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07/01/24 - Quem somos? Um ínfimo grão de areia no Universo. Por que então tamanha arrogância, prepotência, egoísmo, vaidade, individualismo, violência contra si e em relação ao outro? Por que espezinhar o sentimento alheio, menosprezar, discriminar, alienar? Por que a acumulação doentia de penduricalhos incapazes de nos tornar imortais ou sequer garantir alguns segundos de vida a mais? Afinal, a morte é certa para quem esbanja e para quem passa fome. Assim como é inevitável para o letrado e iletrado, para o patrão e o empregado, para o fazendeiro e o sem-terra... O que nos diferencia, senão a capacidade de darmos sentido à vida? Ainda que seja frágil, passageira e marcada por obstáculos de todo tipo. Onde encontrá-lo? Numa esperança pós-morte? Pode ser, mas não basta! O sentido precisa ser atribuído e conjugado, também, no presente, no respeito e cuidado consigo e com os outros, na relação que estabelecemos com nosso meio. Afinal, nossa "casa" precisa disso... Grande beijo!
07/01/24 - "As instituições permaneceram íntegras". A frase que ouvi num conhecido programa de televisão, alusiva ao fatídico oito de janeiro de 2023, a dos ditos "atos golpistas", traz uma série de perigosos equívocos. O principal deles é aquele que passa a ideia de que nossas "instituições" são "íntegras". De que instituições estamos falando? De que integridade estamos tratando? No Brasil, historicamente, o Estado sempre esteve e está nas mãos de grupos políticos e econômicos que jamais representaram ou representam o interesse da maioria da população. Grupos que perpetuam privilégios e fazem dos espaços públicos um balcão de negócios, mera extensão dos interesses particulares, em prejuízo do interesse público. Qual serviço público funciona a contento neste país? Saúde, educação, segurança, saneamento, transporte? Nenhum! Conhecidas famílias fincadas no coronelismo e no cabresto seguem dando as cartas. Executivo, Legislativo e Judiciário neste país são um retumbante fracasso, servindo a interesses outros que não aqueles por nós desejados. O dinheiro público que falta nas incontáveis favelas e cortiços, sobra nos palácios, gabinetes e tribunais. O Estado brasileiro nunca foi e nem tampouco é "íntegro". O que temos, ao longo da história, é - por vezes - uma reacomodação de interesses, mas sempre espúrios e nada republicanos. Sai a banda podre, entra a banda fétida. Da dança das cadeiras, a maioria não participa. Da "festa", quem paga a conta (eu e tu) não é convidado. Portanto, o oito de janeiro de 2023 é apenas mais um, dentre tantos outros, tristes e lamentáveis, mas não surpreendentes, capítulo da vergonhosa trajetória desta republiqueta chamada Brasil. Abençoada semana a todos...
09/01/24- Equador, de joelhos diante do crime organizado. Só lá? Absolutamente... Por aqui, é notório, a situação não difere. O crime organizado, há muito vem dando as cartas do jogo, seja por meio da violência, seja ainda através da cooptação de agentes públicos, financiamento de campanhas eleitorais, compra de decisões judiciais, dentre outros... Controla presídios, garante privilégios às lideranças, suborna servidores... Divide cidades, das menores às maiores, como se presas fossem (não são?) Mostra-se presente em todos os Poderes, aberta ou sorrateiramente. Estabelece a pena de morte, decidindo quem vive ou não! O crime organizado se alimenta e ganha força na mesma medida da desorganização e patetice do Estado. A impunidade, clara e inequívoca neste país, leveda a insegurança da população e recrudesce o poder das facções. As cracolândias atestam a incompetência do Poder Público e leniência estatal frente ao poder do tráfico. As veias da América Latina seguem abertas, sangrando, reproduzindo o histórico desprezo com nossa gente. Grande abraço!
