O vídeo acima teve participação especial da aluna Vitória Girelli, da Turma 31.
Este "blog" objetiva servir de ferramenta de pesquisa e de diálogo constante com o público. Os textos são originais e trazem o ponto de vista do autor acerca de inúmeras temáticas. Boa leitura!
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quinta-feira, 31 de março de 2016
BRASIL: UM PAÍS EM ''TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA'' (TURMAS 31, 32 E 33)
O vídeo acima teve participação especial da aluna Vitória Girelli, da Turma 31.
sábado, 26 de março de 2016
TERNEIRO MAMÃO
TERNEIRO MAMÃO
Gilvan Teixeira
e-mail: profpreto@gmail.com
blog:
profgilvanteixeira.blogspot.com.br
No centro da atual e, ao que parece, interminável crise
política que o país atravessa, o PMDB pousa como uma espécie de fiel da
balança. Logo ele, um partido que – como nenhum outro – sempre esteve de braços
dados com o Poder. Feito terneiro mamão, o Partido segue mamando nas tetas da
República, dançando conforme a música. Amorfo ideologicamente, se prostitui em
troca dos tão cobiçados “espaços” junto a ministérios, secretarias e
autarquias. Não titubeia em mudar de cor, indo do vermelho marxista ao preto da
suástica totalitária. Quiçá, uma técnica camaleônica de sobrevivência, apesar
de vil e pouco confiável. Assim é que, por exemplo, o Partido atravessou o
período da Ditadura, assumindo o papel de oposição “água-com-açúcar”,
consentida (cooptada?) e, por isso, aceitável em tempos pretéritos. Entra
governo e sai governo, lá está ele, o PMDB. Este está para o Brasil, assim como
os ratos para o navio a pique ou como as baratas para o mundo assolado pela
guerra. O PMDB tem se revelado um partido maquiavelicamente palaciano, comungando
das orgias – pagas com dinheiro público! –, porém à espreita, sempre pronto a
apear ante à fumaça que precede as eventuais mudanças de cetro. Trata-se de um
Partido paradoxal: por um lado, obeso e robusto, espalhando seus tentáculos por
incontáveis rincões deste país. Por outro, pífio e insosso, destituído de personalidade
própria. Um Partido que pauta seu discurso na tênue ideia do “politicamente
correto”, mas que, na prática, tem entre seus maiores “caciques” grandes vultos
da pérfida e asquerosa história política deste país. Jamais ousou cortar na
própria carne. Optou pelo (des)caminho da manutenção de privilégios, confusão
entre público e privado, bem como pelas práticas eleitorais espúrias, onde
prevalece o poder econômico a contrastar com a atávica fome que assola nosso
povo. Como víbora, o PMDB troca de pele. Por vezes, ainda, assume ares de cordeiro,
ainda que a catinga denuncie a raposa que ali se esconde. É este o PMDB que
temos. É este o PMDB que ameaça romper com o governo. É este o PMDB que vem se
aproximando dos que defendem o impeachment.
É este o PMDB que, uma vez consumado o sepultamento deste (des)governo sórdido,
não vê a hora de assumir o trono. Será a crise ética apenas do PT? Ao que se
vê, soa evidente que não! Diz respeito a todas (ou quase todas) as agremiações
partidárias, independentemente do matiz ideológico. Serão os partidos criações
diabólicas ou, ao contrário, refletem a natureza humana? A bagunça
político-partidária do Brasil é, sem dúvida, produto de nossa própria miséria no
que tange à ética e aos valores. Estes diuturnamente são vilipendiados, “negociados”,
negligenciados... Esperamos o quê em troca? Partidos confiáveis pressupõem
filiados confiáveis. Filiados éticos pressupõem cidadãos éticos. Quem são os “políticos”,
senão nós mesmos? Eleitos e eleitores fazem parte de uma mesma moeda, portanto
indissociáveis, obrigatoriamente cúmplices e solidários. Mal ou bem, o sistema
partidário-representativo ainda é o melhor caminho para perfectibilização da
democracia. Assim, os partidos políticos precisam, neste país, passar por uma
profunda reflexão propositiva, depurando seus quadros, zelando por condutas probas,
cumprindo com suas promessas de campanha, afastando-se de qualquer espécie de
conluio (travestido, às vezes, em “governabilidade”...), clareando e tornando
factíveis suas teses. Sirva a presente crise política como pira expiatória para
repensarmos NOSSA conduta, de modo a termos não apenas um PMDB, mas também um
PT, DEM, PSB, PCB, PSDB ... melhores e em consonância com a busca do verdadeiro
desenvolvimento econômico e social de nossa terra.
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