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quarta-feira, 28 de maio de 2014

A UNIÃO EUROPEIA


A UNIÃO EUROPEIA
Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                Tudo bem? Saudades de ti. Vamos para mais uma semana na Plataforma? Chegamos até aqui, portanto já és um vencedor... Bom, nos últimos encontros nossa discussão tem girado em torno da Europa, não é mesmo? A presente Atividade (Semana 14) busca lançar algumas reflexões sobre a União Europeia (UE) e, na medida do possível, compará-la ao Mercosul.

                A União Europeia, surgida a partir do antigo Mercado Comum Europeu, foi instituída oficialmente em 1993. É composta por quase três dezenas de países, sendo Bruxelas (Bélgica) sua capital administrativa. A União Europeia funciona a partir de instituições supranacionais independentes, onde a negociação prévia entre seus Estados-membros faz-se indispensável para o bom andamento do referido bloco, até porque os interesses econômicos, políticos, culturais, etc., envolvidos nem sempre são convergentes. A União Europeia instituiu não apenas um “mercado” comum na região, mas estabeleceu, entre outras coisas, uma legislação aplicável aos países partícipes. Dentre as marcas registradas da UE, é possível citar o fim de muitas das barreiras alfandegárias, o livre trânsito de pessoas (cidadãos da UE) por todos os países do bloco, sem a necessidade de passaportes. A ideia é que, cada vez mais, a União Europeia assegure a livre circulação de pessoas, bens, capitais (dinheiro) e serviços. Quanto à moeda do bloco (o euro é a moeda única da União Europeia), foi criada em 1999 a chamada Zona do Euro, ou seja, um grupo de quase vinte países que optou pela substituição das antigas moedas nacionais em nome de uma moeda única.

                O surgimento da União Europeia, ao que tudo indica, fortaleceu a economia e competitividade da Europa frente à hegemonia econômica dos Estados Unidos. Assim, hoje, apesar da UE representar apenas 7,3% da população mundial, gera um Produto Interno Bruto (PIB) equivalente a 20% do PIB da Terra. Vale lembrar, contudo, que nem tudo é “alegria” na UE. Assim, não são incomuns movimentos contrários ao bloco, iniciativas estas que denunciam o avanço do desemprego, a perda no poder de compra, a descaracterização das culturas locais, entre outros. Grupos anarquistas, xenófobos e nacionalistas, por exemplo, vêm ganhando espaço na mídia, nas ruas e nas mais diversas instâncias governamentais.

                O surgimento da União Europeia não surpreende. É, na verdade, a confirmação de uma tendência do atual processo de Globalização. A atual Ordem Mundial (que substituiu aquela outra, bipolar, do período da chamada Guerra Fria) pressupõe a formação de blocos econômicos, como a UE e o Mercosul. Este último, do qual faz parte o Brasil, pouco avançou no que diz respeito à real integração entre os países signatários. As barreiras alfandegárias (a maioria delas...), o trânsito de pessoas, a adoção de uma legislação comum aos países, etc., ainda seguem com entraves aparentemente intransponíveis.





OS SETORES DA ECONOMIA NO CONTINENTE EUROPEU


OS SETORES DA ECONOMIA
Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                Grosso modo, é possível afirmarmos – conforme discutimos no último encontro – serem três os “setores” da economia. Antes, porém, vamos relembrar o que é mesmo “economia”? O conceito por nós utilizado em aula associa o termo à ideia de qualquer atividade lícita voltada à sobrevivência e, por vezes, obtenção de lucro. Assim, é possível afirmarmos que nem tudo que compõe a economia deste país compõe a de outro, certo? Existem atividades que no Brasil são lícitas e fora dele não o são ou vice-versa.