10/01/24 - Moralidade e legalidade. Ética e legalidade. Apesar da insistência de muitos, seja por ignorância, seja ainda de forma proposital, em confundirem os conceitos, estes são por demais distintos. A normativa legal deveria caminhar na mesma direção da moral (temporal e espacial) e, principalmente, da ética (valores universais e atemporais). Contudo, não é o que se vê, em especial nos países que teimam em trilhar outros caminhos que não o da verdadeira democracia (não este arremedo que por aqui temos). No Brasil tem sido assim! A incessante, confusa, contraditória e excessiva produção legislativa faz do país um manicômio "legal". Não por acaso, nossos Tribunais Superiores terem caráter eminentemente político e não técnico. Cabe, via de regra, ao Executivo definir o perfil de "louco" a ocupar o STF e STJ, por exemplo... Não fosse assim, como dar conta de decisões, em última instância, sem ferir os princípios teóricos (só teóricos!) da Magna Carta? Da mesma forma o Legislativo. Cabe a este, quase sempre, a elaboração de leis (ultimamente, com o auxílio - quando não protagonismo - da chamada inteligência artificial, quiçá para compensar a falta de inteligência dos parlamentares...), muitas delas sem nenhuma relevância e menos ainda voltadas ao interesse público. A estupidez do Estado brasileiro ajuda a explicar o porquê do dito "Estado paralelo" (crime organizado) estar, cada vez mais, suplantando o "Estado oficial". Este tem, a olhos vistos, pedido a bênção daquele para agir... Tudo isso para lembrar, meus queridos amigos e amigas, que o respeito ou desrespeito à lei não significa, necessariamente, violação aos princípios da ética e da moralidade. Torço para que tenhamos um país onde o Estado e seu arcabouço jurídico caminhem na mesma direção, a da ética, e que os direitos gravados na Constituição de 1988 deixem o campo do discurso e se materializem. Beijo no coração de vocês!
11/01/24 - A indicação de Lewandowski para o Ministério da Justiça não surpreende e só confirma a ululante certeza de que no Brasil a separação de Poderes, defendida por Montesquieu e garantida nas verdadeiras democracias modernas, não passa de discurso. Farinha do mesmo saco, como reza um conhecido ditado popular! Assim são os grupos políticos (sim, o Judiciário é parte desse jogo) em nossa republiqueta. O atual chefe do Executivo e o antigo Ministro do STF apenas estão colhendo os frutos da promiscuidade entre os Poderes. Como não desconfiar da imparcialidade de uma Corte cujo membros foram escolhidos por critérios eleitoreiros e político-partidários? Quem fiscaliza quem? Quem cuida do "galinheiro", senão a raposa? Perde o Brasil! Perdemos nós! Grande beijo no coração.
20/01/24 - Pena de morte a todo agente público corrupto, lacaio, que tergiversa com a verdade... Pena de morte ao agente público que mantém seus privilégios por meio do engodo, da maracutaia, da negociata, da troca de favores, do nepotismo. Pena de morte ao agente público que lesa o contribuinte por meio de processos licitatórios fraudulentos, onde as cartas marcadas - embora por todos conhecidas - seguem no baralho, sob olhar omisso de quem deveria fiscalizar. Pena de morte ao agente público, concursado ou não, engravatado ou togado, que faz do cargo/função trampolim para obtenção de dividendos que ofendem à ética e moralidade públicas. Pena de morte ao agente público que por ação ou omissão contribui para perpetuação da infame desigualdade social. Pena de morte ao agente público que não cumpre com as promessas feitas em período de campanha eleitoral. Pena de morte ao agente público que frauda o ponto, foge do trabalho como o diabo foge da cruz, rasga o Regime Jurídico e mantém-se na função por outros meios que não o mérito. Pena de morte ao agente público que, dolosamente, faz mau uso dos recursos públicos, contribuindo para a manutenção e agravamento dos já péssimos serviços prestados à população. Pena de morte ao agente público que faz do ordenamento jurídico ferramenta de dominação e expropriação da população já sofrida. Pena de morte ao agente público que anda de mãos dadas com o tráfico e crime organizado. Matemo-los todos por inanição! Aos que detêm mandatos , retire deles o teu voto. Aos acobertados pelo manto do concurso, busque os teus direitos! Denuncie, pressione, processe... Seja esta a pena capital a essa praga que, infelizmente, vem contaminando os espaços públicos, maculando a imagem daquela parcela de servidores (maioria) que cumpre, zelosa e competentemente, com suas obrigações. A estes meu fraternal abraço!
21/01/24 - A falta de energia e água em vários municípios gaúchos - milhares de residências, há quase uma semana sem tais serviços básicos - atesta, inequivocamente, a INCOMPETÊNCIA não apenas das prestadoras de serviços, mas também do Poder Público. Importante ressaltar que, vergonhosa e infelizmente, há muito comumente um conluio entre interesses de tais empresas e daqueles que deveriam representar a população. Do contrário, como explicar a omissão de quem deveria fiscalizar e punir o desserviço dessas empresas? Como explicar tamanha letargia? Sobra discurso, porém falta prática. Abunda a covardia, carece seriedade e transparência! Mais fácil atribuir a responsabilidade às mudanças climáticas do que admitir a necessidade de mudança de postura frente ao interesse público. Faça de teu voto ferramenta para mudar essa prática tão comum como criminosa. Minha solidariedade a todos os que já não suportam carregar o fardo do descaso do Poder Público!
22/01/24 - Quem pagará a conta? Sim, quem arcará com o prejuízo individual e coletivo em decorrência da falta de água/luz? Sugiro, como forma de protesto, sejam levados os produtos estragados (alimentos, eletrodomésticos, etc.) para frente da Prefeitura de tua cidade, da Câmara e do Fórum... Uma forma de demonstrar teu descontentamento diante deste Estado que nem de perto cumpre com sua função. Faça isso! O fétido cheiro combinará com o estado de putrefação dos serviços públicos, do descompromisso do Legislativo e incompetência do Judiciário. Abraço!
22/01/24 - Este ano teremos eleições municipais. Serão escolhidos vereadores e prefeitos. Lanço um desafio. Vamos arrancar TODOS os vereadores da Câmara da cidade, como demonstração de absoluto descontentamento em relação à forma como conduziram o mandato. Renove o Legislativo e dê um recado claro de que a Casa do Povo não é covil para incompetentes e descomprometidos com o interesse público. Da mesma forma no que diz respeito ao chefe do Executivo municipal. Arranque-o da cadeira e deixe oxigenar o poder. Vote em novos nomes, homens e mulheres que, comprovadamente, demonstrem compromisso com a população, especialmente a que mais precisa. Exija do teu candidato que acabe com a farra dos Cargos em Comissão (CCs) e FGs sem qualquer critério técnico. Mande as famílias tradicionais, que ano após ano fazem dos espaços públicos extensão da própria casa, para onde jamais teriam que ter saído: o sepulcro do esquecimento. Abraço a todos os indignados!
23/01/24 - Paz duradoura na Palestina! Não haverá... Os discursos bem articulados de importantes lideranças como do Papa Francisco, dos Presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, da ONU, dentre outros, são palavras jogadas ao vento, sem NENHUM resultado prático. Não haverá paz duradoura na Palestina! Importante lembrar tratar-se de uma região em litígio eterno, conflito este alimentado por inúmeros interesses políticos, econômicos, religiosos, militares, estratégicos... A única verdade nua e crua, impossível de ser escondida sob os escombros da propaganda milionária a criar narrativas que dançam conforme a música, é que trata-se de uma geopolítica da maldade, onde a principal vítima é a população cívil: israelense e árabe (predominante na Palestina). Confiar em quem? No Hamas, grupo terrorista? No governo de Israel, em busca de um controverso e criminoso "espaço vital"? Nos Estados Unidos, país mais beligerante dos últimos cento e cinquenta anos? Na Rússia, governada por um mal disfarçado ditador há mais de vinte anos no poder? Na ONU, refém do poder de veto dos "bonitos" do Conselho de Segurança? Não haverá paz duradoura na Palestina! Ao que tudo indica, Abraão seguirá pranteando a infindável desavença entre seus filhos e a Palestina (hoje a Faixa de Gaza, e amanhã?) afundanda num mar de sangue. Abraço a todos os que, de fato, buscam a paz!
23/01/24 - Fundo Eleitoral, uma vergonha! Votado e, obviamente, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo Presidente, o Fundo atesta a serviço de quem está o Estado no Brasil. Da população? Não... Está, isto sim, a serviço daqueles que historicamente surrupiam os recursos públicos. Mudam a bandeira, o discurso, a sigla partidária, mas o resultado é sempre o mesmo! O Fundo Eleitoral é um deboche, verdadeiro tapa na cara do contribuinte que sustenta a corja. O Presidencialismo de coalizão parece justificar toda e qualquer maldade. Em nome da governabilidade (leia-se troca de favores), vende-se a alma ao Diabo! Neste país, ele tem nome e sobrenome... Grande abraço a todos!
23/01/24 - Nova Roma do Sul, município do interior do Rio Grande do Sul, prova ser possível um novo jeito de fazer política. Romper com a burocracia (esta não é garantia de eficiência, lisura e transparência) estúpida a alimentar agentes públicos despreparados, com os descaminhos e maracutaias tão comuns nos processos licitatórios e emendas parlamentares. Estas, importante lembrar, há muito vêm sendo usadas como moeda de troca entre os Poderes (especialmente, Executivo e Legislativo) e manutenção dos currais eleitorais. A população do pequeno município gaúcho optou por trilhar outro caminho! Arregaçou as mangas e, em tempo recorde e a um preço infinitamente menor do que o orçado pelo governo estadual, construiu a ponte tão necessária ao escoamento da produção e deslocamento de sua gente. Assumiu o protagonismo e fez valer o real sentido da política! Parabéns e que a iniciativa de Nova Roma do Sul sirva de exemplo a todos nós.
23/01/24 - O IBGE mudou, novamente, o nome dos "aglomerados subnormais". Voltaram a ser chamados de "favelas" e "comunidades urbanas". Interessante como no Brasil gostamos de palavras de efeito! Na prática, o que mudou ou mudará? Absolutamente nada! O serviço público continuará não chegando em tais comunidades. Seguirão elas reféns do tráfico e do crime organizado. Continuarão convivendo com a falta de infraestrutura básica. Permanecerão à margem de uma sociedade preconceituosa e excludente. A volta à denominação "favela", tenham certeza, mais soa como brincadeira de mau gosto, uma forma de "mudar" sem mudar... Simples assim! O que essas comunidades precisam é de dignidade, geração de renda, segurança, saúde, educação de qualidade. Discursos e jargões não trazem qualquer alívio à vida desses valorosos brasileiros. Beijo no coração de todos, favelados ou não, moradores de aglomerados subnormais ou "normais" (kkkkkk, onde estão estes últimos?).
24/01/24 - Ratos! Estão por toda parte. Especialmente onde abunda a sujeira! Alguns usam gravata, outros toga... Os espaços públicos estão cheio deles. Multiplicam-se em ano eleitoral, infestando os corredores e gabinetes. Correm de um lado para outro em busca de uma cadeira, de preferência com um belo encosto, onde possam pousar para selfies. Atrapalham o serviço público, mas seguem agarrados a seus Cargos em Comissão e Funções Gratificadas, quase sempre bem gordinhos. Alguns desses ratos mal aparecem nas repartições, sequer à noite, o que os diferencia das demais espécies. Sabem, isso sim, é sacudir bandeiras e propagar nas redes sociais a narrativa oficial de quem os sustenta, ainda que por meio de recursos de terceiros. Os ratos transmitem não apenas doenças (preguiça, indolência, ignorância, puxassaquismo, incompetência, etc.), mas impregnam o ambiente com o cheiro fétido de um sistema viciado. Alguns ratos têm pedigree, carregam sobrenome de ratazanas tradicionais que, ano após ano, não largam o queijo. Existem ratos boçais e até mesmo os que carregam sob as patas diplomas e certificados. Feito fantasmas, surgem muitas vezes do nada! Num piscar de olhos estão aqui e acolá. A quantidade deles é diretamente proporcional à saúde do tecido social. Este, quanto maior o estado de putrefação, mais sofre com a praga. Ratos não convivem bem com a luz da transparência e menos ainda com a promoção através do mérito. Como detê-los? Desratizando os espaços públicos, separando o joio do trigo, fazendo valer o poder do voto para colocar nos postos estratégicos homens e mulheres comprometidos com o interesse público, com a ética e com a defesa dos princípios norteadores da Administração. Beijo no coração!
