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domingo, 25 de fevereiro de 2024

ATIVIDADE PARA TURMA 11 (GEOGRAFIA) - INSTITUTO SÃO FRANCISCO SANTA FAMÍLIA

 Tudo bem? Primeiro, sejas bem-vindo a este Blog! Feliz em tê-lo(a) aqui. 

Assista, com atenção, o vídeo abaixo:

https://youtu.be/KPzfMAsAzmA?si=RlVmCu-Nv7nTubXE

Após, responda o que segue:

01- Por que podemos afirmar que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, sob o ponto de vista da distribuição da renda? Aponte dados que ilustrem tua resposta.

02- Organize, numa tabela, os dados apresentados no vídeo, comparando o Brasil e o restante do mundo no que diz respeito à distribuição da renda.

03- Qual é a importância das políticas públicas para diminuir a desigualdade de renda no Brasil?

04- Segundo o vídeo, quais são os caminhos para redução da desigualdade de renda e patrimônio no Brasil?

A presente Atividade deverá ser feita no caderno e apresentada em aula.

Abraço!


terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

PENSAMENTOS: MARÇO A DEZEMBRO DE 2023

 04/03

"(...) O choro pode durar a noite inteira, mas a alegria vem de manhã, bem cedo" (Salmos, 30:5). A dor, o sofrimento, a tristeza e tantos outros dissabores são importantes para lembrarmos que somos humanos, finitos e que portanto eventual empáfia ou sentimento de superioridade frente ao outro soa como tolo e destituído de razão. Motivos para chorarmos são inúmeros, daí ser impossível enumerá-los. Até porque o que te faz chorar, talvez faça o outro sorrir. A boa notícia, como bem lembra o salmista, é que a alegria está ali adiante, mais próxima quem sabe do que imaginas. Precisas, contudo, olhar para ela, acreditar, secar as lágrimas e seguir adiante, até o próximo tombo. Assim é a vida! Nessa caminhada - mais longa para alguns e menos para outros - a espiritualidade (não a "religião" ou placa de igreja) vem se mostrando essencial, seja para nos levantarmos, seja para apoiarmos o outro. Creia no poder do amor, do perdão, da cura... Deus te ama e quer enxugar tuas lágrimas. Ótimo final de semana!

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Merda e folhas! Comum tem sido vermos as pessoas encantadas com seus pets e jardins. Latidos, miados e lambidas... Flores multicoloridas, cheirinhos maravilhosos atiçando o olfato... A beleza dos animaizinhos e a formosura dos jardins encantam! Não são poucos os que ao optarem por eles esquecem da merda e das folhas... Sim, acolher um animalzinho de estimação requer que quem o faça se responsabilize pela limpeza dos espaços onde porventura o dito cujo escolha para "aliviar-se". Da mesma forma, no meio urbano, os detentores de árvores na calçada, por exemplo, têm o dever de recolher as folhas que, especialmente em algumas épocas do ano, atrapalham o fluxo pluvial e colocam em risco os transeuntes que circulam pela mesma. Quero dizer com isso tratar-se de uma péssima ideia ter pets e jardins? Absolutamente... Pelo contrário! Comprometer-se e responsabilizar-se por eles soa não apenas como terapêutico, mas denota cuidado e carinho. Somado a isso, trata-se de uma grande lição de vida, pois que esta é uma sucessão de prazeres e dores, felicidades e tristezas, vitórias e derrotas, sorrisos e lágrimas, "lambidas" e "cagadas", flores e espinhos... A merda e as folhas fazem parte da trajetória dos pets e jardins, compõem nossa própria jornada neste mundo! Beijão.

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Educação de qualidade, onde encontrá-la? Na rede pública e/ou privada? Vamos por partes... Primeiro, o que entendemos por "educação de qualidade"? As firulas à disposição? Lousas digitais, aplicativos, programas e material didático vendidos a preço de ouro pelas editoras? Climatização das salas? Atividades diferenciadas no turno e/ou contraturno? Entendo que tudo isso é - alguns mais, outros menos - importante, mas não o MAIS importante. Uma educação de qualidade passa, necessária e obrigatoriamente, pelos profissionais que atuam na escola. São eles e não os "recursos" disponíveis que fazem desenrolar o processo de aprendizagem. Daí a necessidade em valorizá-los não por meio de discursos vazios e promessas de um "futuro" (que nunca chega!) melhor. Valorizá-los, isso sim, sob o ponto de vista remuneratório (a imensa maioria dos professores das redes pública e privada ganha muito aquém do razoável), garantindo-lhes tempo para planejamento (o que na escola pública há muito é uma realidade, na privada - salvo honrosas exceções - inexiste), condições mínimas de trabalho, formação continuada, dentre outros. Dito isso, uma educação de qualidade não pode prescindir de resultados. Estes precisam aparecer, sob risco da escola perder o sentido da própria existência. Inadmissível, após uma década e meia (do Pré ao término do Ensino Médio), o educando sair sem as "habilidades" (no Brasil, investe-se mais nos jargões do que na práxis) mínimas necessárias previstas na BNCC. A escola hoje não tem preparado para o mundo universitário e nem, tampouco, para o famigerado mercado de trabalho. Prepara para a vida? Esta dissocia-se do mundo acadêmico ou do mundo do trabalho? Não por acaso, tamanho descrédito em relação à escola. A escola nem de perto vem cumprindo seu papel, o de ensinar. Urge repensar e ressignificarmos o espaço escolar, tensionando para que o papel do educador seja socialmente reconhecido. Reconhecimento este que exige salários adequados, tempo para planejamento, suporte pedagógico, fortalecimento da autoridade professoral (educador não pode sofrer coação de qualquer espécie, no exercício da profissão, movida pelos caprichos de alunos e pais). Imprescindível, ainda, são políticas públicas de Estado (permanentes) e de governo (sujeitas às mudanças, conforme o andar da carruagem no campo político-partidário) sérias, competentes, pautadas no planejamento e não nas tão conhecidas "gambiarras". Enfim, uma educação de qualidade passa por muitas mãos (gestores, professores e demais profissionais que atuam na escola, alunos, pais...). A responsabilidade é de todos. Abracemos a escola e seus profissionais, zelemos por eles, assumamos o papel que nos cabe para que vislumbremos dias melhores. Beijo no coração de todos, em especial aos queridos colegas de profissão!

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08/03

Impossível medir a mulher! Estatura, peso, tamanho dos seios ou do quadril, grau de instrução, tez da pele, idade, nacionalidade, profissão, parentesco, condicionamento físico, doenças preexistentes, genética, habilidades de toda sorte, acuidade visual, gosto culinário, apetite sexual, desenvoltura na dança.... Inexiste régua para medi-la e, se existisse, quem o faria? Nós, homens? Impensável, até porque somos produto de seu ventre e, não fosse ela, estas singelas palavras aqui não estariam. Neste Dia Internacional da Mulher, minha homenagem a cada uma delas, em especial àquelas que, apesar de minha vergonhosa rabugice, aturam este pobre mas agradecido mortal.

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15/03

O "combo da vergonha"! Tem sido comum alunos e pais reféns de editoras que - ao fazerem "vendas casadas" (volumes do mesmo componente curricular para vários anos ou séries, bem como material de componentes distintos), obrigando o consumidor a levar a "bucha" toda - atentam contra princípios básicos e recrudescem, ainda mais, a desconfiança quanto ao futuro da educação. A pergunta é simples: quem ganha com essa questionável prática? O professor? Não! O aluno? Também não! O pai? Obviamente, não! Então, por que tamanha insistência? A mercantilização do ensino parece não ter limites e nenhum compromisso com a ética. A prática leonina vem devorando, insaciavelmente, os quase sempre parcos recursos das famílias. Ao que parece, o material didático e as plataformas "educacionais" (normalmente, não mais do que perfumaria e firulas) vêm buscando retirar o protagonismo dos educadores. Enquanto estes, em sua esmagadora maioria, comem o pão que o diabo amassou, as empresas avolumam seus dividendos. Quanto à qualidade de ensino, nem de perto vem sendo de fato (apesar do discurso em contrário) a preocupação. Não por acaso, o notório caos que coloca os estudantes deste país (das escolas públicas e privadas) entre os piores do mundo! A escola não é circo e nem, tampouco, parque de diversão, onde prospera o "ilusionismo". É (deveria ser) a instituição de ensino, isso sim, espaço privilegiado de construção do conhecimento, onde os papéis principais pertencem aos alunos e seus professores.

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18/03

Moções, títulos, medalhas... Quem as dá e quem as recebe? Por que são dadas e por que são recebidas? Não que sejam desmerecedores os homenageados e homenageadas, assim como o são um incontável número de munícipes que vivem no mais absoluto anonimato, trabalhando de sol a sol para, dentre outras coisas, bancar o pujante salário de representantes mais da boçalidade do que da população. Recursos públicos são usados para enaltecer o ego de parlamentares e alimentar uma rede de apoio em período eleitoral. Homenageante e homenageado mais fazem lembrar a Síndrome de Estocolmo, onde a vítima (eleitor) passa a nutrir sentimentos de admiração pelo algoz (eleito). Tem sido a tônica as sessões legislativas virarem palco de leituras bíblicas (sou evangélico, porém defensor intransigente do Estado laico), discursos vazios e mal articulados (fosse o nível intelectual critério para exercício de mandato, não restaria um, meu irmão...), posicionamentos e votos pautados em interesses espúrios, questões de ordem a promoverem a desordem e, claro, homenagens, muitas homenagens. Na plateia, quase sempre, poucos baba-ovos a aplaudirem seus "senhores", em troca de algumas moedas. Enquanto isso, a cidade pega fogo, os serviços públicos definham, a população - especialmente a mais pobre - sofre. Placas são só placas, pouco ou nada atestam índole, competência, ética ou qualquer outra virtude. Valores não têm preço, são inegociáveis, jamais podendo ser medidos por moções ou quaisquer honrarias. Ótimo final de semana!