                O Setor Primário é formado pela agricultura, pecuária, bem como pelos extrativismos vegetal e animal. Vale lembrar, ainda, que existem alguns tipos de agricultura e pecuária, por exemplo. A agricultura de subsistência é aquela caracterizada, via de regra, pelo trabalho familiar e emprego de técnicas bastante rudimentares (arado de boi, enxada, etc.), enquanto a agricultura comercial tem seu foco na venda daquilo que é cultivado, muitas vezes assentada na utilização de técnicas e máquinas modernas de plantio e de colheita. A pecuária, por sua vez, pode ser classificada em “intensiva” e “extensiva”. A primeira delas diz respeito à criação de animais mediante o uso de moderna tecnologia, como a engenharia genética, a biotecnologia, a inseminação artificial, entre outras. Já a pecuária extensiva é aquela, muito comum nos países subdesenvolvidos, onde a criação se dá de forma primitiva, tendo por consequência, quase sempre, a baixa produtividade. Os extrativismos vegetal e animal, como já dito, também fazem parte do Setor Primário. O extrativismo, só para relembrar, é toda atividade que retira da natureza sem ter colocado como, por exemplo, a pesca em meio ao rio ou a retirada do látex junto às seringueiras. No Brasil, conforme a época e a espécie, a pesca e a caça, por exemplo, são permitidas ou não.

                O Setor Secundário, por sua vez, diz respeito, basicamente, à indústria e ao extrativismo mineral. Por que este último insere-se no Secundário e não no Primário? Porque depende de um processo de transformação, sendo que – em regra – somente a partir daí é que passa a ter valor econômico. Finalmente, o Setor Terciário engloba o comércio e a prestação de serviços. Vale lembrar que, normalmente, este Setor está diretamente ligado ao Secundário. Países bastante industrializados, muito comumente, têm um Setor Terciário bastante rico e diversificado. Já nos países pouco industrializados, quase sempre subdesenvolvidos, o Terciário deixa a desejar.

                A Europa, como temos visto em nossas aulas, é um continente com um número significativo de países desenvolvidos, onde o Setor Secundário (acompanhado do Terciário) merece destaque, enquanto o Setor Primário caracteriza-se por ser do tipo “intensivo”, ou seja, altamente produtivo, graças ao uso de moderna tecnologia.  


EUROPA: QUADRO NATURAL


EUROPA: QUADRO NATURAL
Prof. Gilvan
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                Quando se fala em “quadro natural” estamos nos referindo aos aspectos físicos de um lugar. Portanto, diz respeito a aspectos como clima, vegetação, relevo e hidrografia. A Europa tem como clima predominante o temperado. Sabes o que é um clima temperado? É aquele que aparece nas áreas entre os Trópicos (Câncer e Capricórnio) e os Círculos Polares (Ártico e Antártico). O clima temperado caracteriza-se por apresentar as quatro estações do ano bem definidas. É um clima de invernos, normalmente, bastante rigorosos e verões com temperaturas agradáveis. Entretanto, é bom lembrarmos, que as temperaturas de uma determinada região sofrem influência não apenas da latitude (diferença em graus entre um determinado ponto da Terra e a linha do Equador), mas de inúmeros outros fatores como, por exemplo, altitude, continentalidade, maritimidade e massas de ar. A vegetação predominante no clima temperado oceânico, mais próximo ao litoral, são as florestas temperadas, onde despontam na paisagem os tão conhecidos pinheiros (em forma de “cone”, não as araucárias típicas do Rio Grande do Sul). Já no clima temperado continental (mais para o interior do continente), há o predomínio das estepes (muito semelhantes aos nossos campos aqui no Rio Grande do Sul). Outro clima importante no continente europeu é o polar. Este aparece, sobretudo, no extremo norte da Europa. É um clima marcado por temperaturas muito baixas, além de possuir apenas duas estações: inverno (noites mais longas, que às vezes – dependendo da latitude – podem durar meses) e verão (dias mais longos, que às vezes – também dependendo da latitude, podem durar meses). Apesar das dificuldades, importantes povos vivem nas áreas sob o domínio do clima polar. A vegetação dominante na região é a tundra, caracterizada por ser pobre e rasteira, boa parte do tempo coberta por gelo. Finalmente, um outro clima que gostaríamos de destacar aqui é o mediterrâneo, clima este com características muito parecidas com o nosso clima subtropical. Nas áreas cobertas pelo clima mediterrâneo, há o predomínio de um tipo de vegetação que leva o mesmo nome.

                Quanto ao relevo, a Europa é pouco acidentada, com destaque para as planícies (terras baixas). Planaltos (áreas, até certo ponto, também planas, porém mais altas do que as planícies) e cadeias montanhosas são comuns no continente, especialmente mais ao sul. O relevo europeu pode ser considerado “jovem”, daí não ser incomum abalos sísmicos, por exemplo, na parte mais meridional da Europa. No que tange à hidrografia (conjunto de águas naturais), o continente possui uma grande quantidade de rios (de planície e de planalto), contudo de pequena extensão.