25/01/24 - Santa Catarina, dezessete prefeitos presos em pouco mais de um ano! Apesar do estado vizinho colocar o Rio Grande do Sul no bolso em termos de crescimento econômico e desenvolvimento social, apresenta alguns sérios problemas em comum. A corrupção, sob várias formas, é um deles. Até quando seguiremos sustentando e reproduzindo esses vícios? Reza um ditado popular que cada povo tem o governante que merece! Não deixa de ser uma verdade, ao menos em parte. Mantemos a bandidagem no poder quando votamos mal, por exemplo. Urna, importante lembrar, não é penico. Precisamos deixar de fazer dela a latrina que conduz e reconduz chefes do Executivo e membros do Legislativo Brasil afora. É legítimo reclamar dos péssimos serviços públicos? Sim, porém insuficiente e incoerente. Afinal, colhemos aquilo que semeamos. Semear tua confiança por meio do voto equivocado, impensado, trocado por brindes ou por uma mamada nas tetas de uma Secretaria custa caro, muito caro. Não apenas para ti, mas para toda sociedade. És, portanto, corresponsável pela falta de vagas nas escolas, péssimo atendimento nos postos de saúde, escassez de leitos nos hospitais, tributação insana e irresponsável sobre o contribuinte, multiplicação de sanguessugas nas repartições públicas, licitações fraudulentas, problemas no fornecimento de energia e água, vias públicas esburacadas feito queijo suíço e tantas outras fragilidades por todos conhecidas e vividas (exceto a casta privilegiada formada pelos "donos do capital" e alguns poucos servidores públicos). Sejamos, portanto cuidadosos, zelosos e criteriosos na escolha daqueles que, em tese (quase sempre, apenas em tese) irão nos representar. Faça do teu voto uma poderosa arma, não contra tua cabeça, mas contra os reais inimigos. Grande abraço!
25/01/24 - Brumadinho... Janeiro de 2019, lembram? Duzentos e setenta vidas ceifadas pela irresponsabilidade de alguns, sob olhar omisso do Estado. Ninguém, eu disse, ninguém foi ainda responsabilizado. A falta de celeridade do Judiciário (para julgar em causa própria é rápido feito raio) faz doer ainda mais a lancinante dor do interminável luto dos familiares. A ultrajante impunidade ofende o Direito (neste país, mera ficção) e atesta a pífia qualidade de nossa fajuta República. Espero que o sangue das vítimas caia sobre cada um dos que, por ação e/ou omissão, contribuíram para o infame crime ocorrido há meia década. Abraço nos corações enlutados!
26/01/24 - Licitações, uma das principais portas de acesso e reprodução da corrupção. Falhas por todos os lados, desde a abertura do processo licitatório, passando pelo acompanhamento, desdobramento e fiscalização. Os setores responsáveis, muito comumente, deixam a desejar, seja por incompetência, seja ainda por "vocação" criminosa. Cartas marcadas, critérios suspeitos objetivando direcionar o processo em benefício de determinada "empresa" (muitas vezes, de fundo de quintal), adesão à Ata de preços de outros entes sob argumento, por vezes, falacioso de agilizar o trâmite, etecétera... Falta planejamento, seriedade e espírito público! As consequências não poderiam ser mais trágicas... Serviços essenciais (coleta de lixo, construção e reforma de escolas, pavimentação, iluminação, por exemplo) viram um banquete para determinados grupos. Prepondera a triste lógica do "toma lá, dá cá", de "uma mão lava a outra"... O recurso público, que deveria ser sagrado, é desviado para o crime organizado e retorna, em parte, para o financiamento de campanhas eleitorais. Simples assim... Recruta-se um exército de agentes "cegos, surdos e mudos" que ao fazerem vistas grossas ao problema acabam por banalizar o que deveria ser execrado. Daí a importância do papel dos órgãos fiscalizadores. Não podem condescender com o círculo vicioso da malversação do dinheiro público. Grande e fraternal abraço!
