LIBERDADE
Prof. Gilvan
Teixeira
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
Somos
livres? Difícil responder, até porque existem muitos conceitos para o termo “liberdade”.
Apesar disso, importante lembrar que – a contrário dos demais animais – o homem
conta com o que chamamos de “capacidade simbólica”, ou seja, não está adstrito
apenas à programação genética. É a capacidade simbólica que garante as mais
variadas idiossincrasias culturais e nos torna “únicos”. Dela depende a maior
parte de nossas ações e todos os “valores” que conhecemos: ética, solidariedade,
honestidade, empatia, responsabilidade, alteridade, resiliência, etc..
Daí
a importância, por exemplo, da democracia, pois somente por meio dela uma
sociedade garante a pluralidade de ideias e posicionamentos, ainda que estes últimos
sejam “desconfortáveis” aos nossos olhos. Infelizmente, nosso país tem sua
história marcada pela instabilidade das instituições. Prova disso é a
alternância de inúmeras Constituições ao longo de nossa história: 1824, 1891,
1934, 1937, 1946, 1967, 1969 (?) e 1988, sendo que metade delas “outorgadas”
(metidas “goela abaixo”). A liberdade, ainda que limitada (sempre o será, de
alguma forma...), é uma importante marca das democracias modernas,
diferentemente do que ocorre nos países que têm à frente governos autoritários.
A
liberdade jamais é “absoluta”! Exemplo disso é a liberdade de ação. Esta é obstaculizada
– às vezes mais, às vezes menos – por questões de ordem natural, material,
legal, etc.. Por outro lado, ela também não é “nula”, pois apesar de todas as
dificuldades, estas podem ser, ao menos em parte, superadas. A preocupação com
aa liberdade de ação é antiga, como podemos ver em pensadores como Hobbes (1588
– 1679) e Locke (1632 – 1704).
A
liberdade de vontade caminha no mesmo diapasão. Até que ponto a vontade é “minha”,
“tua” ou “nossa”? Difícil estabelecer o limite entre o que é por assim dizer “autêntico”,
personalíssimo, e o que é fruto da vontade alheia, das instituições por
exemplo. Aqui, lembramos dois filósofos que se debruçaram sobre o tema: Santo
Agostinho (354 – 430) e Sartre (1905 – 1980). Dentro desta questão
da liberdade de vontade, importante salientar a influência dos chamados
aparelhos repressivos e ideológicos do Estado.
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