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Novo Ensino Médio (NEM)! Fui "desafiado" a tecer algumas palavras acerca do tema. Importante, porém, lembrar tratar-se de um ponto de vista (o meu, professor de Ensino Fundamental em escola pública e de Médio em duas redes privadas de ensino). O NEM nasceu da mesma forma que nascem quase todos os grandes "projetos nacionais", onde quem os pensa demonstra desconhecer o "chão da fábrica". Sobram jargões, teorias pedagógicas e, acredito, boas intenções. Todavia, a distância entre o pensado e o realizável corresponde não a um, mas a muitos Saaras. As escolas públicas, em sua esmagadora maioria, estão jogadas às traças, com sérios problemas estruturais, falta de recursos humanos, salários aviltantes, gestões muito aquém do razoável. Já as privadas, salvo raríssimas exceções, não garantem aos educadores o tempo necessário ao planejamento individual e coletivo, planejamento este indispensável para um trabalho por área do conhecimento, como se propõe o NEM. A "hora-atividade" (um terço da carga horária do professor para planejamento), há muito uma realidade nas escolas públicas, nem de perto passa pela realidade das instituições privadas de ensino, sob olhar omisso dos sindicatos, muitas vezes mais preocupados na perpetuação de privilégios de seus dirigentes, alguns deles há décadas agarrados às tetas das entidades. Sob o ponto de vista salarial, no frigir dos ovos, a situação não difere daquela tristemente vivida pelos servidores públicos, qual seja, salários que em nada dignificam a carreira do magistério. Somado a isso, boa parte das escolas privadas não conta com estrutura capaz de atender às demandas nascidas da nova organização de ensino. As "trilhas" (itinerários formativos) tendem a ser trabalhadas como qualquer componente curricular, fugindo por completo do que fora idealizado pelos mentores do NEM. Não por acaso, tem se multiplicado o número de alunos, pais, professores que questionam a iniciativa, tensionando pelo retorno ao que até então se tinha. A melhoria na qualidade do ensino, aproximando a aprendizagem da dita "realidade", ao que tudo indica, ficará - como quase todos os "projetos" neste país - apenas e tão somente no campo da promessa, com sérios prejuízos ao já sôfrego quadro educacional. Portanto, sou cético quanto ao êxito do NEM. Acredito que caberá nos dedos das mãos o número de escolas, públicas e privadas, que conseguirão romper o limite do mero discurso. Torço, sinceramente, para que meu prognóstico esteja errado... Finalizando (tenho uma amiga que diz detestar textos longos... Kkkkk), não vejo saída para educação que deixe de passar pela valorização dos professores, melhoria física das escolas, tempo para planejamento individual e coletivo (embora, sabe-se, a hora-atividade, por si, não é garantia de qualidade ou bons resultados no processo ensino-aprendizagem), gestão técnico-profissional, definição clara dos papéis (o que compete a cada um: aluno, pai, professor, gestor, etc.) e responsabilização pelo não cumprimento dos mesmos, bem como busca incansável por resultados.

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06/04

Homenagem ao morto, de que serve? O professor há muito não passa de um corpo em avançado estado de decomposição, embora não enterrado, verdadeiro "cadáver insepulto" - como diria um grande e sábio amigo. O Estado, as empresas (sim, a escola privada é uma empresa como qualquer outra, onde o lucro é quase sempre o princípio e o fim de todas as coisas), as famílias, os sindicatos, todos precisam do corpo para manutenção das aparências e perpetuação de certos privilégios. Assim como a homenagem, o corpo já sem vida do professor não passa de mero simbolismo, vazio e sem qualquer resultado prático. Usa-se em vão o nome do professor, mas na hora do banquete sequer as migalhas a ele são distribuídas. A família vai mal, os pais não têm autoridade sobre a prole, os alunos são desleixados, indisciplinados e preguiçosos? O professor que resolva! A inadimplência aumentou, a gestão da escola é caótica, o número de matrículas e rematrículas despencou? Reduz-se a carga horária do professor ou apela-se para sua demissão. Simples assim! As políticas públicas são estúpidas, fracassadas e ineficientes? Achata-se o salário do docente e mexe-se em seu plano de carreira. Os casos de inclusão se multiplicam, os "laudados" e sem laudo (muitos deles frutos de uma educação frouxa, permissiva e irresponsável) mais fazem lembrar a areia da praia? Use o professor das parcas horas de sono (dormir p'rá quê?) e de lazer para planejar! Invade-se a escola e trava-se nela um campo de batalha entre facções rivais? Sirva o professor de escudo, reservando-se a ele uma "bela" homenagem em forma de placa ou discurso na tribuna. O professor dispensa as "honrarias" - fruto de uma sociedade marcada pela hipocrisia e incoerência -, mas deseja, isso sim, respeito à cátedra, valorização social traduzida não em discursos, abraços, "lembrancinhas" e mimos, mas em forma de salários dignos, boas condições de trabalho, suporte pedagógico, tempo para planejamento e inúmeras outras ações que há muito passam de largo pela escola. Abraço fraternal (com o condão não de "homenagem", mas de chamamento à luta!) a todos os professores e professoras.

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08/04

Somos o país das leis... O arcabouço jurídico brasileiro é insanamente largo, confuso e, não por acaso, conhecido por poucos e "dominado" por quase ninguém. Espanta, mas não surpreende, tamanha imbecilidade. O "cartorialismo" histórico alimenta privilégios (cartórios, tabelionatos, burocratas de toda sorte) e mantém a "massa" na ignorância do universo jurídico (conhecimento ou demonstração do mesmo, ainda que falsa, é poder!), fazendo-a acreditar, com naturalidade, estar numa "casta" inferior. Produz-se leis para tudo, como se as mesmas tivessem o condão de resolver os incontáveis, complexos e antigos problemas da cidade, do estado ou do país. A verborragia nascida do Estado ("tal pai, tal filho", pois seus genitores, quase sempre, carecem de inteligência, ética, coerência, sensibilidade, empatia...) é, muito comumente, um amontoado de falsas "boas intenções", sem nenhum compromisso com o mundo real. Quem produz as normativas acerca da educação, por exemplo, pouco ou nada conhece da rotina escolar. Esquecem os autores das leis que o ambiente seguro, asseado, bem equipado, com servidores esbarrando pelos corredores e gabinetes (CCs - sem qualquer obediência a quaisquer critérios técnicos - bancados pelo contribuinte) é completamente distinto do ambiente caótico encontrado no "chão da fábrica", onde a vida de fato acontece. Esquecem, ainda, que o inflacionamento legal não é, nem de perto, sinônimo de segurança jurídica ou de perfectibilização da norma. Precisamos descomplicar, "enxugar" o ordenamento jurídico, diminuir o peso dessa burocracia estúpida a representar um desserviço ao interesse público. A "obesidade" estatal precisa ceder lugar à eficiência, agilidade e competência, vindo ao encontro dos princípios elementares da Administração Pública. Grande abraço!

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Páscoa é a vida resumida num momento especial! Traz a ideia da ressurreição. Ora, esta inexiste sem que, antes, tenha ocorrido a morte. A vida é assim mesmo! Os "altos e baixos" são os lados da mesma moeda. Não são poucos os que acreditam ser possível possuir a moeda de um só lado... Vã e imatura fé! A Páscoa traz, também, a ideia da esperança. Ainda que tenhamos passado, estejamos passando ou venhamos a passar por dificuldades (sim, meus amados, os problemas são como os pedágios, presentes ao longo de toda estrada... Kkkkk), precisamos acreditar que a vida vale sempre a pena. As lágrimas precedem o sorriso. Depois deste, mais algumas lágrimas... É a gangorra da vida (para alguns, esta mais faz lembrar uma montanha russa, onde - de longe - os "loopings" superam a trajetória retilínea e tranquila). Apesar de tudo, sigamos lutando, acreditando... Uma abençoada Páscoa a vocês!

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13/04

A rápida e vertiginosa propagação de (des)informações é uma das marcas deste mundo casa vez mais "globalizado". A imbecilidade que outrora ficava restrita à aldeia, agora espalha-se com a velocidade da luz, ganhando maior ou menor repercussão de acordo, por exemplo, com a qualidade dos "filtros" criados pelo receptor, qualidade esta que guarda íntima relação com o nível de desenvolvimento social. Um país que dá as costas à educação, saúde, segurança, bem-estar, tende a ser terreno fértil à disseminação da estupidez. Esta última é diretamente proporcional a maior ou menor relativização dos valores éticos. Honestidade, verdade, empatia, solidariedade, deveriam ser inegociáveis na família, na escola, nas associações em geral, em todos os espaços públicos e privados. Todavia, não é o que se vê! O resultado não poderia ser diferente... A histeria coletiva que tomou conta de boa parte da população (pais, alunos, professores, gestores, órgãos de segurança, etc.) em decorrência de alguns casos públicos e notórios de violência em ambiente escolar é a prova cabal da insensatez que, historicamente, tem sido uma das marcas deste país. Como se tal violência fosse um ponto fora da curva... Absolutamente! É a própria curva... Esquece-se, por exemplo, que a esmagadora maioria da violação de direitos em relação ao menor acontece DENTRO DE CASA. Da mesma forma, a violência em relação à mulher, ao idoso. A tragédia ocorrida em Blumenau (poderia ser Chapecó, Porto Alegre, Cachoeirinha ou qualquer outro lugar do país) é tão somente o resultado daquilo que há muito estamos semeando. Outras seguirão acontecendo, pois que sintomas de uma sociedade enferma. As medidas anunciadas nas esferas municipais, estaduais e federal mostrar-se-ão ineficazes. Não surpreende, afinal somos o país das gambiarras e falta de planejamento. Teimamos em jogar para torcida, preocupados em seguir o script do "politicamente correto", mesmo que o discurso não passe de uma fina casquinha formal a esconder o tumor que leva à morte. Por aqui, vale mais a aparência, o "sair bem na foto", até porque novo pleito se avizinha. Ah, as vítimas (não apenas as de Blumenau, mas as incontáveis que ficam no anonimato e clamam por justiça) são matéria-prima para as plataformas digitais, onde as visualizações e compartilhamentos, alimentadas pelo sangue, dor e sofrimento, enriquecem e dão fama a alguns poucos. Restam-nos, no que tange à insegurança nas escolas, poucos caminhos. Um deles é nos entregar ao medo e precarizarmos, ainda mais, o já caótico quadro educacional. Outro, é o da resistência, em que pese as flagrantes deficiências dos educandários. Todos temos responsabilidade sobre qual caminho a trilhar. Qual nosso discurso como adultos (sim, somos ADULTOS!) frente a nossos filhos e/ou alunos, por exemplo? Qual nossa capacidade de organização enquanto família, colegiado de escola, governo, órgão de segurança, Ministério Público e outras instâncias? Não pareçamos baratas-tontas, mas ataquemos o problema de forma racional e articulada, até para que sirvamos de exemplo aos mais jovens. Urge a mobilização coletiva, não para fugir ou deixar-se acuar, mas para REAGIR. Um grande abraço!

