais, a União Europeia assegure a livre
circulação de pessoas, bens, capitais (dinheiro) e serviços. Quanto à moeda do
bloco (o euro é a moeda única da
União Europeia), foi criada em 1999 a chamada Zona do Euro, ou seja, um grupo
de quase vinte países que optou pela substituição das antigas moedas nacionais
em nome de uma moeda única.
O surgimento da União Europeia, ao que tudo indica,
fortaleceu a economia e competitividade da Europa frente à hegemonia econômica
dos Estados Unidos. Assim, hoje, apesar da UE representar apenas 7,3% da
população mundial, gera um Produto Interno Bruto (PIB) equivalente a 20% do PIB
da Terra. Vale lembrar, contudo, que nem tudo é “alegria” na UE. Assim, não são
incomuns movimentos contrários ao bloco, iniciativas estas que denunciam o
avanço do desemprego, a perda no poder de compra, a descaracterização das
culturas locais, entre outros. Grupos anarquistas, xenófobos e nacionalistas,
por exemplo, vêm ganhando espaço na mídia, nas ruas e nas mais diversas
instâncias governamentais.
O surgimento da União Europeia não surpreende. É, na
verdade, a confirmação de uma tendência do atual processo de Globalização. A atual Ordem Mundial (que substituiu aquela
outra, bipolar, do período da chamada Guerra Fria) pressupõe a formação de
blocos econômicos, como a UE e o Mercosul.
Este último, do qual faz parte o Brasil, pouco avançou no que diz respeito à
real integração entre os países signatários. As barreiras alfandegárias (a
maioria delas...), o trânsito de pessoas, a adoção de uma legislação comum aos
países, etc., ainda seguem com entraves aparentemente intransponíveis.