ESQUECI
Gilvan Teixeira
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
Perdão! Uma, entre tantas outras virtudes de um homem
santo. Quatro de agosto foi o Dia do Padre. Como poderia ter esquecido?
Imperdoável, não fosse a misericórdia divina e a condescendência de meu querido
Diretor, Padre José Luiz, estaria condenado a ferver no lago de fogo e enxofre.
Espero mitigar tamanha falha com este singelo, porém sincero, texto.
Coincidência ou não, o Dia do Padre é comemorado apenas alguns dias após a
vinda do Papa Francisco ao Brasil. Estadia esta emblemática. O Sumo Pontífice pautou
sua fala, principalmente, nas questões sociais, descortinando importantes
verdades bíblicas que, ao que parece, ficaram à beira da estrada do mundo cada
vez mais globalizado. Lembrou, por exemplo, que o capital não deve ser um fim
em si mesmo, nem tampouco deve estar a serviço de uma ínfima minoria, mas deve,
isto sim, promover a justiça social e a diminuição das desigualdades. O
exercício do sacerdócio, neste mundo cada vez mais laico e avesso à fé, se
reveste de indelével importância. Verdadeiro farol em meio ao encapelado mar.
Espécie de norte frente ao relativismo exacerbado que a muitos confunde. Vão-se
não apenas as certezas de outrora, mas os caros valores cultivados ao longo do
tempo. Num contexto que espezinha o amor, a vida, a honra, a família e a ética,
ser sacerdote é como que nadar contra a maré. É, por vezes, opor-se ao
“politicamente correto” e assumir posicionamentos pouco simpáticos ao modismo
midiático. O sacerdócio, não raras vezes, pressupõe abrir mão da família, do
lazer, da privacidade e do conforto. Os parcos recursos para a grande Obra,
comumente, contrastam com uma demanda cada vez mais crescente. Falta não apenas
pão, mas espiritualidade. Viceja a apostasia. Mais do que nunca, urge um
sacerdócio capaz de fazer a diferença, comprometido com a sorte alheia,
solidário aos que têm dor no corpo e na alma. O pastor é o sal numa terra cada
vez mais insossa. Portanto, justa é a homenagem aos homens que fazem da batina sua
armadura de fé. Parabéns, de forma muito especial, aos
Padres da Rede de Escolas São Francisco. Ao homenageá-los, o faço a todos os sacerdotes.
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