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20/04

Vereador(a), vamos trocar nossos salários? Não as funções, claro, afinal não tens a competência e desenvoltura intelectual para estares frente aos educandos. Enquanto o professor constrói a carreira na labuta dioturna (quase sempre sessenta horas semanais), na formação contínua e no enfrentamento dos incontáveis problemas e precariedades do ambiente escolar, tu a constróis de que forma? No embuste, na troca de favores, na imposição por meio do medo, na criação e perpetuação de currais eleitorais? Achas mesmo serem honestos e coerentes os discursos proferidos na tribuna? Discursos, quase sempre, mal articulados (não surpreende, afinal sobra boçalidade no Legislativo), de quem ainda ontem era "oposição" e hoje não o é, ou o inverso? Quanto vale o teu voto? Quantos CCs, FGs ou Secretarias? Alguma outra moeda de troca? Nepotismo cruzado ou não? Discursos escritos (quantos vereadores o sabem fazer, sem levantarem do túmulo nosso pobre Aurélio?) nos gabinetes de uma Casa que deveria ser do povo, mas que há muito tornou-se covil de algumas famílias a dividirem a cidade, feito hienas na disputa pela carniça. Sim, tal qual elas (perdoem-me as hienas...), pousas sorridente para foto, ainda que ao fundo estejam as vísceras do eleitor. Troquemos o salário "nobre" vereador, em nome da coerência, razoabilidade, proporcionalidade... Seja este o primeiro passo para, quiçá, caminharmos em direção a uma pólis verdadeiramente séria, pautada na ética e na justiça. Abraço à "carniça" da cidade!

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28/04

A imbecilização das emoções! Sim, tem sido cada vez mais comum (assustador!) pessoas de todas as idades (especialmente crianças e jovens, os "adultos" de amanhã) mal resolvidas com suas emoções. Acreditam piamente ser a própria dor maior do que a do outro. Infantilidade esta alimentada por ditos "profissionais" da psicologia, psicanálise, psiquiatria, etc... Reforçam e perpetuam a imbecilidade desses que, na prática, demonstram acreditar ser o umbigo o centro do universo. Triste e fadado ao caos este mundo "umbilicocêntrico". Meu amado, minha amada, tua dor NÃO É maior do que a minha! Da mesma forma, o meu sofrimento NÃO É maior do que o teu. São dores DIFERENTES, apenas isso. A questão é como lidamos com essa dor. Podemos alimentá-la, usá-la para as constantes "fugas" ou, por outro lado, podemos usar o sofrimento para alavancar nossas vidas. A DECISÃO é MINHA, é TUA! Independente de fazer essa caminhada em "carreira solo", com ajuda de terceiros ou medicamentos, importante é que realmente QUEIRAS levantar essa cabeça e VIVER. Atribuamos menor importância aos "gatilhos", pois somos maiores do que eles. Um mundo sem os mesmos não existe, pois dependendo como os vemos, estão por toda parte: residência, escola, igreja, festas, associações, na rua, no meio do oceano, no espaço.... Para onde fugiremos? Não sirvam os "gatilhos" como válvula de escape aos compromissos como pai/mãe, filho(a), aluno(a), patrão/empregado, até porque tal "estratégia" - consciente ou não, intencional ou não - tende a sepultar os sonhos, afugentar a esperança e tornar os dias sombrios. Grande abraço!

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01/05

Dia do Trabalhador! Motivos para comemoração? Poucos, acredito. Muitos dos direitos conseguidos a duras penas foram "flexibilizados" em nome dos novos tempos. O resultado não poderia ser pior. A "uberização" das relações trabalhistas tem jogado uma multidão de trabalhadores na informalidade. A Reforma da Previdência, em nome das mudanças na pirâmide etária, tem tornado a aposentadoria um sonho cada vez mais distante. Por um lado, o Capital contribui para o aumento e triste perpetuação da péssima distribuição de renda. Por outro, os trabalhadores seguem espoliados não apenas pelos patrões, mas sobretudo por um Estado que - por meio da omissão e/ou através de uma política tributária irresponsável - faz da classe trabalhadora uma massa de gente empobrecida e cada vez menos esperançosa. A quem serve um Estado submisso ao acúmulo de capital nas mãos de poucos? Sirva o Dia do Trabalhador não apenas para troca de afagos e elogios, mas para INDIGNAÇÃO frente à exploração que recai sobre o proletariado. Basta de sindicatos pelegos, discursos vazios nas tribunas ou promessas do Executivo. "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", como diz uma conhecida música... Abraço aos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente aos que não se deixam encantar pela lábia enganosa e nem pela simpatia ao agressor.

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13/05

Mãe, o que faz teu coração chorar? Tristezas e alegrias? Quanto às primeiras, gostaria de afastá-las de ti, mas bem sabes de minhas limitações. São inevitáveis as dores. Quanto às do passado, nada pode ser feito, salvo servirem como impulso à vida. As do presente, desejo carregá-las contigo, cumplicidade permeada de amor e gratidão. No que diz respeito às alegrias, as quero todas para ti. Buquês e buquês de bênçãos, paz, saúde, prosperidade... Pinçar palavras capazes de traduzirem tua importância é inútil. Deixo apenas uma breve expressão do que sinto por ti: MÃE, TE AMO! Na tua pessoa, sintam-se abraçadas todas as mães, em especial a dos meus filhos (Rosana), as de meus sobrinhos (Fafá, Clarice, Cátia, Carmen, Nair, Angelita, Jaqueline), minhas comadres (Patrícia, Cleusa, Cátia novamente, kkkk), minha afilhada (Cristiane), primas (bah, não me atrevo a citar os nomes, pois que muitas...), tias (Adelaide, Jaci, Eloí, Olga, Lelha, Lhenir, Diná), e, claro, minha querida sogra (Irene). Abraço enorme também (só menor do que o amor de uma mãe) a todas minhas amigas que são mães. Deus abençoe muito todas vocês!

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03/06

Dizem que o bisão que entra em contato com o homem é rejeitado pela manada e, por isso, sacrificado... Interessante! Assim deveria ser o destino de quem, dolosamente, faz mau uso de recursos públicos, de quem flerta com a corrupção e a improbidade. "Sacrificados" fossem pelo voto, restaria a essas plastas públicas o ostracismo, libertando o contribuinte de sustentá-los. Entretanto, neste país, o que se vê não é isso. Corruptos de toda sorte, infelizmente, são conduzidos e reconduzidos aos espaços de decisão, ocupando palácios, prefeituras, câmaras e tribunais. Para eles, as brechas de uma legislação permissiva, recrudescida por interpretações irresponsáveis de quem deveria zelar pela justiça. A aparentemente selvageria dos bisões em nada se compara ao embuste de uma fajuta democracia! Beijo no coração de todos.

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07/06

É, o tempo escoou e a tão aguardada aposentadoria (tá bom, tens as "licenças" para serem gozadas...) se avizinha. És merecedora! Foste, ao longo desses anos, uma servidora exemplar, daquelas que honram a nobre função do funcionalismo público. Tens em mim um admirador. Competência, responsabilidade, comprometimento, profissionalismo são apenas algumas de tuas incontáveis virtudes. Tenho certeza que deixaste e deixarás indeléveis marcas positivas na vida de milhares de vidas. Alfabetizar alguém é uma arte! Como poucos, o fizeste com maestria e amor. Testemunhei, muitas vezes, trabalhando madrugada a dentro, preparando aulas, corrigindo trabalhos, preenchendo planilhas e mais planilhas... Foram décadas de labuta, conciliando os compromissos profissionais, os afazeres domésticos, o cuidado com os filhos e a paciência com este singelo, mas grato companheiro. Te amo muito! Parabéns... Deus permita que tenhas muitos anos, com saúde, para curtir essa nova fase. Aproveita...

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12/06

Servidores, estejam atentos!
(Des)equilíbrio entre os Poderes. Seja em nível federal, estadual ou municipal, o enredo é o mesmo. Os servidores do Executivo - salvo raríssimas exceções - representam o "primo pobre" do Estado. O argumento é de que são orçamentos distintos, em nome da "independência" dos Poderes. Explica, porém não justifica tamanho disparate. O abismo remuneratório a separar os servidores públicos mostra-se uma vergonhosa infâmia em desfavor daqueles que estão lotados no Executivo. Compare-se, por exemplo, as Leis Municipais 4967/2023, 4969/2023 e 4970/2023. Têm em comum a mesma data de publicação no Diário Oficial e o fato de serem bancadas as "reposições" , "reajustes" e "ganhos reais" pelo contribuinte (este, em geral, numa pindaíba ainda maior do que a maioria dos servidores do Executivo...). No mais, o fosso é gigantesco! Para os ocupantes de cargos/funções no Executivo (inclusive os professores!), 5,44% a contar de maio deste ano, além de míseros 6,36%, sendo que metade deste percentual (3,18%) a partir de novembro de 2023 e a outra metade (3,18%) - como os governantes gostam de empurrar com a barriga (muitas vezes jogando a responsabilidade para a gestão seguinte...) apenas a partir de novembro de 2024! Isso mesmo... Já para os servidores do Legislativo (não mais servidores, nem melhores ou mais competentes), além dos 5,44% (mesmo percentual concedido aos do Executivo), foram agraciados com aumento real de 12,25% a contar de maio de 2023, sem qualquer tipo de escalonamento. Será a inflação, a perda do poder de compra ou a necessidade dos membros do Legislativo maiores do que as do Executivo? Como os "nobres" vereadores se posicionaram frente ao assunto? Como as "alas" da "oposição" e "situação" votaram? Reste claro que a indignação não é contra os servidores alcançados pelo benefício - até porque também merecedores e, assim como os do Executivo, há muito vêm assistindo o poder aquisitivo "derreter" ante às catastróficas e irresponsáveis gestões que têm se apropriado da máquina pública -, mas sim contra a absoluta e flagrante incoerência e falta de isonomia. Meus amigos e minhas amigas, especialmente tu que és servidor(a) do Executivo, usemos nosso voto para extirpar dos espaços públicos (jamais devem ser confundidos com pocilga) os que, apesar dos discursos e promessas em tempo de campanha, traem os interesses de uma importante classe, aquela que carrega o lado mais pesado do piano. Abraço no coração de todos vocês.

