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quarta-feira, 29 de julho de 2015

OPINIÃO


OPINIÃO
Karolaine  (turma 23)
Tema: “erotização da criança”

          Ficamos de queixo caído com crimes sexuais contra crianças, mas permitimos a erotização infantil promovida pela mídia.
          O tempo em que nossas crianças, inocentemente, brincavam com bonecas, brincadeiras de rua e joguinhos educacionais, teve fim. Os programas de TV preferidos eram míseros desenhos animados. Hoje? Temos a percepção de que não criamos mais crianças, e sim mini adultos, que preferem programas onde os participantes estão cada vez mais sensuais, com roupas curtíssimas e músicas de baixo nível, verdadeiros contos eróticos, deixando qualquer adulto estarrecido.
          Eis a questão: como nossas crianças terão, num futuro próximo, um bom modelo de sexualidade? Segundo Paula Pessoa, psicóloga infantil, a educação infantil vem sendo deixada de lado, o que acaba por cair nas mãos da pérfida mídia, grande influenciadora da sexualidade. “Por mais que a criança tenha visto um ídolo com uma saia super curta, uma unha vermelha, a mãe tem de estabelecer a regra: você é criança e não pode. Criança não namora, criança não usa salto, criança não dá beijo na boca...criança não faz estas coisas.”

         Meus pais fazem das palavras da psicóloga, as suas. “Pra tudo tem seu tempo e com as crianças não pode ser diferente, uma criança deve divertir-se com brincadeiras infantis e não quando se finge de adulta”, exclamou minha mãe. Meu pai continuou: “Uma criança tem de saber o que é certo e errado e os pais têm o dever de ensiná-las isso. Dizer não quando o programa não é apropriado para a sua idade e assim vai. Somos nós que temos a obrigação de impor limites”, concluiu.
OBS: A opinião acima é de inteira responsabilidade de seu/sua autor(a). 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

URUBUS


URUBUS
Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br



                A fauna em Cachoeirinha – que da antiga queda d’água só sobraram as lembranças registradas na memória dos quase centenários ou nas páginas amareladas da história –, ao que parece, tem se resumido aos urubus. Sobrevoando o céu da cidade, até que não são muitas as aves de rapina. Preferem elas, ao que tudo indica, alguns espaços públicos. O fétido odor exalado lá para as bandas de prédios onde público e privado se confundem e se amancebam, denuncia a presença dos malditos bichos. Vestem, muito comumente, terno e gravata, quando não uma bela toga a esconder a imundícia da própria natureza. Vivem da tragédia alheia, apesar, é claro, de jamais admitirem. Poucos são os urubus letrados em Cachoeirinha, a maioria mal consegue ir além de uma espécie de grunhido mal elaborado, apesar de inegavelmente poderoso e convincente. Não por acaso, a cada quatro anos, muitas dessas aves renovam suas penas e seguem monopolizando seus ninhos, recheados de filhotes comissionados a lhe paparicarem. Qual será o milagre de tamanha vitaliciedade? Quem sabe, a capacidade mimética de se confundirem com o ambiente. Os urubus que por aqui gorjeiam – uma espécie de infindável “melodia” da morte e do engodo – são de uma espécie muito similar às do Planalto Central. Cheiram a urubu, vivem da carniça do contribuinte, mas pousam de pavão. Talvez por isso, não larguem o naco de carne, afinal toda aquela pesada plumagem, embora artificial, custa caro. Fazem de tudo por um espaço na mídia, ainda que uma minúscula foto no canto da página de um jornaleco chinfrim. O negócio é aparecer, nem que seja emitindo opiniões vazias ou postando suas imagens bizarras nas ditas redes sociais. Nisso são bons. Os urubus daqui são capazes até de vez em quando – quase sempre às vésperas dos pleitos – darem uma voadinha numa vila aqui ou acolá, sujando as asas em meio à lama deixada pela enchente ou, ainda, correndo o risco de contraírem as doenças dos pobres mortais. O que não fazem os urubus para manterem seus privilégios intocáveis e suas cadeiras na famigerada Casa do Povo? O que não fazem eles para usufruírem dos momentos de glória na tribuna ou um lugarzinho junto ao Executivo? Os urubus, assim como as baratas, são mestres na arte de sobreviverem às intempéries e hecatombes econômicas e políticas. Sofre o cidadão comum, o servidor (concursado) mal pago, a dona-de-casa ante a panela vazia, a criança sem futuro e o jovem despreparado. Quanto aos urubus, salvo um ou outro esforço a sustentar, de tempos em tempos, todas aquelas bandeirolas multicoloridas à beira da avenida, parecem desconhecer o que seja trabalho e, menos ainda, crise ou carestia. Ao contrário de suas presas – esfarrapadas, maltrapilhas, viradas somente em ossos –, os urubus seguem robustos e altaneiros, desfilando suas asas tomadas de brilho. Eles custam caro à sociedade. São alimentados por ela e dela se alimentam. No fundo, surgem a partir dela, numa espécie de abiogênese maldita, alimentada por um sistema político falho e eivado de vícios. Feito Cronos, os urubus castram os ascendentes e tiram o fôlego de vida das gerações futuras, fazendo imperar o pessimismo e a desesperança. Restará, ainda, sob o céu da cidade outra imagem que não a da revoada das malditas aves a esconderem o brilho do Sol?  


