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terça-feira, 3 de julho de 2018

RESUMO DAS AULAS DE SOCIOLOGIA (UNIVERSITÁRIO - EJA)

RESUMO DAS AULAS DE SOCIOLOGIA
Prof. Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br
  
Primeiramente, lembro que o presente material é tão-somente um auxílio, mas não substitui tuas anotações e, principalmente, atenção às aulas de Sociologia. Vamos lá?

Nosso primeiro encontro versou sobre o “Trabalho Infantil”, lembras? Ele é tão antigo quanto o próprio homem, havendo registro dele já na Idade Antiga (3.500 a.C até 476). Vale lembrar que, por exemplo, no período em que a escravidão era uma prática socialmente aceitável (Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma, etc.), o filho de escravo era, via de regra, também escravo, trabalhando como tal. Na fase do Artesanato (até o século XV-XVI, aproximadamente), era comum a criança e o adolescente auxiliarem no trabalho dos adultos, sem qualquer regramento legal que coibisse os excessos. Na fase da Manufatura (do século XVI ao XVIII), era comum vermos “aprendizes” trabalhando nas Oficinas a partir dos doze anos de idade. Contudo, foi a partir da Revolução Industrial (XVIII), especialmente na Europa, que a exploração sobre o trabalho infantil ganhou força. A situação dos jovens trabalhadores era cruel, sem qualquer direito assegurado. Incontáveis horas de trabalho, ambientes insalubres, alimentação precária contribuíam para o triste quadro. Somente a partir do final do século XIX e início do século XX é que alguns países passaram a criar leis voltadas à proteção da criança e do adolescente, fiscalizando – quando não proibindo – o dito trabalho infantil. No Brasil, a questão do trabalho infantil não diferiu muito do que foi dito acima. Com a chegada dos primeiros portugueses, a partir de 1500, já temos registros de jovens sendo explorados em sua força de trabalho. Estima-se, por exemplo, que cerca de 10% da tripulação das caravelas lusitanas era formada por crianças e adolescentes. A situação das crianças negras no Brasil também era por demais difícil. Faltava-lhes não apenas liberdade, mas dignidade e expectativa de dias melhores. Somente no ano de 1891, tivemos um Decreto que buscou regulamentar o trabalho infantil. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a partir de 1943, trouxe importante proteção aos trabalhadores como um todo, proibindo o trabalho infantil (antes dos 16 anos, salvo o “menor aprendiz” a partir dos 14 anos). A Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, contribuíram de forma significativa para a proteção de nossas crianças e adolescentes.

Nossa segunda aula tratou acerca da “Organização das Nações Unidas” (ONU). Para entende-la, resgatamos a história da Primeira (1914-1918) e Segunda (1939-1945) Guerras Mundiais. Dissemos que a Primeira Guerra, assim como a Segunda, teve causas econômicas, políticas, militares, etc. Na época, formaram-se dois grandes blocos de países: a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia) e a Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália). O primeiro bloco venceu o segundo, com um triste saldo de mais de dez milhões de mortos. Terminada a Primeira Guerra (1918), assinou-se o Tratado de Versalhes (1919) e criou-se a Liga das Nações, esta com o objetivo principal de evitar uma nova guerra de grandes proporções. Vimos que a intenção não vingou, por inúmeros motivos. Um deles é que no período entre-guerras (1918-1939) a Europa assistiu o avanço do nazismo, alimentado pelo sentimento de vingança por parte da Alemanha, que não se conformava com as humilhantes regras trazidas pelo Tratado de 1919.  Alguns países voltaram a se organizar em blocos, Aliados (Inglaterra, França e, mais tarde, União Soviética e Estados Unidos), de um lado, e, de outro, as potências do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O mundo assistiu, então, à Segunda Guerra (1939-1945), mais terrível e avassaladora do que a anterior. Foram mais de cinquenta milhões de mortos e um incontável número de feridos e mutilados. Principalmente a Europa e o Japão foram atingidos, com imensuráveis prejuízos econômicos. Diante do caos, foi criada a ONU (1945), composta pelos países da Terra (quase duzentos). Ela é composta por vários órgãos, como Assembleia Geral, Conselho Econômico e Social, Secretaria Geral, Tribunal Internacional Penal. Todavia, o principal deles é o Conselho de Segurança, órgão composto por um seleto grupo de cinco países (Estados Unidos, Rússia, China, Inglaterra e França) com poder de “veto”. Infelizmente, a ONU vem, ano após ano, demonstrando estar muito longe daquele que deveria ser seu principal objetivo, diminuir a desigualdade entre os países.

A terceira aula de Sociologia tratou sobre as “guerras ao longo da história”. Vimos que elas têm acompanhado, tragicamente, a trajetória humana, desde a Pré-História. Já na Idade Antiga, são muitos os exemplos de conflitos, sejam eles “externos” (envolvendo dois ou mais povos distintos) ou “internos” (envolvendo um mesmo povo). Na Grécia, por exemplo, tivemos a famosa Guerra de Tróia (1250-1240 a.C) – entre gregos e troianos – e a Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C), onde atenienses e espartanos digladiaram-se entre si. Na Idade Média (476 – 1453), tivemos inúmeras guerras envolvendo senhores feudais ávidos por poder e território, as Cruzadas (uma guerra dita “santa” pela Igreja) e a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), entre França e Inglaterra. Na Idade Moderna (1453 – 1789), por sua vez, podemos citar a Independência dos Estados Unidos (1776) em relação à Inglaterra. Finalmente, na Idade Contemporânea (1789 – aos dias de hoje), podemos exemplificar os conflitos por meio de guerras como a da Independência do Brasil (1822), frente a Portugal, a Revolução Farroupilha (1835 – 1845), envolvendo gaúchos e governo central, Revolução Federalista (1893 – 1895), colocando em campos opostos chimangos e maragatos. Podemos citar, ainda, a Revolução Russa (1917), as duas Guerras Mundiais, a Guerra do Vietnã (1964 -1973), o Yom Kipur (1973), as Malvinas (1982) e a Guerra do Iraque (2003 – 2010). O que as guerras, em geral, têm em comum? Suas motivações, quase sempre políticas e econômicas, embora, às vezes, revistam-se de um caráter “religioso”, por exemplo. As consequências de tantos conflitos são inúmeras. Prejuízos econômicos é uma delas. No ano de 2013, por exemplo, o mundo gastou cerca de 1,75 trilhão de dólares em armas, sendo que somente os EUA foram responsáveis por cerca de 682 bilhões desse montante. Porém, o lado mais macabro das guerras diz respeito ao número incontável de mortos, mutilados, “exilados” e órfãos.


A quarta aula trouxe à pauta a questão do uso e importância do “petróleo”. Este já era usado na Antiguidade. Existem registros de sua utilização em 4 mil a.C.. Como pavimento nas ruas de Roma, vedação de reservatórios entre os incas, construção da Arca de Noé, impermeabilização de palácios, armas de guerra, embalsamento de corpos... Todavia, foi a partir da Revolução Industrial (especialmente, a partir da segunda fase, entre 1850 e 1970) que o petróleo ganhou força como principal fonte de energia. Dentre as principais regiões produtoras, temos o Oriente Médio, Golfo do México, sul dos EUA, Venezuela e Rússia (Sibéria). Os países que mais produzem petróleo, por sua vez, são: Arábia Saudita, Rússia, EUA, Irã, México e China. O valor do “ouro negro” para o mundo pode ser avaliado, infelizmente, pelas inúmeras guerras a ele relacionadas, como a própria Segunda Guerra (1939-1945), Guerra do Golfo (1991), Guerra do Iraque (2002) e a Guerra da Síria (2011). Tamanha dependência em relação ao petróleo tem contribuído, ainda, para as profundas desigualdades socioeconômicas entre os países (e dentro deles), bem como para preocupante degradação do meio ambiente, com o aumento da temperatura da Terra e seus desdobramentos. O Brasil, hoje, vem buscando um “lugar ao sol” junto aos principais produtores de petróleo, expectativa essa alimentada pela descoberta e exploração do chamado Pré-Sal. Espera-se que a alegada riqueza se confirme e, principalmente, contribua para construção de um país melhor, menos injusto e desigual. 

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