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24/06
Ao contrário do que as milionárias empresas voltadas às ditas plataformas digitais tentam nos convencer, quem faz a diferença na educação não são os aplicativos, livros digitais ou os incontáveis penduricalhos à disposição hodiernamente (lousas de última geração, chromebook, etc.). Não passam de meras ferramentas (quase sempre, excessivamente caras, ainda mais se adquiridas pelo Poder Público, onde o sobrepreço é a regra) que podem ser úteis, contudo jamais um fim em si mesmas. Numa educação de qualidade, o professor é INSUBSTITUÍVEL, pois é ele o mediador do processo ensino-aprendizagem e o maior responsável pela humanização deste último. Infelizmente, tal premissa tem sido - salvo raras e exitosas exceções - deixada de lado pelas instituições de ensino, públicas e privadas. A educação tem sido um faz de conta, onde prepondera a "casquinha" da aparência, sem qualquer preocupação com o que está por detrás da mesma: um verdadeiro desastre! Não por acaso, o quadro assustador, mas não surpreendente, de emburrecimento de gerações inteiras. Passou da hora de desconstruir esse engodo em que se tornou a educação. Urge investir, sobretudo, no PROFESSOR, garantindo-lhe remuneração justa, formação continuada de qualidade, boas condições de trabalho, tempo para planejamento, dentre outros. Feito isso, imprescindível é que sejam cobrados RESULTADOS compatíveis com o investimento feito. Inadmissível vermos um educando passar quase 15 anos (dos quatro aos dezessete anos) nos bancos escolares e sair sem saber ler, escrever, interpretar e dar conta de cálculos básicos. Uma escola que, em geral, não tem preparado para NADA, quando muito para "certificar", como se isso atestasse alguma qualidade. Faz-se necessário discutir e defender o papel da escola, sua função primeira, ENSINAR! Todas as demais atribuições atinentes à instituição de ensino são derivadas, secundárias. Políticas públicas sérias, gestão competente, otimização de recursos, planejamento a curto, médio e longo prazos, estratégias adequadas, autoavaliação e avaliações externas permanentes são algumas das premissas imprescindíveis. Beijo enorme no coração de todos, em especial aos incansáveis colegas de profissão.
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30/06
A democracia é "relativa"? Caso o seja, quem define os limites desse "relativismo"? Teria razão Millôr Fernandes ao dizer que "democracia é quando eu mando em você e ditadura é quando você manda em mim"? Entendo que relativizar a democracia é algo perigoso, verdadeiro flerte com o totalitarismo, podendo levar a um trágico casamento. Existem valores inegociáveis, como a ética (universal e atemporal). A democracia, ao menos sob a ótica hodierna nos países de melhor qualidade de vida, vem ao encontro dos princípios éticos, portanto traz consigo o "DNA" da inegociabilidade. Entristece, embora não surpreenda, perceber que importantes lideranças no campo político flexibilizem os princípios democráticos, alimentando a quase certeza de que seguiremos no mesmo caminho de muitas outras republiquetas, onde prevalece a vontade de uma oligarquia estúpida, insensível, egoísta e avessa à oxigenação do poder. Forte abraço aos que ainda sonham com um país verdadeiramente democrático!
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01/07
"Disneylândia" é uma VERGONHA, como diria o saudoso Boris Casoy... Estou analisando os dados do último censo. Ela é a cidade do FRACASSO! Serviços públicos de péssima qualidade, um Legislativo composto - salvo raras exceções - por figurinhas bizarras, infraestrutura sôfrega, um exército de CCs a serviço de interesses políticos eticamente questionáveis, os espaços públicos loteados por grupelhos a confundirem público e privado... Enquanto isso, a população, especialmente a mais pobre, segue à míngua, alimentando - ainda que inconscientemente -, por meio do mau uso do voto (urna não é pinico!), indivíduos e famílias que há muito vêm fazendo da cidade o próprio feudo. Importante ressaltar tratar-se não de um problema deste ou daquele (des)governo, mas uma lamentável marca a macular a história da referida cidade, ofuscando seu presente e comprometendo qualquer esperança dela frente ao porvir. Entra Fulano, sai Ciclano, entra este partido, sai aquele outro, a pocilga vem se mostrando a mesma! O ambiente fétido, em que pese o uso de alguns artifícios, tem sido a tônica. Até quando o discurso preponderará sobre a práxis em "Disneylândia"? Como aceitar que uma cidade com meia dúzia de metros quadrados (muito menor do que o ego do "Mouse" e a ingenuidade do "Pateta") possa ter tantos e graves problemas? Passou da hora de colocar os bois à frente da carroça, atribuindo-lhes a função esperada. O Estado (todos os seus Poderes) existe para SERVIR quem o sustenta. A "cadeira" não pertence ao Prefeito ou seus Secretários, da mesma forma que não pertence aos parlamentares municipais ou aos que vestem a toga da "Justiça". A "cadeira" é de propriedade do cidadão, do contribuinte, do munícipe. É este quem paga o salário de TODOS os servidores públicos da "Disney", tenham entrado pela porta da frente ou dos fundos, independente de onde estejam. Ao que parece, para alguns em "Disneylândia", concurso público soa como manto de proteção à incompetência e desleixo com as obrigações funcionais. Para outros, na fatídica cidade, estar amancebado à "oligarquia" representa privilégios e favores ou, então, uma espécie de salvo conduto para "furar" a fila ou amedrontar quem o atende do outro lado do guichê. Não deixemos que os Irmãos Metralha (os do mundo real, mais "simpáticos" e sorridentes, porém muito mais perigosos do que aqueles das tirinhas dos gibis) sigam fazendo de refém a cambaleante "Disneylândia". A cidade não deve jamais submeter-se à vontade e aos caprichos de alguns. Um grande e fraternal abraço aos bons personagens de minha querida "Disneylândia"!
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12/07
Terceirizadas, na Disneylândia, salvo raras exceções, são sinônimo de picaretagem. Não por acaso, como meteoros, assim como surgem, somem, reaparecendo ali adiante com outro nome. Troca-se o CNPJ, mas a lambança continua. O subterfúgio é incapaz de mascarar o cheiro fétido da falta de seriedade e de responsabilidade com o dinheiro público, gerando sérios prejuízos à coletividade e deixando os bem intencionados trabalhadores com uma mão na frente e outra atrás. Restam algumas perguntas: quem ganha com isso? Quem são os servidores/gestores responsáveis pelas reiteradas falhas na seleção das "empresas" (perdoem-me os empresários honestos e éticos pelo uso da expressão)? Muitas são as indagações, contudo a certeza é uma só. Quem arca com o prejuízo é o contribuinte que paga a conta. Enquanto isso, a cidadezinha segue jogada às moscas, deixando a desejar na prestação de serviços básicos. Há muito, o problema soa como caso de polícia! O dito processo licitatório, cada vez mais burocrático, nada tem de eficiente, mostrando-se incapaz de evitar as maracutaias ou de afugentar os meliantes. Disneylândia teima em não aprender com o passado, fazendo lembrar o cachorro a lamber o próprio vômito. Grande abraço, especialmente aos trabalhadores das "empresas" de fachada, pois que também vítimas de um sistema viciado e falido.
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13/07
Messianismo de qualquer espécie é perigoso! Afastem-se dele. Messianismo religioso, partidário, político-ideológico... O messianismo carrega consigo a pregação - equivocada, preconceituosa e nada democrática - de que existe uma (e apenas uma!) "verdade", buscando, por meio de discursos e ações, desprestigiar, menosprezar e aniquilar qualquer posição em contrário. O messianismo não sabe conviver com as diferenças, nem tampouco instiga a formação e fortalecimento de novas lideranças, pois que assentado na figura de um (e apenas um!) "salvador" da pátria. O messianismo embota o raciocínio lógico, fere a razão e sabota a pesquisa, fazendo esta caminhar numa única (e apenas uma!) direção, ainda que a do abismo. Amados e amadas, refutem e afastem-se dos falsos profetas! Beijo no coração.
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20/07
Dia do Amigo, qual é a data "verdadeira"? Ao pesquisar, reparei inexistir consenso... Sem problema, afinal qualquer dia é oportuno para saudar os AMIGOS e AMIGAS, pois são VOCÊS que dão sentido à data e não o inverso. Como bem lembram as Escrituras, uma boa amizade (não deixa de ser uma redundância, afinal toda verdadeira amizade é boa...) compara-se a um tesouro, não daqueles que se perde com o tempo, porém eterno. Registro aqui a todos vocês meu abraço, tomado de admiração e de votos por muitos e muitos anos de amizade!
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26/07
Avós... Como descrevê-los? Impossível! Pudera, pois que são pais ao quadrado. Melhor, pais elevados à infinita potência. Assim são essas maravilhosas figuras. Carregam a expertise de quem já criou os rebentos, tendo se alegrado com os acertos e, quanto aos erros... Que erros? Estes pertencem a um passado longínquo. O mais interessante é que, como bônus por uma vida de sacrifícios, o antes "condenável" (condescendência, falta de limites, etc.) agora é virtude. Avós existem para atender aos caprichos dos netos... Quem ousaria tecer alguma crítica? Absolutamente! Uma espécie de direito adquirido! Parabéns a todos os vovôs e vovós, especialmente às vovós (bah, vovôs são espécie em extinção...) Geci, Irena Stecker, Rosane, Rosilaineandrade Andrade Elsia Bernardes, Rosinha Lippert, Rogiana Castro... Netos e netas de todo mundo, uni-vos num grande abraço aos avós neste Dia (merece um "D" maiúsculo) tão especial.
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27/07
Moções, homenagens... Elas têm ocupado boa parte da pauta da dita Casa do Povo. Quem são os homenageados e por que o são? Qual é o interesse público envolvido? O excesso de "homenagens" revela, por um lado, a tentativa (muitas vezes exitosa, infelizmente) de cooptar pessoas, empresas e organizações, fazendo delas cabos eleitorais ali adiante. Por outro, deixa claro a escassez de projetos sérios por parte do Legislativo, Poder este sustentado a pão de ló, destoando do "pão que o diabo amassou" a alimentar o contribuinte. Não que os homenageados (alguns deles...) deixem de merecer as honrarias. Absolutamente! Assim como milhares de anônimos (especialmente aqueles que carregam o piano) fariam jus às placas, medalhas, diplomas e outros mimos. Por que não as recebem? Quais são os critérios, os mesmos para concessão da Licença-Prêmio em pecúnia? Amizade? Filiação partidária? Disposição para sacudir bandeirinhas em período eleitoral? Ocupar espaços estratégicos (para quem?), muitos deles públicos? A Câmara tem importante papel a cumprir, estando suas competências previstas em lei, como a de fiscalizar o Executivo e tecer diplomas legais na esfera municipal. Permeando tais competências, o INTERESSE PÚBLICO! Este e não outro deve ser o fio condutor, o norte a ser perseguido. Os munícipes, que pagam a conta, esperam menos moções e mais AÇÕES de quem deveria representá-los! Beijo no coração, em especial aos que padecem de invisibilidade!
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31/07
País da vergonha, ou da falta dela. Enquanto a maioria dos pobres mortais trabalha de dia para comer à noite, alguns servidores públicos, especialmente no Judiciário, recebem vencimentos muito acima do razoável. Não são poucos os juízes e desembargadores que vêm recebendo duzentos, trezentos, quatrocentos mil reais... Existem alguns que chegaram a receber, mensalmente, em 2023, quase um milhão de reais... A título de quê? Verbas indenizatórias! Sobram argumentos (nisso os magistrados são bons, feito estalionatários da pior espécie), em contraposição à escassez ética. Para a realeza (juízes são mais que reis, julgam-se deuses) os princípios do Direito passam de largo. Os mesmos que obstaculizam e fecham os ouvidos aos clamores dos trabalhadores, especialmente os mais humildes, quando da busca de reposições salariais (aumento, nem pensar!), usam a caneta para benefício próprio. Não por acaso o total descrédito no Judiciário, hoje sinônimo de lerdeza, miopia ética, imoralidade e partidarização política. Por meio da intimidação, da ameaça, de medidas judiciais, o referido Poder (subjugando os demais e rasgando o equilíbrio entre eles) tenta, de todas as formas, amordaçar opiniões contrárias. Não mais do que uma abjeta forma de Absolutismo, não monárquico, mas da toga!
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01/08
Dia 31 de julho de 2023! Vinte e cinco anos de casamento... Bodas de prata, chegamos a elas. Quantas histórias, não é mesmo? Os percalços do caminho foram, têm sido e continuarão sendo vencidos pela força do amor, da partilha e da cumplicidade. Não por acaso, tantos e maravilhosos frutos, em especial os três maiores: Thamires, Matheus e Thaíse. Viver ao teu lado, minha querida, tem sido uma bênção. Agradeço a Deus pelo privilégio de chamá-la de esposa, status este produto, também, de tua paciência e condescendência com este pobre mortal. Te amo, Rosana!
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03/08
As redes sociais são pródigas, dentre outras coisas, em multiplicar "correntes" de toda sorte: fortuna, saúde, felicidade... Muitas delas, velada ou abertamente, buscam impor ao receptor (leitor) a obrigação de não interrompê-las, mas passá-las adiante, multiplicá-las sob risco de, não o fazendo, as pragas do Apocalipse caírem sobre a vida do pobre sujeito. Desafio que faças exatamente o contrário! Quebre, rompa as "correntes" dessa espécie, pois que - feito cadeias - aprisionam através do medo ou de uma fé pueril. Permaneçam e multipliquem-se, isso sim, as "correntes" do bem, aquelas que não subjugam mas, ao contrário, ganham adeptos por meio do convencimento crítico e sadio. Aliás, sadio porque crítico! "Correntes" que libertem, transformem, propaguem os frutos do amor. Por fim, oremos uns pelos outros, independente de "placa" de igreja. Usemos nossa voz e, principalmente, nossa ação para abençoar o outro, sem aguardar nada em troca. Grande beijo no teu coração!
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06/08
A pregação (homilia para alguns) ministrada pelo meu querido amigo Pastor Mauro Dos Santos, nesse último domingo, fez uso da expressão "frutos do espírito feitos de plástico", frutos que não resistem à queda, sendo descobertos mais cedo ou mais tarde, nesta ou noutra vida. Podem até ser belos, lustrosos, coloridos, porém artificiais, insípidos e, quase sempre, tóxicos. Vivemos numa "sociedade do plástico", onde mais vale a aparência do que a essência ou o sabor. Importa, ao que tudo indica, mais os holofotes, tapinhas nas costas e sair na foto do que o real conteúdo por detrás de tudo isso. O "plástico" contamina o meio e põe em risco a vida (eterna). Deixemos de lado a preocupação em convencer o outro daquilo que, talvez, jamais sejamos. Deixemo-nos amar do jeito que somos, buscando melhorar sempre, não para obtermos melhor "preço" no mercado das aparências, mas porque é preciso... Boa semana a todos. Lembrem, vocês são muito especiais para Deus!
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10/08
Morte do candidato à Presidência do Equador! Surpresa? Absolutamente! É a América Latina sendo América Latina... Outrora, um continente sob o jugo das metrópoles europeias, hoje refém do crime organizado, em especial do narcotráfico. Este, há muito, apropriou-se do Estado, dominando o Judiciário, cooptando o Legislativo e assumindo o Executivo. Não por acaso o crescimento do poder desses grupos criminosos e o enriquecimento dos mesmos. Vez por outra, uma ou outra apreensão de drogas e/ou armas, afinal mais vale a aparência do que a verdade. O Estado mostrando serviço! Está a serviço de quem mesmo? Uma enxugação de gelo! Enquanto isso, a população segue abandonada à própria sorte, num verdadeiro mato sem cachorro. De um lado a bandidagem, de outro um Estado não menos bandido. Quem impõe maior prejuízo à coletividade? O vagabundo com a bunda à mostra, um baseado no canto da boca e uma AK-47 ou o "colarinho branco" (por vezes togado) dentro de prefeituras, secretarias, câmaras, palácios e tribunais? Não tenho dúvida de que este último! A bandidagem "raiz" ao menos é mais autêntica, transparente e "honesta". Não faz a menor questão de mostrar sua face macabra. Já os facínoras estatais, feito estelionatários, vivem do engodo. Posam de bom moço, mas destilam a mentira. A boa oratória, as roupas caras, o Shumukh a disfarçar o espírito suíno só reforçam a certeza de que a corja de fato não é confiável. O estrago que tal espécie de bandido causa na malha social faz o crime "tradicional" soar como brincadeira de criança. Paga o pato o contribuinte, especialmente a população mais pobre.
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12/08
Dia dos Pais... Infelizmente meu velho, Tonico, há alguns anos não está conosco. Ficou a saudade, a gratidão e o reconhecimento por tudo o que ele representou na minha vida. Sirva o Dia dos Pais para reverenciarmos aqueles que nos geraram, seja biológica ou emocionalmente. Homenageemos, ainda que em memória, essa figura sublime. Sendo possível, abraça e beija teu paizinho, pois amanhã poderá ser tarde demais. Parabéns a todos os pais. A natureza nos poupou de sentirmos o desconforto da gravidez e as dores do parto, reservando-nos a melhor parte: o nascimento de nossos filhos e filhas. Sorte a nossa, afinal lidamos mal com a dor. É ver uma seringa ou deparar-se com a necessidade do exame de toque, trememos nas bases. Por outro lado, não titubeamos em fazer das tripas o coração para garantirmos o bem-estar de nossos rebentos, dando a vida por eles se necessário. Somos um bicho estranho... Por fora, às vezes, durão e ranzinza, mas por dentro manteiga derretida. Qual é o melhor presente para um pai, senão o sorriso e a felicidade daqueles que ama? Meu velho Tonico, acredito no reencontro contigo, quando poderei abraçar-te novamente, tal qual piá que - depois de algum tempo longe do pai - corre em direção ao seu herói que adentra na casa. Obrigado por tudo! Aproveito para dizer que Deus tem me abençoado por meio de meus três tesouros: Thamires Stecker, Matheus Andrade e Thaíse. Amo vocês!
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24/09
Durante a fala de um querido pastor, ouvi que algumas palavras e expressões foram lançadas numa espécie de "índex", pois que denotariam alguns pecados, como o da lascívia. Citou o "gozo" a título de exemplo. Penso diferente! Defendo que a igreja verdadeira deva ser repleta de gozo... Gozos múltiplos... Ora, entendo que o problema não está na palavra, no verbete, no vocábulo, mas sim no trato das mesmas, no sentido que damos a elas. Fôssemos execrar a palavra ou condená-la pelo mau uso que dela se faz, voltaríamos à barbárie dos tempos primitivos. A maldade não está nela, mas em quem a pronuncia. Fosse diferente, a mudez seria sinônimo de santidade. Usemos e abusemos da palavra, pois que pode e deve ser condão e condutora de vida, esperança, salvação... Por meio dela, falaram os profetas. No princípio era o Verbo! Uma semana cheia de gozo a todos...
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26/09
Dilúvio... Só falta a Arca para reproduzirmos fielmente, no Rio Grande do Sul, a conhecida história de Noé. Pudera, tamanha é nossa irresponsabilidade com o espaço onde vivemos. Há muito temos feito de nossa "casa" uma verdadeira latrina, onde depositamos os frutos de nossa estupidez e ignorância. O lixo é não apenas aquele que contamina o solo, as águas, os animais... É ele, também, a relação que estabelecemos com o outro, nada mais do que reflexo do modo como lidamos com nosso próprio "eu". Colhemos, quase sempre, aquilo que semeamos. Esperar o que então? Tudo aponta para um futuro cada vez mais sombrio, nada amistoso. Salvo, é claro, houver juízo. Do homem? Não... O Juízo Final! Abraço, meus amados sobreviventes em meio às águas...