EUROPA: LOCALIZAÇÃO



EUROPA: LOCALIZAÇÃO
Prof. Gilvan
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                A Europa é o penúltimo continente em extensão (só à frente da Oceania) e o quarto em população (ultrapassado pela Ásia, África e América, respectivamente). Por outro lado, o continente europeu é o que, de longe, abriga o maior número de países desenvolvidos. Cerca de cinquenta países a compõem, muitos deles com elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

            A Europa está localizada totalmente no hemisfério norte (na parte setentrional da linha do Equador) e quase que na sua totalidade no hemisfério oriental (a leste do meridiano de Greenwich). É cortada pelo meridiano inicial e pelo Círculo Polar Ártico, estando localizada, portanto, nas zonas climáticas temperada norte e polar norte. No que tange aos limites, o continente europeu tem ao norte o Oceano Glacial Ártico, ao sul o Mar Mediterrâneo, a oeste o Oceano Atlântico e a leste os Montes Urais e os Mares Cáspio e Negro.

            Muitos autores preferem falar em Eurásia, ou seja, um único continente formado pela Europa e Ásia. Tal iniciativa nada tem de equivocada, desde que olhada sob os aspectos físicos (clima, relevo, vegetação, hidrografia), isto porque do ponto de vista socioeconômico, cultural e histórico, Europa e Ásia guardam profundas e, muitas vezes, irreconciliáveis diferenças. 


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E OS TRABALHADORES


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E OS TRABALHADORES
Prof. Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br

                A Revolução Industrial, iniciada em meados do século XVIII, na Inglaterra, trouxe consigo inúmeras transformações. Desencadeou, por exemplo, um intenso processo de urbanização (desordenado!), servindo as fábricas como força centrípeta em relação à mão-de-obra saída do campo. As cidades, frente ao fenômeno acima, incharam, fomentando profundas modificações nas relações de produção. Segundo muitos autores, nasceu aí o chamado Capitalismo Industrial, distinto do Mercantilismo típico da Idade Moderna (entre os séculos XVI e XVIII). À época da chamada Revolução Industrial, a situação dos trabalhadores ingleses (proletariado, segundo Marx) era – quase sempre – de avassaladora miséria. Inexistiam leis trabalhistas voltadas à proteção da classe operária, sendo comuns cargas horárias extenuantes e desumanas. A exploração do trabalho humano era a tônica, não sendo poupadas mulheres e nem tampouco crianças. Estas frequentemente eram usadas, principalmente na indústria têxtil, como uma espécie de “extensão” do trabalho de suas mães, sem qualquer retribuição pecuniária pelo trabalho prestado. Acidentes de trabalho eram comuns no ambiente de trabalho, sem qualquer preocupação com a segurança ou com a saúde da classe proletária.
                As péssimas condições de trabalho verificadas nas fábricas durante a Primeira e Segunda Revoluções Industriais, acabaram contribuindo para o surgimento de movimentos como o do Socialismo. Aqui, sem dúvida, merece destaque o chamado Marxismo. Este verá a história a partir de uma ótica determinista, alegando ser a “luta de classes” a mola propulsora das transformações sociais. Marx responsabilizava a “mais-valia” levada a cabo pelos patrões (donos do capital) como desencadeadora das grandes mazelas sociais. A teoria marxista se contrapunha ao chamado “Liberalismo Econômico”, já que este último via – ao contrário de Marx – a interferência do Estado (Poder Público) como estorvo ao desenvolvimento econômico e social.

                A partir das últimas décadas do século XX (1980 em diante), apesar de ainda se verificar resquícios do marxismo – especialmente nos discursos de alguns partidos ditos de “esquerda” –, o que se viu foi o avanço do Neoliberalismo, com flagrantes prejuízos às classes menos favorecidas, especialmente nos países subdesenvolvidos. 