domingo, 12 de julho de 2015

ESTUPIDEZ NOS TEMPOS DA MENINGITE


ESTUPIDEZ NOS TEMPOS DA MENINGITE
Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br




                Cachoeirinha, uma pequena cidade da região metropolitana de Porto Alegre, vive o que alguns convencionaram chamar de “surto comunitário” de meningite. Ao que parece, não apenas a bactéria tem provocado a inflamação das meninges e, com isso, eventual “confusão mental”. Esta última, ao que se vê tem sido mais comum do que se imagina. Há quem aproveite momentos de crise – como se esta não fizesse parte da história de nossa cidade e de nosso país... – para lançar críticas e mais críticas de toda ordem sobre o Prefeito, o Secretário, o vereador... Preocupa a forte tendência da oposição estrábica em jogar pedra sobre o telhado alheio, como se ela própria fosse exemplo de ética e boa condução do interesse público. A moral de cuecas soa como abjeta e nada convincente, afinal deixa à mostra as nádegas tomadas pelas “estrias” da incoerência, do discurso fácil e vazio, bem como do ultrapassado jeito de se fazer política. Não que o Executivo deixe de merecer a crítica e indignação do cidadão. Sim, mas não apenas ele, mas o Estado como um todo. Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos os ditos “Poderes”, nas esferas municipal, estadual e federal, são corresponsáveis pela falência dos serviços públicos. A precariedade da saúde, evidenciada, ainda mais, em situações como a do surto de meningite, é tão somente um dos tantos problemas a atestarem o embotamento ético do Estado. Este, há muito já não nos representa, tendo se tornado um fim em si mesmo. Feito Narciso, tem se mostrado incapaz de olhar além do próprio umbigo. Mastodôntico, consome quase todos os recursos – que não são poucos... – em alimentar as próprias entranhas. Zarolho, não enxerga além dos próprios interesses espúrios e mesquinhos, voltado muito mais ao atendimento de projetos egoístas de poder, em detrimento do interesse coletivo. O cuspe lançado pela dita “oposição” de hoje (amanhã aliada ou, quiçá, “governo”), feito bumerangue, retorna impulsionado pelos “ares” enlameados da troca de favores tão comum nos corredores das repartições públicas. O azedume de alguns opositores contrasta com suas flagrantes ou veladas práticas condenáveis. A verborreia político-partidária (da “oposição” ou “situação”, da “esquerda” ou “direita”) nada tem contribuído para depuração do Estado. Usar a tragédia alheia – sob a forma de pretensa preocupação com o outro – para obter dividendos políticos soa como irresponsável e vergonhoso. Atenta contra a inteligência e a dignidade da pessoa humana, pois vitimiza aquele que já é vítima, fazendo desta última um trampolim para obtenção de vantagens indecorosas. Torçamos e lutemos pelo controle da meningite neste município, exigindo do Poder Público as ações que lhe competem e responsabilizando o Estado, se necessário. Tomemos os cuidados necessários capazes de mitigarem o risco de contágio. Assim, é o que se deseja, logo a epidemia será coisa do passado. Quanto à “oposição” endêmica e camaleônica – pois troca de roupagem conforme o contexto e a oferta de benefícios –, ao que parece, seguirá resistente aos fármacos desta frágil e duvidosa democracia. 

domingo, 5 de julho de 2015

SETORES DA ECONOMIA: LÂMINAS

Acima, as "lâminas" referentes ao conteúdo sobre "setores da economia". Agradeço ao aluno Pedro Müller (turma 32) pelo auxílio.