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27/09
Meu querido amigo, Valdeci C. de Souza, do Greenpeace, ao parlar acerca do "consumo consciente e a sustentabilidade" trouxe, dentre tantas reflexões interessantes, a necessidade de repensarmos urgentemente nossas práticas, sob risco de muito cedo sermos "vomitados" pela dinâmica do ecossistema do qual fazemos parte, conscientemente ou não. Segundo ele, a natureza não precisa do homem, mas este é quem precisa e depende dela... Feito gafanhotos vorazes, vamos destruindo o que encontramos pela frente, estúpida e irresponsavelmente. Os eventos climáticos extremos, cada vez mais comuns, deixam claro que um futuro muito sombrio se avizinha. Minha geração, nascida no ocaso dos anos 1960, assim como as gerações anteriores, já está a assistir grandes tragédias resultantes dessa postura criminosa da espécie humana frente ao meio ambiente. O que esperar, então, para as gerações mais novas? Difícil mensurar, porém existe uma certeza: caminha-se, a passos muito largos, em direção ao abismo! A esperança, pelo que se vê, já demonstra sinais de cansaço. Moribunda, dá impressão de ter jogado a toalha... A "luz no final do túnel" mais faz parecer uma fina lâmina de fumaça sobre a vela derretida. Tamanho pessimismo nasce, sobretudo, da constatação de uma passividade modorrenta da espécie que, quase morta, jura gozar da vida eterna. Beijo no coração!
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Simplicidade! A escola, pública ou privada, precisa de simplicidade. Nada como um arroz e feijão para servir à mesa. Uma salada ou um pedacinho de carne, quem sabe, para fechar com chave de ouro. A escola hoje tem servido, em nome de um paladar criado e alimentado por um Capitalismo doentio e irresponsável, muita fritura e açúcar às crianças e jovens. Não por acaso, essa geração de "obesos" intelectuais, onde sobra informação, porém falta capacidade de organizá-la, processá-la e utilizá-la para melhoria de si próprio ou do espaço onde se vive. A escola, hoje, não passa de um fast food, com excesso de estímulos de toda espécie, contribuindo para formação de um exército de desfocados e descomprometidos com o saber. Mais parece ela uma banca de bijouterias, repleta de recursos audiovisuais e plataformas digitais. Os níqueis das editoras se avolumam na mesma medida em que decresce o conhecimento. Abraço, meus amados e amadas!
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29/09
Hipocrisia e incoerência! Assim tem sido tratada a questão do tráfico de drogas, problema este que - apesar de antigo - vem se agravando. Ver como "surpresa" o crescimento dessa prática criminosa é, no mínimo, sinal de que o sujeito não pertence a este planeta. O tráfico tem as "costas quentes", encontrando em agentes públicos de todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) verdadeiros acobertadores, quando não financiadores e mediadores do crime. Não por acaso, as "vistas grossas" (omissão) e/ou as iniciativas que, na prática, servem de salvaguarda aos narcotraficantes. Somado a tudo isso, temos ainda o consumidor... Ah, o consumidor... Esquece este que ele é o maior responsável por movimentar esse comércio altamente lucrativo (usado, não raras vezes, para financiamento de campanhas eleitorais, para lastro da formação acadêmica de um exército de futuros defensores da bandidagem, para "lobby" junto aos espaços de decisão, etc.). Consumidor este que, adoecido (muitos, verdadeiro fiapo humano, há muito destituídos de qualquer vestígio de dignidade) ou não, por vezes paga com a própria vida o "ingresso" para esse não "circo", mas "círculo vicioso". Uma espécie de bumerangue do inferno, direcionado à cabeça do sujeito. Verdadeiro quadro da dor. Por um lado o Estado, de joelhos, acovardado, rendido ao narcotráfico, onde há muito, por exemplo, o sistema carcerário está sob o comando das facções criminosas. Por outro, uma populacão acuada, amedrontada e insegura, torcendo para que a dita bala "perdida" não tire a vida de um inocente. Abençoado final de semana a todos!
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04/10
A pressão por mudanças no STF não é por acaso. Nasce, sobretudo, da convicção de que a Corte suprema nem de perto cumpre com o que dela se espera. Um STF caro, lerdo, dissociado da realidade, amancebado com interesses político-partidários e/ou de grupos econômicos, no mínimo suspeitos. Uma Corte nada republicana, onde o que sobeja não é o mérito ou a competência, mas as relações de amizade, estas a principal fonte de indicação às mais cobiçadas poltronas do Judiciário brasileiro. Passou da hora de fazer valer os reais e verdadeiros princípios democráticos, a saber aqueles que exigem que o Estado esteja a serviço da população, não o inverso como parecem acreditar os "ilustres" ministros. Estes devem ser reconhecidos não pela verborragia pedante, mas pela conduta ilibada, fundada na ética. Abraço no coração de quem paga a conta!
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06/10
"Não é a lei da selva", declarou um importante representante do Ministério da Justiça acerca do crime que levou à morte dos médicos no Rio de Janeiro. O Brasil, não por acaso, é retratado no imaginário dos gringos como uma grande floresta, povoado por índios nus e mulatas sambando. Visão preconceituosa? Sem dúvida! Contudo, esse olhar estreito não é por acaso. Somos uma "selva", não aquela do "bom selvagem", mas a da pior espécie. Por aqui, a lei - como bem lembra DaMatta - é para os inimigos. Assim pensa nossa elite estúpida que, desde sempre, se apossou do Estado brasileiro. Por aqui, salvo raras exceções, o crime compensa. Especialmente se quem o pratica faz parte da "realeza". Esta, enfiada em seus ternos e togas, usa e abusa do "você sabe com quem está falando", do "jeitinho", da relação promíscua entre público e privado... O resultado não poderia ser pior. Total descrédito nas instituições! Nesse quadro, feito vermes em meio à merda, multiplicam-se os malfeitores e alimenta-se a certeza da impunidade. Quem paga o preço? Normalmente, o "Zé ninguém": eu e tu, meu querido! O preto, a mulher, o pobre... A "minoria" que, numericamente, muitas vezes, é maioria. Por vezes, a violência atinge em cheio "pessoas importantes" (não somos todos?). Aí vira notícia... Até quando viveremos sob a maldição da lei da selva? Abraço no coração!
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Esses dias, meu amigo Ricardo Marson usou a expressão "sucesso do fracasso" para descrever nosso país. Apesar de aparentemente paradoxal, ela é um retrato fiel de um Brasil não menos contraditório. Por um lado, listado entre as maiores economias do planeta, com extensão territorial invejável e inigualável riqueza de recursos naturais, dentre eles água potável. Por outro, para nossa vergonha e tristeza, um dos piores países - numa lista de quase duzentos - em distribuição de renda, gerando as mazelas sociais por todos conhecidas. Por um lado, uma população que chama atenção pelo número e maravilhosa diversidade étnico-cultural. Por outro, um país marcado pela violência, onde não raras vezes o algoz é o próprio aparelho estatal. Por um lado, um país de belos discursos nos fóruns mundiais. Por outro, um Brasil maculado pela corrupção em todas as esferas e Poderes da fajuta República. É, infelizmente neste país - parafraseando uma conhecida música regionalista - tudo o que mais cresce, o que mais floresce é a dor, o sofrimento e a desesperança de nossa gente. Por aqui, realmente o fracasso é um sucesso. Fracassamos nos motivos que levaram à dita "Independência" (1822). Fracassamos nas razões para "Proclamação da República" (1889). Fracassamos na defesa da Lei Maior (estamos na sétima, para alguns oitava Constituição). Fracassamos na "Redemocratização" (os donos do poder seguem os mesmos...). Fracassamos no equilíbrio dos Poderes (têm se mostrado desequilibrados). Fracassamos na preservação do valor de nossa moeda (perdi as contas de quantas foram as mudanças). Fracassamos na educação (o aluno está chegando ao término do Ensino Médio sem saber escrever e interpretar, incapaz de resolver cálculos básicos). Fracassamos na saúde, na segurança, na mobilidade urbana, na sustentabilidade... Fracassamos na defesa das minorias (mulheres, menores, idosos, negros, homossexuais, "atípicos ", etc.). Fracassamos... Nosso maior sucesso tem sido, de fato, o fracasso. Abraço a todos!
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09/10
Não por acaso chamado de "crime organizado". Sim, as facções criminosas, em forma de traficantes ou milicianos (na prática, qual é a diferença?), comparadas aos aparelhos do Estado, são muito organizadas. Aproveitam-se de um Estado que é um misto de incompetência e irresponsabilidade, um Estado que mais faz lembrar um amontoado de baratas tontas, quando não mal intencionadas. Um Estado caro, covil de grupelhos político-partidários que ao ideologizarem a Administração Pública, desvirtuam por completo a finalidade da mesma. Um Estado viciado, corrompido por práticas que nem de perto podem ser chamadas de republicanas. Sobram discursos, desculpas e promessas. Enquanto isso, inocentes perdem a vida. Incontáveis são as famílias enlutadas. No caixão o pobre, o remediado e o rico. O analfabeto e o letrado. O peão e o patrão. A criança, o jovem, o adulto e o idoso. A morte não reconhece sexo, idade, cor, escolaridade ou condição social. Embora, é verdade, neste país tenha preferência pelos que compõem o grupo dos "sem vez e sem voz". O quadro desesperador de insegurança pública é fruto, sobretudo, da omissão e condescendência de agentes públicos que, à frente do Executivo, Legislativo e Judiciário, distanciam-se dos valores éticos deles esperado. Rasgam a Constituição e violam os princípios da Administração Pública. Usam do cargo/função para obtenção e perpetuação de privilégios, nem que para isso tenham que andar, de mãos dadas, com os grupos que alegam combater. O avanço da criminalidade é diretamente proporcional à inépcia dos aparelhos estatais. Não surpreende, portanto, o caos hoje instaurado. A mudança, apesar de difícil e distante, é possível. Passa, principalmente, pela maior ou menor capacidade de organização social. Passa pelo voto consciente, pela fiscalização junto aos eleitos, pela cobrança por serviços públicos de qualidade, pela irresignação frente ao "carteiraço" de quem quer que seja. Passa pela mudança de posturas individuais e coletivas, rompendo com o "jeitinho" e com as "gambiarras", como forma de tirar vantagem. Grande abraço e abençoada semana a todos!
