OPINIÃO
Karolaine
(turma 23)
Tema:
“erotização da criança”
Ficamos de queixo caído com crimes
sexuais contra crianças, mas permitimos a erotização infantil promovida pela
mídia.
O tempo em que nossas crianças,
inocentemente, brincavam com bonecas, brincadeiras de rua e joguinhos
educacionais, teve fim. Os programas de TV preferidos eram míseros desenhos
animados. Hoje? Temos a percepção de que não criamos mais crianças, e sim mini
adultos, que preferem programas onde os participantes estão cada vez mais
sensuais, com roupas curtíssimas e músicas de baixo nível, verdadeiros contos
eróticos, deixando qualquer adulto estarrecido.
Eis a questão: como nossas crianças
terão, num futuro próximo, um bom modelo de sexualidade? Segundo Paula Pessoa,
psicóloga infantil, a educação infantil vem sendo deixada de lado, o que acaba
por cair nas mãos da pérfida mídia, grande influenciadora da sexualidade. “Por
mais que a criança tenha visto um ídolo com uma saia super curta, uma unha
vermelha, a mãe tem de estabelecer a regra: você é criança e não pode. Criança
não namora, criança não usa salto, criança não dá beijo na boca...criança não
faz estas coisas.”
Meus pais fazem das palavras da
psicóloga, as suas. “Pra tudo tem seu tempo e com as crianças não pode ser
diferente, uma criança deve divertir-se com brincadeiras infantis e não quando
se finge de adulta”, exclamou minha mãe. Meu pai continuou: “Uma criança tem de
saber o que é certo e errado e os pais têm o dever de ensiná-las isso. Dizer
não quando o programa não é apropriado para a sua idade e assim vai. Somos nós
que temos a obrigação de impor limites”, concluiu.
OBS: A opinião acima é de inteira responsabilidade de seu/sua autor(a).