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terça-feira, 6 de agosto de 2013

ESQUECI


ESQUECI
Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                Perdão! Uma, entre tantas outras virtudes de um homem santo. Quatro de agosto foi o Dia do Padre. Como poderia ter esquecido? Imperdoável, não fosse a misericórdia divina e a condescendência de meu querido Diretor, Padre José Luiz, estaria condenado a ferver no lago de fogo e enxofre. Espero mitigar tamanha falha com este singelo, porém sincero, texto. Coincidência ou não, o Dia do Padre é comemorado apenas alguns dias após a vinda do Papa Francisco ao Brasil. Estadia esta emblemática. O Sumo Pontífice pautou sua fala, principalmente, nas questões sociais, descortinando importantes verdades bíblicas que, ao que parece, ficaram à beira da estrada do mundo cada vez mais globalizado. Lembrou, por exemplo, que o capital não deve ser um fim em si mesmo, nem tampouco deve estar a serviço de uma ínfima minoria, mas deve, isto sim, promover a justiça social e a diminuição das desigualdades. O exercício do sacerdócio, neste mundo cada vez mais laico e avesso à fé, se reveste de indelével importância. Verdadeiro farol em meio ao encapelado mar. Espécie de norte frente ao relativismo exacerbado que a muitos confunde. Vão-se não apenas as certezas de outrora, mas os caros valores cultivados ao longo do tempo. Num contexto que espezinha o amor, a vida, a honra, a família e a ética, ser sacerdote é como que nadar contra a maré. É, por vezes, opor-se ao “politicamente correto” e assumir posicionamentos pouco simpáticos ao modismo midiático. O sacerdócio, não raras vezes, pressupõe abrir mão da família, do lazer, da privacidade e do conforto. Os parcos recursos para a grande Obra, comumente, contrastam com uma demanda cada vez mais crescente. Falta não apenas pão, mas espiritualidade. Viceja a apostasia. Mais do que nunca, urge um sacerdócio capaz de fazer a diferença, comprometido com a sorte alheia, solidário aos que têm dor no corpo e na alma. O pastor é o sal numa terra cada vez mais insossa. Portanto, justa é a homenagem aos homens que fazem da batina sua armadura de fé. Parabéns, de forma muito especial, aos Padres da Rede de Escolas São Francisco.  Ao homenageá-los, o faço a todos os sacerdotes.


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