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sexta-feira, 9 de março de 2012

A COSTELA

A COSTELA
Gilvan



            Um amigo meu, certa feita, disse que a cada oito de março doía-lhe a “costela”. Posto de lado a crença na história bíblica, o fato é que o referido dia é um momento, mais um, de reflexão acerca do que as mulheres representam na nossa vida. Mais do que boas donas-de-casa, excelentes amantes e mães corujas, elas têm sido insuperáveis no exercício laboral, na defesa da ética e, acreditam alguns, no uso do cartão de crédito. Maldade, por certo. Afinal, mesmo que às vezes, só às vezes, eventualmente, excepcionalmente, elas abusem e se deixem seduzir pelos holofotes do mercado, o fato é que são de todo merecedoras. Lá em casa elas são em número de três. Uma tríade de causar inveja. A primeira, mulher já feita, madura. Outra, adolescente, com seus picos de humor. A mais nova, criança ainda, a irradiar energia. Tem ainda a Dona Geci, a primeira mulher da minha vida. Além delas, têm a “mana”, as tias, cunhadas, primas, sobrinhas... Ah, tem a sogra (como esquecer dela?). As colegas de trabalho (há muito, esmagadora maioria), as alunas e suas mães. Mulheres por todo o lado, de todos os tipos. Gordinhas e magrinhas; loiras, morenas e negras; altas e baixas; falantes e introspectivas; estudiosas ou não; engajadas politicamente ou avessas às discussões conjunturais; esportistas ou sedentárias... Enfim, uma miríade de mulheres. Um plural de singularidades. Cada qual um ser único, inigualável. Elas são inconfundíveis, porém mestras em nos confundir, pobres homens. Quem entende as mulheres? O universo feminino parece indecifrável, perturbador. Elas assombram. Com ou sem sombra nos olhos, como sombra assombram, seja pela aparente onipresença, seja pela perspicácia entranhada nas veias. Deixam-nos tontos. Ao contrário de nós, elas dão conta de tudo e, o que é mais incrível, ao mesmo tempo. Multiplicam braços, pernas e olhos. Elas encantam, cantam e plantam. Duvidar, fazem até plantão. Zelam pelos seus e pelos meus. Como leoas, brigam pelos filhos. É bem-verdade que, para nosso desespero, não raras vezes brigam com os pais dos filhos. Brigam, mas brilham. Apesar das rusgas e dos verbetes espinhosos, as mulheres – no fundo – são doces. Deliciam e se deixam deliciar. A vocês, especialmente as mulheres da minha vida, resta humildemente dizer: PARABÉNS!


08 de março de 2012

2 comentários:

  1. Afinal né sor? O que seríamos sem elas?!

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    1. Querido aluno e amigo, por certo as mulheres são indispensáveis, apesar das dores de cabeça que frequentemente nos causam. Fico feliz que sigas lendo os textos do blog. Fica meu abraço à Dani também.

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