26/01/24 - Separação de Poderes? No Brasil, é balela! O princípio trazido desde o Iluminismo é um faz de conta por estas terras. Vejamos... Quem indica os Ministros da Suprema Côrte? O Executivo, com aprovação (em troca de recursos) do Legislativo. Nos níveis estadual e municipal, regra geral, a mesma lógica perversa. Quem comanda, em geral, as Secretarias? Figurinhas indicadas pelos partidos políticos que compõem a tão falada "base" que dá sustentação ao chefe do Executivo. Como haver, portanto, independência entre os Poderes? Não existe almoço de graça na política! Mente quem tenta te convencer do contrário. Por vezes, é verdade, o conluio sofre turbulências, puxadas de tapete e golpes palacianos. Quem outrora era "situação" vira "oposição". Sequer ficam ruborizados. Pudera, afinal na cara de pau deles não corre sangue, mas a seiva da negociata e defesa de interesse privado e/ou de grupos. Não por acaso, filhos e apadrinhados de figurinhas timbradas ocupam - quase sempre sem nenhum mérito - espaços privilegiados em inúmeras repartições públicas. O que deveria ser espaço do cidadão vira covil de interesses espúrios, cabide de emprego e moeda de troca entre os que fazem da política ferramenta de criação e perpetuação de privilégios. É, o século das luzes parece não ter chegado por aqui... Talvez com ele venha, também, a necessária guilhotina a "cortar cabeças" daqueles que insistem em escantear e explorar nossa gente! Beijo no coração.
27/01/24 - Onze anos desde a tragédia anunciada da Boate Kiss, onde duzentas e quarenta e duas vidas foram ceifadas em Santa Maria, minha cidade natal. O tempo decorrido é um inegável atestado da incompetência do Judiciário brasileiro. Sobram desculpas, explicações jurídicas e outras evasivas que, no fundo, só agravam a dor dos amigos e familiares das vítimas. Quem foi responsabilizado? Importante lembrar que, ironicamente, o Prefeito à época inclusive foi, posteriormente, premiado com uma "boquinha" no governo estadual. No Brasil é assim! Impera a impunidade, em nome do pretenso transitado em julgado. Enquanto isso, é gambiarra para todo lado, até que dê merda! Quantas outros espaços privados e públicos que deveriam ter PPCIs e Alvarás devidamente atualizados não os têm? Quem deveria fiscalizar não o faz. Eventuais tensionamentos, vez por outra, do Ministério Público vão sendo "resolvidos" por meio da procrastinação. Empurra-se com a barriga. Até porque o papel aceita tudo! Até que dê merda... Quando isso acontece, deflagra-se uma verdadeira caça às bruxas. Quase sempre sobra para o estagiário! Difícil medir a saudade e sofrimento de quem perdeu alguém na Kiss. Fácil, contudo, compreeder a revolta e decepção frente ao Judiciário. A falta de celeridade deste último - o que não é novidade - esgaça a ferida e aguça a convicção de que não somos um país sério. Meu sincero abraço aos corações enlutados!
28/01/24 - Firulas! Alguns prováveis candidatos, já de olho no próximo pleito, usam as redes sociais para tentarem convencer o eleitor de que são a escolha certa. Para isso, pegam criancinhas no colo, calçam botas e aventuram-se na lama, carregam peso, cortam galhos de árvores... Enfim, fazem o que, até então, nunca fizeram. Milagre talvez! O certo é que as redes sociais são um convite para quem deseja enganar e para aqueles que se deixam ludibriar. Não por acaso, temos um nível intelectual e de formação política tão pífio. O ensino, de péssima qualidade, atende a determinados objetivos, um deles o de manter o "gado", alegre e sorridente, no corredor do abatedouro. Desconfie, portanto, do agente público que adora os holofotes, que faz da imagem (jamais ela encerra a verdade!) seu material de campanha. Aposte, isso sim, naqueles e naquelas que - mesmo sem a certeza dos dividendos políticos - simplesmente FAZEM, apresentam RESULTADOS, sem jamais perderem de vista a ética e os princípios da Administração Pública. Abração!
29/01/24 - A MALDIÇÃO dos Cargos em Comissão (CCs). Ainda hoje estava lendo uma matéria sobre o caso da capital gaúcha que, mesmo violando a legislação, aumentou os salários dos ditos servidores. Não apenas lá, mas em vários outros municípios e demais entes federados, prevalece a MALDIÇÃO! Condeno, como todos sabem, não o servidor, afinal está no papel dele aproveitar a oportunidade de mamar nas tetas do Estado. Minha indignação é em relação ao Cargo em si, vergonhosa ferramenta usada, quase sempre, com outros fins que não o interesse público. Os Cargos em Comissão, via de regra, atendem a objetivos eleitoreiros, onde mantém-se um exército de tremuladores de bandeiras partidárias, fazedores de bocas de urna, marqueteiros e propagadores da "versão" oficial dos fatos, completamente distinta da realidade e avessa à verdade. Alguns, inclusive, fazem "carreira" como CCs. Vão-se os anéis, ficam eles... Importante lembrar que o CC é um servidor que entrou não pela porta da frente (concurso público), mas por meio do "convite" de alguém. Trata-se, portanto, de um "favor" e, como tal, precisa ser pago. Aí mora um dos principais problemas dos Cargos em Comissão. A forma como se paga a "oportunidade" oferecida. O preço é comumente muito alto, especialmente para a sociedade como um todo. O uso dos Cargos em Comissão, sem obedecer a critérios técnicos, alimenta o círculo vicioso do aparelhamento dos espaços públicos para outros fins que não aqueles que deveriam norteá-los. Abraço a todos!
30/01/24 - A Transparência Internacional apontou o óbvio. A população brasileira vê o país como um antro de corrupção. Mais do que isso! Conseguimos piorar, ainda mais, nos últimos dois anos, a sensação de que o Estado por aqui não é sério. Um dos principais fatores que nos coloca na vergonhosa posição (adoramos, ao que parece, o vexame) é a "confusão" criminosa e nada republicana entre os Poderes. Paira uma profunda desconfiança sobre eles! Por que será? A multiplicação dos Conselhos de Direitos, também lembrado na pesquisa, em nada têm conseguido melhorar o triste quadro. Pudera, muitos deles aparelhados pelos "donos do poder" e seus amigos, distanciando-se por completo do propósito, em tese, esperado. Historicamente, temos demonstrado mais afeição ao discurso do que à prática e resultados. Exemplo disso é a educação. Tecemos os ditos Planos nos níveis federal, estaduais e municipais. Resultado? Pífio, desastroso, vexatório... Somos como o ferreiro que passa a vida inteira a preparar o instrumento, sem jamais usá-lo. O que deveria ser planejamento vira embromação e a ação vira procrastinação. Passou da hora de rompermos o "quadro da dor", deixar no passado as lamentáveis posições nos rankings sombrios da violência, fome, concentração de renda, serviços de educação e saúde, por exemplo. Abandonar o ufanismo do "país do futuro" e darmos atenção ao presente. É neste tempo que conjugamos o comer, estudar, trabalhar, morar, divertir, viver... Abraço aos que são deste tempo!
31/01/24 - Vamos colocar Cachoeirinha na vitrine. Não de forma negativa, como tem sido. Façamos do município um exemplo a ser seguido por todos aqueles que abominam o jeito de fazer "política" neste país. Não vote em NENHUM dos atuais VEREADORES, em especial aos que já tenham exercido dois ou mais mandatos, independente de partido político. Será o recado do eleitor aos membros não apenas do Legislativo, mas também do Executivo. Deixemos claro a quem pertence o poder! Caso não saibas quem são os atuais membros da Câmara, acesse o site desta última.
01/02/24 - Aumento do ICMS sobre combustíveis, gás de cozinha, etc.. Nenhuma novidade! É o velho e tirano jeito de "resolver" o problema de caixa do Tesouro. A política tributária irresponsável e insana neste país atenta contra a vida dos brasileiros, especialmente os mais pobres. Rouba-lhes a pouca comida que têm. Prejudica, ainda, a classe produtiva, inviabilizando muitos negócios (boa parte deles não sobrevive aos dois primeiros anos). Sim, a política tributária no Brasil é criminosa! A falta de correção da tabela do Imposto de Renda, por exemplo, extorque o contribuinte, principalmente o de menor renda. A dita Reforma Tributária, por um lado, tende a simplificar a cobrança de impostos e tributos, mas, por outro, não representa nenhum avanço significativo na diminuição da carga tributária sobre quem sustenta o Estado. Por aqui paga-se impostos de país desenvolvido, mas desfruta-se serviços públicos de país extremamente subdesenvolvido. Temos um Estado que NÃO SERVE, mas SERVE-SE da população. Bom início de fevereiro e abraço aos sobreviventes!
