CARTA À CÂMARA
Nós, alunos do Sexto Ano da Educação de Jovens e
Adultos (EJA), modalidade semipresencial (EAD), da EMEF Fidel Zanchetta, saudamos, na pessoa do Presidente desta
Casa, a todos aqui presentes. A presente Carta é fruto do Projeto “Saúde Pública: conhecer para exercer”, iniciativa esta
interdisciplinar e desenvolvida ao longo do primeiro semestre de 2014. A ideia
central do Projeto é a questão da saúde
pública em Cachoeirinha e, de forma muito especial, na Vila Fátima e arredores.
Queríamos, juntos, entender quais os principais
problemas e dificuldades enfrentados por nós e nossas famílias no que diz
respeito à saúde. Mais do que isso. Desejávamos que nossa indignação chegasse
aos “ouvidos” do Poder Público. Esperamos – e lutaremos por isso – que nosso
“grito” traga melhorias na qualidade de
vida deste município.
Ao longo do
semestre, fomos instigados a lançarmos um olhar crítico acerca da saúde pública
em Cachoeirinha, de forma especial nas regiões onde residimos. Observamos e
registramos, através de relatórios escritos e fotografias, a situação de nossos
postos de saúde (ou a falta deles...), do descarte do lixo, da precariedade de
nossas poucas praças, dos problemas relacionados ao esgoto e escoamento da água
das chuvas, da falta de limpeza e manutenção de nossas bocas de lobo, da
iluminação pública deficiente, do medo que impera nas ruas em decorrência da
flagrante insegurança, entre tantos outros problemas. Aparentemente, e só
aparentemente, algumas das situações analisadas estão descoladas da questão da
saúde. Ora, chegamos à conclusão que saúde
pública só existe de forma plena quando inúmeras outras demandas são atendidas
com qualidade. Concluímos, ainda, que os
sérios e históricos problemas por nós enfrentados nascem, em grande parte, da
forma de se fazer política. Esta última precisa ser séria, comprometida com
o interesse coletivo, pautada na ética e voltada à melhoria da qualidade de
vida de nossa gente. Somos nós, alunos, que damos sentido à Escola. Somos nós, eleitores, que damos sentido aos
partidos políticos. Somos nós, cidadãos, que damos sentido a todos os Poderes
do Estado.
Finalizamos
a presente Carta, primeiramente, agradecendo à Vereadora Rosane Lipert, por
ter, prontamente, se colocado à disposição em lê-la em Plenário. Segundo, pedimos a esta Casa que invista, ainda
mais, na criação de canais permanentes e
democráticos de comunicação junto à comunidade, em especial junto aqueles
que, apesar de numericamente superiores, compõem, não raras vezes, as chamadas
“minorias”. Não apenas nos ouçam, mas estejam
atentos às nossas demandas, tensionando os demais poderes desta cidade, em
especial o Executivo, para que tais necessidades sejam, de fato, coisa de um
passado vergonhoso, porém distante. Nosso muito obrigado!
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