OS SETORES DA ECONOMIA


OS SETORES DA ECONOMIA
Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                Grosso modo, é possível afirmarmos – conforme discutimos no último encontro – serem três os “setores” da economia. Antes, porém, vamos relembrar o que é mesmo “economia”? O conceito por nós utilizado em aula associa o termo à ideia de qualquer atividade lícita voltada à sobrevivência e, por vezes, obtenção de lucro. Assim, é possível afirmarmos que nem tudo que compõe a economia deste país compõe a de outro, certo? Existem atividades que no Brasil são lícitas e fora dele não o são ou vice-versa.

                O Setor Primário é formado pela agricultura, pecuária, bem como pelos extrativismos vegetal e animal. Vale lembrar, ainda, que existem alguns tipos de agricultura e pecuária, por exemplo. A agricultura de subsistência é aquela caracterizada, via de regra, pelo trabalho familiar e emprego de técnicas bastante rudimentares (arado de boi, enxada, etc.), enquanto a agricultura comercial tem seu foco na venda daquilo que é cultivado, muitas vezes assentada na utilização de técnicas e máquinas modernas de plantio e de colheita. A pecuária, por sua vez, pode ser classificada em “intensiva” e “extensiva”. A primeira delas diz respeito à criação de animais mediante o uso de moderna tecnologia, como a engenharia genética, a biotecnologia, a inseminação artificial, entre outras. Já a pecuária extensiva é aquela, muito comum nos países subdesenvolvidos, onde a criação se dá de forma primitiva, tendo por consequência, quase sempre, a baixa produtividade. Os extrativismos vegetal e animal, como já dito, também fazem parte do Setor Primário. O extrativismo, só para relembrar, é toda atividade que retira da natureza sem ter colocado como, por exemplo, a pesca em meio ao rio ou a retirada do látex junto às seringueiras. No Brasil, conforme a época e a espécie, a pesca e a caça, por exemplo, são permitidas ou não.

                O Setor Secundário, por sua vez, diz respeito, basicamente, à indústria e ao extrativismo mineral. Por que este último insere-se no Secundário e não no Primário? Porque depende de um processo de transformação, sendo que – em regra – somente a partir daí é que passa a ter valor econômico. Finalmente, o Setor Terciário engloba o comércio e a prestação de serviços. Vale lembrar que, normalmente, este Setor está diretamente ligado ao Secundário. Países bastante industrializados, muito comumente, têm um Setor Terciário bastante rico e diversificado. Já nos países pouco industrializados, quase sempre subdesenvolvidos, o Terciário deixa a desejar.


                O Brasil, apesar de ser um país subdesenvolvido, tem uma economia rica e diversificada, onde todos os “setores” mostram-se importantes. Convive-se, aqui no país, com práticas econômicas típicas do mundo desenvolvido, lado a lado com atividades e práticas um tanto que primitivas. Somos um país de profundas desigualdades e contradições, característica esta que acaba por marginalizar enormes parcelas de nossa população.  

A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO


A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Prof.Gilvan
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                O Brasil, hoje, é o quinto maior país da Terra, o terceiro da América e o primeiro do continente latino-americano. Contudo, a grandeza do território brasileiro é fruto de séculos de história. Quando da chegada dos portugueses ao Brasil, por exemplo, na virada do século XV para o XVI, o país tinha proporções muito menores do que as de hoje, limites estes trazidos pelo famoso Tratado de Tordesilhas. Este fora assinado em 1494. Os países signatários eram Portugal e Espanha, duas das maiores potências econômicas e políticas da época. Tamanha era a influência desses países, que se deram ao direito – sob o olhar conivente da Igreja – de repartirem as terras a serem descobertas entre eles. O acordo estabelecia que as terras a oeste da linha imaginária traçada estariam sob o domínio espanhol, enquanto as que estivessem a leste pertenceriam, por direito, a Portugal. Assim, mesmo antes de ter sido “oficialmente” descoberto (1500), parte do que hoje é o Brasil já pertencia à Coroa portuguesa. Ao longo dos anos, inúmeros tratados (como o de Madri em 1750 e o de Santo Ildefonso, em 1777) foram dando ao Brasil os atuais contornos. A expansão do território brasileiro, vale lembrar, esteve marcado, também, por inúmeros conflitos – inclusive bélicos – com outros países. Só recentemente (1903), por exemplo, foi anexado de maneira definitiva o estado do Acre. Ainda hoje, a busca pelo alargamento territorial é algo presente. Prova disso é a intenção do país em rediscutir sua fronteira marítima, afinal o Atlântico guarda um “oceano” de riquezas e recursos naturais, como gás e petróleo.

                A ocupação humana e a distribuição populacional acompanharam o processo de formação do território brasileiro. Desde muito cedo, os principais aglomerados se fixaram junto ao litoral. Logo após a chegada dos portugueses, por exemplo, a economia estava fundada no extrativismo vegetal (pau-brasil), servindo a costa como porto de embarque da mercadoria. Não muito diferente foi o chamado Ciclo da Cana (séculos XVI e XVII), onde cabia às áreas litorâneas a maior parte do cultivo da cana-de-açúcar. Já o Ciclo do Ouro (século XVIII), contribuiu significativamente para a interiorização da população, ávida pelas jazidas localizadas, principalmente, na região do atual estado de Minas Gerais. Ainda assim, era (e, de certa forma, continua sendo) enorme a diferença quantitativa entre a população litorânea e aquela assentada no “interior” (centro e oeste do país) do território. O deslocamento da capital federal para Brasília (1961), por exemplo, tinha entre seus objetivos uma maior ocupação humana das áreas mais centrais do país.


                Conclui-se, portanto, ser de fundamental importância remontarmos ao passado para compreendermos o presente. Não é produto do acaso a irregular distribuição populacional pelo território nacional. Ao contrário, é resultado de interesses econômicos e políticas governamentais, muitas delas equivocadas. 

BRASIL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS



BRASIL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Prof. Gilvan
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br



                O Brasil, por certo, é um país complexo. Contudo, pretende-se aqui traçar algumas de suas características mais marcantes, muito mais para fins didáticos do que com o objetivo de aprofundar – ou, menos ainda, esgotar – o assunto. O Brasil é, grosso modo, um país americano, tropical e subdesenvolvido. É “americano” por estar localizado na América. Ocupa no continente o terceiro lugar em tamanho (perdendo para o Canadá e os Estados Unidos, respectivamente), sendo, entretanto, o maior país da América Latina. O Brasil é, ainda, o quinto maior país da Terra.  

Por que “tropical”? Porque está localizado em quase sua totalidade na chamada Zona Intertropical (entre os trópicos de Câncer e Capricórnio), localização esta com profundas consequências, por exemplo, no clima (predominantemente, tropical) e na vegetação. Nosso país é cortado pela linha do Equador (mais ao norte) e pelo trópico de Capricórnio (mais ao sul), estando, portanto, localizado quase que totalmente no hemisfério sul e totalmente no hemisfério ocidental.

                Finalmente, o Brasil pode ser considerado um país “subdesenvolvido”. Você sabe o que isso significa? Apesar de estar entre as maiores economias do mundo, de possuir invejáveis recursos naturais (minérios, hidrografia privilegiada, vegetação exuberante, etc.), infelizmente a maioria da população segue à margem de uma boa qualidade de vida. Saúde, segurança, ensino, moradia, transporte, saneamento, etc., de qualidade são privilégio de uma pequena parcela de nossa gente. Impera no Brasil o desrespeito aos mais elementares direitos assegurados na Constituição, situação esta perpetuada por um Estado (governo) comprometido com os interesses de uma poderosa elite que, historicamente, busca – a todo custo – manter seus privilégios.

                

DESASTRES AMBIENTAIS: RESPONSABILIDADE DE QUEM?