02/02/24 - Passou a valer no Rio de Janeiro, por meio de lei, a proibição do uso de celulares em todas as escolas públicas municipais. A vedação se dá dentro do ambiente escolar, inclusive durante o intervalo (recreio). O uso do aparelho só poderá ocorrer em situações excepcionais descritas no próprio diploma legal. A medida, aparentemente extrema, é bem-vinda. Acredito, contudo, que infelizmente, assim como tantas outras leis neste país, não "pegará". Importante lembrar que já existem muitos estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, por exemplo) e municípios que possuem leis similares, algumas delas com quase duas décadas de existência. Quem as conhece? Quem as cumpre? Ainda assim, ao menos tais normativas instrumentalizam as instituições de ensino para que adotem medidas contra o uso do aparelho nos espaços escolares. O desafio é romper o "faz de conta" e fazer valer a legislação. Para isso, faz-se necessário coragem e firmeza por parte de gestores, professores e famílias. A responsabilidade é de todos!
04/02/24 - No Brasil, existem mais templos religiosos do que escolas e hospitais juntos! É o que diz recente pesquisa... O dado merece profunda reflexão. Do estudo, depreende-se algumas conclusões um tanto que óbvias. A primeira, é que o número de templos vem crescendo de forma estratosférica. Pudera, muitos deles mera forma de arrecadar recursos, lavar dinheiro e abarrotar os bolsos de alguns pilantras travestidos de "líderes espirituais". Nesses casos, é um Evangelho às avessas, onde multiplicam-se não os pães, peixes e vinho, mas o patrimônio de alguns poucos. Até porque, importante lembrar, neste país os templos têm "salvo-conduto" tributário... Quanto ao número de escolas e hospitais, preocupa não apenas o número dessas instituições, afinal a oferta de vagas (especialmente na Educação Infantil) e leitos mostra-se insuficiente. Preocupa, sobretudo, a péssima qualidade dos serviços prestados à população. Nossas crianças e jovens (que conseguem ingressar e permanecer na escola) passam pelos Ensinos Fundamental e Médio e, ao saírem, não detêm as habilidades e competências mínimas necessárias. Já na Saúde, uma infinidade de pessoas aguardam na interminável "fila" de exames, procedimentos e internações, muitas delas encontrando a face, não do médico, mas da morte. Esta, diferentemente do Estado, é "competente" e "pontual". O maior número de templos religiosos frente à quantidade de escolas e hospitais é, portanto, sintomático! Aponta para um país que privilegia não a razão e a ciência, mas a frágil esperança de que o "futuro pertence a Deus". Quem ganha com isso, senão aqueles que terceirizam a responsabilidade do Estado? Aqueles que se locupletam com a fé alheia? Aqueles que se mantêm nas cadeiras do Legislativo e Executivo? Aqueles que sonegam impostos, confundindo deliberadamente os patrimônios privado e da instituição religiosa? A fé, tenho dito, é algo relevante. Ela pode e deve ser conjugada com a razão, pois ambas constituintes da natureza humana. Não deve ser, contudo, ingênua. Não deve, ainda, alienar, aprisionar, servir de cabresto. "A Deus o que é de Deus, a César o que é de César", lembram? As tristes consequências das intempéries (chuvas torrenciais, ventos fortes, estiagem, etc.), falta de vagas nas escolas e de leitos nos hospitais são, sobretudo, resultantes das ações humanas, não divinas. Vontade de Deus? Não! Irresponsabilidade tua, falta de cuidado com o outro e com o meio, incompetência do Estado... Faça, portanto, tua parte! Exerça com ética e inteligência teu papel como pai/mãe, filho/a, professor/a, aluno/a, esposo/a, eleitor/a, trabalhador/a. Abraço!
04/02/24 - Neste ano teremos eleições (Prefeito e Vereadores). Teremos, ainda, em Cachoeirinha/RS pleito para escolha dos gestores das escolas públicas municipais. Em quem votarei? Ainda não sei... Contudo, tenho clareza em quem NÃO VOTAREI!