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13/10
15 de outubro, Dia do Professor! Nas últimas décadas e, especialmente, nos últimos anos pouco ou NADA a comemorar. Uma profissão (sim, trata-se de uma PROFISSÃO, não vocação!) social e salarialmente DESVALORIZADA. Até porque "tapinha nas costas" e discursos não pagam boletos e nem, tampouco, colocam comida na mesa. Seja da rede pública ou privada, o PROFESSOR vem servindo de mão-de-obra barata, lecionando (tentando...) em turmas superlotadas, intoxicado com as plataformas digitais (que enriquecem as empresas e empobrecem a construção do conhecimento) e sobrecarregado com uma burocracia insana que virou um fim em si mesma, sem resultado positivo algum. Não bastasse tamanho descaso, sofre o professor com a indiferença dos alunos e suas famílias, mais preocupados com a aparência (nota!) do que com a aprendizagem. Acuado pelo assédio mal-disfarçado, o professor se vê obrigado a engolir sapos de todos os tamanhos e espécies. Exige-se dele o que não é de sua competência. Abandonado, precisa também "brincar" no parquinho do faz-de-conta da inclusão, sem o preparo, respaldo e suporte necessários. Todos parecem à vontade para dar seus pitacos no "fazer pedagógico" do professor. Não apenas opinam, mas intimidam aberta ou sorrateiramente. Por que não o fazem também frente ao médico, ao engenheiro ou ao advogado? Não somos todos profissionais? Cospem no professor o Estado, o patrão, o aluno e sua família. Os mimos em forma de homenagens, bombons e outros penduricalhos são incapazes de esconderem o menosprezo pela profissão. O professor não precisa e nem deseja "esmolas", mas sim o RECONHECIMENTO pelo que é e representa. Sirva esse Dia para uma profunda reflexão, capaz de apontar para as necessárias mudanças há muito sonhadas e desejadas pela nossa classe. Abraço a todos, em especial aos meus queridos colegas.
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16/10
"Influencer"... Não são poucos os que consideram uma "profissão"... Pois então... O fato é que alguns, de fato, produzem conteúdos que acrescentam e agregam valores e conhecimento (não raso) à vida de seus "seguidores". Merecedores, portanto, de reconhecimento. A maioria, entretanto, não passa de uma espécie de "estelionatário" da ética, prestando, muitas vezes, um desserviço à sociedade. O mais grave, entretanto, importante lembrar, é que o influencer cresce no "vazio" deixado por pais e educadores. Grande e real risco, diga-se de passagem. O que nossas crianças e adolescentes estão assistindo e aprendendo? Estão expostos a que ideias e valores? Não por acaso, o triste quadro hoje existente. Uma geração imbecilizada nas suas emoções, incapaz de suportar frustrações, avessa ao esforço, apegada às futilidades e à mera aparência... Uma geração de "inúteis", com pouca ou nenhuma empregabilidade ou serventia social, que logo ali adiante - salvo os que nasceram em berço esplêndido - comerá o pão que o Diabo amassou. A proliferação dos "influencers" é fruto, ainda, de um caldo cultural marcado pela superficialidade e hedonismo doentio. Feito varejeiras, multiplicam-se à medida que o tecido social apodrece. Como se o "ídolo" fosse capaz de afastar a dor e a desgraça, ou quiçá elevar o fiel e cego seguidor a patamares mais elevados. Não deixemos, portanto, que as imagens de bezerros - ainda que de ouro - sirvam de norte ou modelo para nós ou para aqueles que amamos. Sublevemo-nos à tendência da boiada, pois que, provavelmente, rume ela para o abate! Boa semana.
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18/10
Hipocrisia, eis aqui uma das principais marcas da ONU (Organização das Nações Unidas). Apesar do discurso apaziguador, historicamente a Organização tem estado a serviço de alguns poucos países hegemônicos. Prova disso é, por exemplo, o anacrônico Conselho de Segurança, onde apenas cinco privilegiados (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia) detêm o poder de veto, o que na prática lhes dá as chaves do paraíso (para eles) e do inferno (para os outros). Qual a legitimidade desse poder? Não por acaso, as desigualdades internacionais vêm se perpetuando e aprofundando. Não por acaso, ainda, alimenta-se as guerras (sim, os conflitos bélicos atendem aos interesses de poderosos grupos econômicos e interesses imperialistas de governos) e mantém-se a penúria da maior parte da população da Terra. A morte de inocentes e o sofrimento alheio são frutos de uma diabólica intencionalidade. Não comovem e nem, tampouco, demovem a busca insana pelo poder. Bom descanso a todos!
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19/10
As baratas têm infestado as repartições públicas. À medida que o ano eleitoral se aproxima, elas se multiplicam. Tontas, perambulam pelos corredores, infestam os gabinetes, deixando o conhecido rastro da sujeira abjeta. Não poderia ser diferente, pois que atraídas e alimentadas pelos "açúcares" das bonificações, encontram as condições necessárias à sobrevivência. Cérebro não possuem, mas sim um poderoso instinto de corrosão. Destroem, como as traças, toda espécie de "tecido", o social e aquele das bandeirolas partidárias. Afinal, não inspiram confiança! Hoje estão aqui, amanhã acolá... O cheiro inconfundível do dinheiro e o conhecido odor do poder, como iscas, as atraem. As baratas das repartições públicas, diferentemente daquelas caseiras - estas mais limpas e tragáveis - estão afeitas à luz dos holofotes. Adoram aparecer na foto! Até fazem pose... Tudo por uma teta nas Secretarias! Para obtê-la e mantê-la não medem esforços. Estratégias não faltam, indo do puxa-saquismo e baba-ovismo ao "sacrifício" da disputa a cargos eletivos. Um voto, um "bônus"... Espécie de Skinner tupiniquim, à brasileira. Seria cômico, não fosse tal farra bancada pelo dinheiro público! Remédio? Acho que nenhum... Talvez veneno, um poderoso inseticida: voto consciente, capaz de separar o joio do trigo, os homens das baratas!
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20/10
Segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o Hamas e Putin (líder máximo da Rússia) representam uma ameaça à democracia. Qual democracia? Existe algum modelo que mereça ser protegido, pois que exemplar? Desconheço! As poucas democracias que despertam alguma inspiração passam longe, muito longe, daquela adotada na maior potência econômica (por enquanto, seguida de perto da China) e mais distante ainda da fajuta e instável "democracia" latino-americana. Como sair em defesa de uma democracia que serve a uma minoria? Uma democracia excludente, apodrecida pela falta de ética, subserviente a interesses de alguns poderosos grupos econômicos, refém do consumismo doentio e irresponsável, atentatória à sustentabilidade, etnocêntrica... A velha "moral de cuecas", como se vê. Putin não é exemplo a ser seguido. O Hamas é um grupo que tem suas práticas assentadas, quase sempre, no medo e no terror. Sim, é verdade! Contudo, nessa triste e recorrente história, não existem mocinhos e bandidos. Temos, isso sim, sem dúvida, vítimas, muitas vítimas: a população civil, a maioria formada - mundo a fora, diga-se de passagem - pelos sem vez e sem voz. A mesma população que, ironicamente, sustenta a "democracia" que as subjuga. Abraço!
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O "ecossistema" estatal brasileiro precisa ser extinto. Tomado sobretudo por pragas da pior espécie, peçonhas e ervas daninhas a envenenarem o pouco que ainda sobrou da esperança. Ao contrário da Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pampas, Araucárias e Amazônia, por exemplo, o "ecossistema" estatal não merece qualquer deferência. Motivo de vergonha, precisa ser extirpado, ainda que por meio do fórceps. Um "ecossistema" que, em nome de privilégios, coloca sob jugo a maior parte da população, a mantendo na pobreza e ignorância, alimentando assim o pérfido círculo vicioso da miséria. O "ecossistema", em nome de um falso equilíbrio, faz uso de seu aparato coercitivo para calar qualquer forma de oposição. É "por bem, ou por mal". A propaganda, paga a preço de ouro, busca convencer. Não funcionando, cabe ao Judiciário fazer o papel sujo. Enquanto isso, o Legislativo - quando atua - mais lembra um grande circo, onde a tribuna dá voz a boçais que, não raras vezes, têm o poder assegurado por mandatos eternos, perpetuados hora pelo dinheiro, hora pelo medo. O Executivo, por sua vez, gosta de parecer o "cabeça" da organização (criminosa). Erroneamente, o associam e o veem como sinônimo do "ecossistema". Ledo engano! É, assim como hidra, apenas parte da diabólica criatura. Matemos o mal pela raiz, através do voto consciente, de qualidade. Depuremos a democracia! Abençoado final de semana.
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21/10
Pagar a conta! Estamos (de)formando uma geração que não aprendeu a pagar a conta. Alguém paga por ela. Crianças e adolescentes que levantam e não arrumam a cama. Comem e não recolhem os pratos e talheres e nem, tampouco, lavam a louça. Divertem-se e não recolhem os brinquedos, deixando-os espalhados pelo chão. Não estudam e, ainda assim, são aprovados, cabendo o "milagre" à pressão dos pais junto à escola e desta em relação ao corpo docente. Embriagam-se e se drogam, apoiados na quase certeza da condescendência e omissão, quando não apoio explícito, dos que deles deveriam cuidar e educar. "Ficam", tal qual bicho no cio, sem a menor demonstração de responsabilidade, empatia e respeito ao outro. Consomem desenfreadamente os objetos de desejo (incontáveis), sem dó e nem piedade ao bolso de quem paga a conta, sentindo-se ainda assim desafortunados frente à vida. Não pagam a conta, mas reclamam, e muito! A vida para eles, muito provavelmente, cobrará o preço. Preço alto! Feito crédito rotativo, os "juros" serão estratosféricos. De "brinde" o adoecimento da alma e eterna infantilização, hoje tão comuns... Cabe à sociedade, como um todo, ensinar as novas gerações a pagarem a conta. Família, escola, igreja, Estado... Todos temos responsabilidade frente a esse desafio. Pagar a conta é sinônimo de cidadania, maturidade, ética. É pagando a conta e ensinando a fazê-lo que formamos e nos formamos como sujeitos melhores. Bom final de semana!
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16/11
Servidor "estagiário"... Todo servidor deveria ser um eterno "estagiário". Não um qualquer, mas no nível do meu querido Artur Bilhão, estagiário com "E" maiúsculo. Humildade, eficiência, lealdade, vontade de aprender, iniciativa, simpatia... Impossível enumerar as virtudes desse "guri". Um servidor público na plenitude da expressão, exemplo a ser seguido, especialmente pelos burros velhos que confundem interesses público e privado, que se encastelam nas escolas, secretarias, gabinetes... Fazem da cadeira (paga pelo contribuinte e, por conseguinte, a este pertencente) o trono, destilando orgulho, empáfia e arrogância! Triste redundância... Já o Artur, empatia, solidariedade, compromisso, presteza. Sem tempo ruim, não media esforços para fazer fluir o serviço e sorrir o "cliente". Espero, não muito longe, voltar a conjugar o verbo no presente, poder novamente conviver e APRENDER contigo. Abraço e muito sucesso Artur. Tens um futuro brilhante, que Deus siga te abençoando.
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29/11
Tenho visto postagens de algumas figurinhas agradecendo a Deus pela "cadeira" que ocupam na Administração Pública... Compreensível e louvável, não fosse a forma como chegaram lá! Trata-se não de uma profissão de fé, mas fruto de relações político-partidárias de cunho meramente eleitoreiro. É sacudir as bandeirolas e fazer boca de urna (criminosa, diga-se de passagem) ou ganhar meia dúzia de votos no "jardim da infância" e pimba: uma FG bem gordinha ou um Cargo Comissionado (CC). Mexe-se, inclusive , no organograma das pastas, buscando acomodar os amigos do Rei (sim, até os prefeitos chinfrins de cidades microscópicas acreditam possuir a coroa). Competência, ética, honestidade, eficiência passam, quase sempre, de largo! À medida que se avizinham as eleições, as Secretarias vão inchando... Sai gente pelo ladrão. Coincidência? Reproduzimos no quintal de casa os mesmos vícios das demais esferas, estaduais e federal. Somos, de fato, uma republiqueta. Abração!
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Mande um vereador para casa! Especialmente se ele está a mamar nas tetas do Legislativo há mais de dois mandatos! Tire a criatura da zona de conforto e deixe oxigenar o poder. A cidade merece menos boçalidade e mais competência. Os clãs que há muito, como moscas em torno da merda, orbitam nas Secretarias (sim, meus queridos, a dita separação de Poderes não passa de ficção), garantindo a "governabilidade", precisam apear do cavalo. A pobre tribuna está farta de discursos vazios, homenagens bizarras, leituras bíblicas (o Estado é laico!) que em nada combinam com as maracutaias legislativas. Faça do voto o fórceps a arrancar da cadeira aquele que a ela se acostumou. Mande um vereador para casa!
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07/12
Os "justiceiros de Copacabana" representam, por um lado, não o retorno à barbárie (dela nunca saímos), mas sua revelação nua e crua. Por outro, são a prova cabal de um Estado falido! O Brasil demonstra não ter aprendido com a história, afinal insiste nos mesmos erros do passado. Sobra populismo, falta compromisso com a verdade e a ética. Abunda o amadorismo, enquanto o planejamento, competência e foco nos resultados são deixados de lado. Aprofunda-se o fosso entre os altos salários de um grupo seleto de servidores públicos (quase sempre no Judiciário) e do "brasileiro médio", este cada vez mais afundado na merda alimentada por uma política de juros irresponsável e criminosa. A "justiça pelas próprias mãos" escancara o descrédito no Poder Público. O "monopólio do poder", assim como o "Estado de Direito", a "democracia", a "justiça social" e tantos outros jargões não passam de letra morta. O apartheid socioeconômico tem sido não apenas consequência desse arremedo de Estado, mas sobretudo causa. É essa segregação que eterniza os vícios da dita "classe política", perpetuando seus privilégios. Daí não ser combatida de fato... A "dor ensina a gemer", reza um velho ditado popular. Os "justiceiros" são fruto desse lancinante sofrimento. Feito gado no brete, pronto para ser abatido, assim é nossa gente. O Direito no Brasil, tal qual martelo na mão do algoz, vem servindo para sedimentar esse triste quadro. Somos "martelados" diuturnamente pelo crime organizado (muitas vezes de mãos dadas com o Estado desorganizado...), pela carga tributária insana, pelo absoluto descaso frente ao caos na educação, saúde, segurança, etc.. Somos e vivemos abatidos pela mão daquele que, em tese (somos o país da teoria e do discurso fácil), deveria nos servir. Os "justiceiros de Copacabana" representam o que entendo por justiça? Não! Assim como, da mesma forma, este "Estado" nem de perto representa o que entendo por Estado de Direito. Abraço a todos os que clamam por justiça...
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20/12
Cachoeirinha e Aratiba, ambos municípios gaúchos. Verdadeiros exemplos. O primeiro, um exemplo a NÃO ser seguido, pois loteado por um incontável número de apadrinhados políticos no Executivo e Legislativo. Este, por sinal, marcado - por um lado - pela boçalidade dos ditos "representantes do povo" e, por outro, pelos vultosos salários, muito além do razoável e da média salarial dos contribuintes. Aratiba, por sua vez, um exemplo a ser seguido! A Câmara daquele município reduziu drasticamente o salário dos vereadores. Isso mesmo... Um Legislativo voltado à vontade popular que, diga-se de passagem, já não aguenta arcar com o custo de um Estado que, nem de perto, atende ao interesse público. Sirva Aratiba de modelo neste malfadado Rio Grande, onde o que mais cresce é a tributação e o rol de privilégios em benefício de poucos. Abraço e parabéns aos aratibenses...
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21/12
Aos queridos formandos das turmas 301 (Universitário - Cachoeirinha) e 31 (São Francisco - Santa Família), meus PARABÉNS! A maioria trilhou comigo todo o Ensino Médio, tempo suficiente para que criássemos laços de afeto, admiração e cumplicidade no difícil processo ensino-aprendizagem. Anos em que aprendemos juntos, por meio de palavras, gestos e, não raras vezes, simples olhares. Obrigado pela paciência com este velho, rabugento, mas bem intencionado professor. Cairá na prova? Sim, na sabatina da vida, onde cada experiência poderá fazer a diferença. Meus queridos, peço a Deus que os abençoe em todos os campos (saúde, família, trabalho, emoções...). Façam do tempo um aliado, investindo no que realmente importa. Jamais permitam, também, que esse mesmo tempo apague as boas lembranças dessa doce adolescência, do coleguismo e momentos especiais vividos no ambiente escolar. Vê-los formados é um grande orgulho, bem como a prova cabal de que existe esperança. Beijo enorme deste professor que os quer bem!
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22/12
Natal... Mais um? Talvez o avançar da idade, a correria dioturna, o excesso de trabalho (pouco reconhecido), os problemas familiares... Não sei, mas o fato é que o dito "espírito natalino" há algum tempo passa de largo. Data que já não me encanta, para ser sincero. Pelo contrário, a vejo muito mais como um pesado fardo, uma companhia daquelas que, ao chegar, torço para que logo vá embora. Coração petrificado? Talvez. Insensível? Possivelmente. Assim, contudo, vejo o Natal. Estrela de Belém, reis magos, manjedoura... Confesso que soam como aquelas narrativas de João e Maria, Os Três Porquinhos, Chapeuzinho Vermelho... Respeito, todavia, os que veem na data um dia especial, momento a ser comemorado. Torço, ainda, para que a narrativa natalina faça a diferença na vida e imaginário das crianças. Porém, para este que vos escreve, apenas mais um dia, semelhante a tantos outros, com o ônus de sair em busca de presentes, como se estes representassem necessariamente sentimento de afeto, admiração ou respeito. Seja o Natal, ao menos, instante de reflexão, de perdoar e ser perdoado, de resgates afetivos, de abraçar e ser abraçado a quem e por quem se ama. Momento de sentar à mesa com a família (?) e amigos. Façamos ao menos desse "limão" uma "limonada", sem esperar nada em troca. A vida passa no rabo do cometa, verdadeiro piscar de olhos. Restarão quais lembranças? Dos penduricalhos presenteados e recebidos? Entendo que não! Estão eles fadados à obsolescência programada, sendo que logo ali adiante não passarão de "lixo". Entretanto, os frutos do amor, estes sim permanecerão, geração após geração... Aproveite o Natal para demonstrar e dizer, aos quatro ventos, que amas! Feliz Natal a todos...
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28/12
O maior prêmio... Você! Sim, o que seria do patrimônio, dinheiro, família, fé, sonhos se não estivesse vivo? Portanto, somos nós que damos sentido a tudo! A própria morte não resiste à vida... Parafraseando Epicuro, enquanto aqui estou, a morte não passa de mera quimera... Portanto, amemos ao outro, mas também a nós mesmos! Acredito sermos a medida de todas as coisas (outra máxima de uma escola filosófica), não no sentido narcisista da expressão, mas numa ótica de humildade frente ao outro, sabedores da própria finitude e limitações. O mundo não gira em torno de nosso umbigo, porém este é parte dele, portanto especial, importante, indispensável... Abraço no coração de todos!