DESASTRES AMBIENTAIS: RESPONSABILIDADE DE QUEM?
Prof. Gilvan Teixeira
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                Vulcões, terremotos, maremotos, tsunamis, chuvas torrenciais, estiagens intermináveis... Os chamados desastres ambientais suscitam inúmeras reflexões. A primeira delas: desastre para quem? Para natureza, em princípio, absolutamente não! Afinal, vale lembrar, a história de nosso planeta (4,5 bilhões de anos) sempre esteve marcada pelos “eventos” em questão. Mais do que um problema, eles representam o próprio “pulsar” da Terra. Denunciam a dinâmica desta última, contribuindo – não raras vezes – para obtenção do necessário equilíbrio. Os abalos sísmicos contribuem, por exemplo, para a justaposição das placas tectônicas. Os vulcões, por sua vez, liberam a poderosa energia do magma concentrado no centro do planeta. Depreende-se, portanto, da primeira reflexão, que a eventual catástrofe é para o homem, mas não o é para a Terra. A segunda questão que surge da discussão diz respeito ao nosso papel frente aos fenômenos naturais. Por que sofremos? Por que alguns sofrem mais do que outros? Por que, por exemplo, terremotos de grandes magnitudes produzem poucos estragos em algumas regiões, enquanto abalos de menor proporção arrasam populações inteiras? Por que o mesmo tipo de fenômeno passa despercebido aqui, enquanto acolá dizima povoados, vilas e cidades? O que se vê, na verdade, é que as consequências dos fenômenos naturais são, quase sempre, diretamente proporcionais à qualidade de vida dos países envolvidos. Assim, pode-se dizer que, em grande parte, os chamados “desastres ambientais” são uma questão (também) política. Há uma profunda e histórica relação entre políticas públicas (ou a falta delas) e as consequências advindas dos eventos naturais. Países onde prevalece o descaso com saneamento, saúde, infraestrutura, educação, segurança tendem a sofrer infinitamente mais do que aqueles onde o Estado mantém uma relação de “coesão” (respeito) com a sociedade. Portanto, não parece correto e nem tampouco inteligente lançar sobre a natureza a responsabilidade sobre eventuais (às vezes não tão eventuais...) desastres materiais e/ou humanitários. Até porque a Terra seguirá, indiferente, seu curso, de uma forma ou de outra. Ao homem cabe usar de todos os meios para minimizar os danos decorrentes dos “ajustes” naturais, meios estes que passam necessariamente por investimentos na qualidade de vida da população. 

MEIOS E FORMAS DE LOCALIZAÇÃO


MEIOS E FORMAS DE LOCALIZAÇÃO
Gilvan Teixeira
blog: profgilvanteixeira.blogspot.com.br


                A necessidade de orientar-se é tão antiga quanto o próprio homem. Este, desde as eras mais remotas de sua existência sempre dependeu da orientação como forma de sobrevivência. A busca do alimento, a necessidade de locais seguros, a esperança de uma terra onde jorrasse “leite e mel”, a descoberta de locais estratégicos para defesa e ataque em relação aos inimigos eram e, até certo ponto, continuam sendo, apenas alguns entre tantos outros motivos para o homem, desde a chamada Pré-História, preocupar-se com a orientação espacial. É bem verdade que as formas de orientação e localização foram mudando e se aprimorando ao longo do tempo. Outrora, restava ao homem pré-histórico e da Antiguidade, por exemplo, observar os astros, afinal eram estes últimos a principal, senão única, forma de localização. A dependência dos mesmos era vital. Mais tarde, os mapas, mesmo que inicialmente simples, foram assumindo lugar de destaque enquanto forma de localização. Hoje, existe uma gama infindável de mapas, desde aqueles que “descrevem” pequenos espaços geográficos até aqueles que retratam enormes espaços e distâncias, sendo imprescindível a compreensão das escalas e das legendas, por exemplo. Outra forma de orientação que ganhou destaque, especialmente a partir das Grandes Navegações (passagem da Idade Média para Moderna), foi a bússola, instrumento este que toma por base a conhecida Rosa dos Ventos. Hodiernamente, o GPS (Global Positioning System) ou Sistema de Posicionamento Global, tem assumido fundamental papel no que tange à localização. Esta tem se tornado cada vez mais precisa, contando com os avanços tecnológicos e a utilização de satélites de altíssima performance. Apesar da alta tecnologia, o GPS tem como “plataforma” algumas noções que de novas pouco têm. A lógica utilizada por ele é a das coordenadas geográficas, ou seja, o cruzamento de meridianos (longitude) e paralelos (latitude). Finalmente, é bom lembrarmos que – como a maioria das iniciativas e inventos – as mesmas formas e instrumentos de orientação e localização que contribuem para os avanços e descobertas da humanidade servem, também, para o aniquilamento e destruição de nossa espécie. A mesma tecnologia que “salva”, também é capaz de “matar”. Não por acaso as guerras e conflitos de toda sorte têm sido cada vez mais avassaladoras.