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domingo, 12 de janeiro de 2025

LIBERDADE

 

LIBERDADE

Prof. Gilvan Teixeira

e-mail: profpreto@gmail.com

blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br

 

            Somos livres? Difícil responder, até porque existem muitos conceitos para o termo “liberdade”. Apesar disso, importante lembrar que – a contrário dos demais animais – o homem conta com o que chamamos de “capacidade simbólica”, ou seja, não está adstrito apenas à programação genética. É a capacidade simbólica que garante as mais variadas idiossincrasias culturais e nos torna “únicos”. Dela depende a maior parte de nossas ações e todos os “valores” que conhecemos: ética, solidariedade, honestidade, empatia, responsabilidade, alteridade, resiliência, etc..

            Daí a importância, por exemplo, da democracia, pois somente por meio dela uma sociedade garante a pluralidade de ideias e posicionamentos, ainda que estes últimos sejam “desconfortáveis” aos nossos olhos. Infelizmente, nosso país tem sua história marcada pela instabilidade das instituições. Prova disso é a alternância de inúmeras Constituições ao longo de nossa história: 1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 (?) e 1988, sendo que metade delas “outorgadas” (metidas “goela abaixo”). A liberdade, ainda que limitada (sempre o será, de alguma forma...), é uma importante marca das democracias modernas, diferentemente do que ocorre nos países que têm à frente governos autoritários.

            A liberdade jamais é “absoluta”! Exemplo disso é a liberdade de ação. Esta é obstaculizada – às vezes mais, às vezes menos – por questões de ordem natural, material, legal, etc.. Por outro lado, ela também não é “nula”, pois apesar de todas as dificuldades, estas podem ser, ao menos em parte, superadas. A preocupação com aa liberdade de ação é antiga, como podemos ver em pensadores como Hobbes (1588 – 1679) e Locke (1632 – 1704).

            A liberdade de vontade caminha no mesmo diapasão. Até que ponto a vontade é “minha”, “tua” ou “nossa”? Difícil estabelecer o limite entre o que é por assim dizer “autêntico”, personalíssimo, e o que é fruto da vontade alheia, das instituições por exemplo. Aqui, lembramos dois filósofos que se debruçaram sobre o tema: Santo Agostinho (354 – 430) e Sartre (1905 – 1980). Dentro desta questão da liberdade de vontade, importante salientar a influência dos chamados aparelhos repressivos e ideológicos do Estado.

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