Translate

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

FILOSOFIA: INTRODUÇÃO

 

FILOSOFIA: INTRODUÇÃO

Prof. Gilvan Teixeira

e-mail: profpreto@gmail.com

blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


            Muitos são os conceitos para o termo “Filosofia”, dentre eles aquele que a vê como o apego ao conhecimento, a busca incessante para compreensão da existência humana, por demais complexa, fundada num “saber racional”. Para este, a pesquisa permanente é imprescindível, já que a Filosofia não busca respostas definitivas, muito  pelo contrário, ela – por meio da “análise” e da “síntese” – trabalha com a “desconstrução” e “reconstrução” das ditas “verdades”.

             A “desconstrução” filosófica proposta por Heidegger (1889 – 1976), por exemplo, não deve assustar. Não atenta contra a religião ou a moral, apenas lança um olhar reflexivo sobre as mesmas. Objetiva, não destruí-las, mas questioná-las à luz do pensamento racional. O senso comum e suas pretensas verdades representam a principal “matéria-prima” para análise filosófica. Daí o histórico conflito entre a Filosofia e os governos autoritários, já que estes últimos tendem a atacar qualquer pensamento crítico que os conteste ou desabone.

            A Filosofia que normalmente trabalhamos em aula é a da vertente ocidental, tendo na Grécia Antiga um de seus principais expoentes. Antes dela, os homens buscavam explicar seus dilemas existenciais por meio da mitologia que, por sinal, teve importante papel na construção do pensamento humano. A Filosofia – por meio do pensamento lógico e racional – buscou outros caminhos (que não o dos “deuses”) para compreensão do homem e da natureza. É bem verdade que o rompimento dos limites da “caverna” (ver Platão, 428-347 a.C.) não é tarefa fácil, pois exige coragem e determinação.

            A Filosofia não é mito e nem tampouco ciência. Ela é uma espécie de “devir”, um eterno “perguntar”. Como bem diz Cortella (1954 - ...), a principal marca da Filosofia é o “carimbo da interrogação”, lida com os “porquês” e não com os “como” (ciência). Daí sua importância, por exemplo, numa verdadeira democracia. O pensamento filosófico dialoga com o diferente, com o aparentemente contraditório, numa incessante busca da verdade. O verdadeiro filósofo precisa e valoriza o outro, pois é na intersubjetividade que nos constituímos como sujeitos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário