RESUMO DAS
AULAS DE FILOSOFIA
Prof. Gilvan
Teixeira
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
Primeiramente,
lembro que o presente material é tão-somente um auxílio, mas não substitui tuas
anotações e, principalmente, atenção às aulas de Filosofia. Vamos lá?
Nosso
primeiro encontro tratou sobre o tema “ideologia
e dominação social”. Ideologia pode ser definida como a “doutrina das
ideias”, portanto pode ser positiva ou negativa. Será boa quando contribuir
para compreensão da realidade e transformação social, de modo a se ter uma
sociedade menos injusta e mais solidária. Por outro lado, será negativa quando
ofuscar a realidade, levando à indiferença e apatia social, alienando o sujeito
e reforçando as desigualdades existentes. Marx (1818 – 1883), em geral, tinha
um olhar pessimista em relação à ideologia, vendo-a como algo negativo,
servindo ela para mascarar e perpetuar as profundas desigualdades promovidas
pelo Capitalismo. Segundo ele, o Capital (dinheiro) utiliza de seus “aparelhos
ideológicos” (Estado, meios de comunicação, escola, igreja, etc.) para manter a
exploração do patrão (burguesia) sobre o empregado (proletariado). Para Marx, a
ideologia não apenas aliena o trabalhador, mas oculta a “luta de classes”, esta
o grande motor da História, segundo ele. Procurei, em nossas aulas, mostrar que
para compreender a teoria marxista, faz-se necessário debruçar-se sobre o
período histórico em que viveu. A Inglaterra daquela época (meados do século
XIX), nem de perto se parecia com o país que hoje conhecemos. Convivia-se à
época com um processo de industrialização que fechava, por completo, os olhos
aos direitos dos trabalhadores, onde eram comuns jornadas de trabalho
extenuantes, baixíssimos salários e total inexistência de garantias
trabalhistas. É nesse contexto que Marx precisa ser “lido”, daí sua crítica ao
Capitalismo e à “mais-valia”.
A segunda
aula tratou acerca da chamada “teoria do
conhecimento”. Diz respeito à área da Filosofia que busca investigar “o que
é o conhecimento”, bem como a “possibilidade de conhecermos” algo. Enquanto o
senso comum diz, com certeza, ser possível conhecer, a Filosofia, por sua vez,
traz muitas dúvidas sobre tal possibilidade. Independentemente da corrente
filosófica que se adote, há em comum a ideia de que para que exista
conhecimento são necessários três elementos: sujeito, objeto e relação entre os
dois. A Teoria do Conhecimento trata desse último elemento. Quanto aos “tipos”
de conhecimento, temos o Falso (quando a representação feita pelo sujeito não
está de acordo com o objeto) e o Verdadeiro (quando a representação está de
acordo). Estudamos algumas “correntes” que tratam sobre o assunto. Quanto à
possibilidade do sujeito conhecer o objeto, o “ceticismo” nega que seja
possível conhecer a verdade. O “dogmatismo” diz, com certeza, ser possível
conhecer a verdade. Já o “criticismo” alega ser possível, mas desde que estejam
presentes as condições necessárias para fazê-lo. Outra questão que tratamos na
mesma aula diz respeito ã pergunta: é a razão ou a experiência (sentidos) a
fonte do conhecimento? O “empirismo” afirma que o conhecimento provêm da
experiência, sendo um de seus teóricos John Locke (1632-1704). Já o
“racionalismo” alega que o conhecimento nasce é da razão, dos princípios
lógicos, até porque os sentidos podem levar ao erro. Finalmente, o “apriorismo”
busca, digamos, conciliar as duas teorias anteriores, tendo em Kant (1724-1804)
um de seus principais expoentes.
Nossa
terceira aula tratou sobre a chamada “Filosofia
Popular”, onde trabalhamos com algumas ideias de Russel (1872-1970).
Segundo ele, a Filosofia está numa situação intermediária entre a Teologia e a
Ciência. Enquanto esta última trata das “certezas” nascidas do método, a primeira
trata das “certezas” nascidas do dogma. A Filosofia, por sua vez, trata de
lançar perguntas e questionamentos, dúvidas e mais dúvidas que servem de
“matéria-prima” para teologia e para Ciência.
Finalmente,
em nosso último encontro conversamos sobre o “homem em relação aos outros”, usando como referência teórica Thomas
Hobbes (1588-1679). Vimos que o homem, ao longo de toda história, sempre
envolveu-se em conflitos. Na Pré-História, a grande briga era pelo fogo. A
Antiguidade (Grécia, Roma, etc.), Idades Média (guerras feudais, Inquisição,
etc.), Moderna (dominação europeia na América, etc.) e Contemporânea
(Revoluções Farroupilha, Federalista, duas Guerras Mundiais, etc.) estão
recheadas de conflitos entre os homens. Por quê? Segundo Hobbes, o “homem é
lobo do próprio homem”, por isso tantas guerras e conflitos de toda ordem.
Ainda segundo o autor, para que problema seja resolvido ou amainado, o homem
precisa abrir mão de sua liberdade e repassá-la ao Rei. Este, com poderes
concentrados em suas mãos (Estado Absolutista) pacificaria a sociedade. Ainda
hoje, em que pese tanto tempo ter se passado, a discussão segue atual. Como
estabelecer um “contrato social” sem prejuízo das liberdades individuais? Ainda
mais numa sociedade que convive com o seguinte paradoxo: de um lado, demandas que
são cada vez mais “globais” (terrorismo, tráfico de drogas, meio ambiente,
etc.) e, de outro, uma geração cada vez mais egocêntrica e individualista.
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