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quinta-feira, 12 de abril de 2012

JUVENTUDE: SUBVERSÃO OU ALIENAÇÃO?

JUVENTUDE: SUBVERSÃO OU ALIENAÇÃO?
Gilvan
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com


            “Geração perdida”, “analfabetos políticos”, “desregrados”... Além deles, muitos são os termos e expressões usados na caracterização de nossa juventude. Cachoeirinha conta hoje com uma população superior a 110 mil habitantes, sendo que destes, quase 18 mil são jovens entre dezesseis e vinte e quatro anos. Aplicar-lhes os “adjetivos” acima em nada ajuda na construção de uma cidade mais cidadã e humana. Ao contrário, acaba por reforçar alguns estereótipos e preconceitos que sedimentam a não-participação, o ostracismo e a alienação. Quem ganha com isso? Deliciam-se aqueles que tendem à manutenção de um status quo que, historicamente, privilegia alguns poucos em detrimento da maioria. Assim, o clientelismo político pautado em práticas políticas espúrias segue mantendo e fortalecendo relações de cabresto, em flagrante prejuízo do verdadeiro exercício da cidadania. Cachoeirinha precisa, isto sim, constituir-se em município promotor da inclusão social, onde nossos jovens sejam, de fato, ouvidos e, mais do que isso, contribuam de forma ativa e propositiva na construção de um espaço menos injusto, mais seguro e acolhedor. Deseja-se uma cidade que tenha como norte um ensino de qualidade, onde as potencialidades de nossa juventude deixem de ser apenas um eterno “devir” – que jamais chega –, passando à categoria de verdadeira práxis transformadora, capaz de subverter as pérfidas estruturas que alijam a esmagadora maioria de nossa gente. Cachoeirinha necessita gerar trabalho e renda, também, para os de tenra idade. Nosso município precisa criar espaços lúdicos, onde o lazer seja uma prática constante, não um luxo para alguns poucos. Urge multiplicar oportunidades como forma de superação da marginalidade e da violência juvenil. Os espaços públicos devem ser campo fértil para o fazer criativo e desenvolvimento de uma cultura voltada à paz. Sejam bem-vindos jovens de todos os matizes, origens, crenças, etnias, posições ideológicas. Construamos uma cidade onde, ao invés da desesperança, frutifique a utopia, onde as rosas encham não apenas o imaginário, mas cada jardim e cada praça, fazendo crer que o belo ainda é possível. 

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