Translate

terça-feira, 15 de novembro de 2011

AS ZONAS POLARES

AS ZONAS POLARES
Prof. Gilvan Teixeira


            A Terra, planeta onde vivem cerca de sete bilhões de pessoas, é formada por seis continentes: Ásia, América, África, Antártida, Europa e Oceania. Parte dela está situada em altas latitudes (distância, em graus, de um ponto qualquer da Terra em relação à linha do Equador). São as chamadas Zonas Polares. No hemisfério sul, compreende a Antártida, enquanto no hemisfério norte compreende, por sua vez, a Groenlândia, o norte do Canadá, do Alasca, da Rússia e dos países escandinavos (Suécia, Finlândia e Noruega), além de inúmeras ilhas. As Regiões Polares estão marcadas pela elevada pressão atmosférica, assim como pela presença de enormes massas de ar frias e normalmente secas. Quanto ao clima, tais paisagens possuem apenas duas estações, quais sejam, inverno e verão. Esta última, especialmente junto aos pólos, chega a ter até seis ininterruptos de sol brando, com temperaturas médias que não ultrapassam os 100C. Quanto ao inverno, as Regiões Polares chegam a presenciar até seis meses ininterruptos de escuridão, sem a presença do Sol, com temperaturas médias de -300 a  -500C. Em regra, vale lembrar, as temperaturas na Antártida são mais baixas do que na Zona Polar norte, devido à altitude, já tendo chegado aos impressionantes -850C. No que diz respeito ao solo das Regiões Polares, mostra-se praticamente inexistente. Quando aparece, é pobre, impossibilitando a formação de uma vegetação mais densa e exuberante, muito menos a prática da agricultura. No Ártico, temos a presença da tundra, esta formada por musgos e liquens. Quanto à fauna, na Antártida é menos variada do que no Ártico. Enquanto no extremo sul do planeta merecem destaque os leões-marinhos, focas e algumas espécies de aves (pingüins, gaivotas e albatrozes, por exemplo), no Ártico por sua vez têm destaque os ursos, caribus, lobos e doninhas. Do ponto de vista hidrográfico, a Zona Polar norte possui um bom número de rios, congelados a maior parte do ano. Já na Antártida, os rios inexistem aparentemente. No que tange à população, na parte mais setentrional da Terra, merecem destaque alguns grupos tradicionais como, por exemplo, esquimós e lapões. É bem verdade que, principalmente a partir das últimas décadas do século XX, um significativo número de outras pessoas passou a ocupar a região, em busca das inúmeras riquezas minerais lá existentes. A Antártida, ao contrário, não possui qualquer grupo humano próprio. As pouquíssimas pessoas que nela estão são cientistas oriundos de alguns países, inclusive o Brasil, em busca de pesquisas, algumas por demais relevantes para a compreensão deste fantástico planeta em que vivemos. Apesar de oficialmente a Antártida não pertencer a nenhum país – conforme previsto no Tratado da Antártida (1959), válido até o ano de 2041 –, sabe-se, contudo, que algumas grandes potências vêm demonstrando forte interesse em se apropriarem das invejáveis riquezas e pontos estratégicos da região.
OBS: O texto acima está baseado em VESENTINI, José William. Sociedade e Espaço. São Paulo: Ática, 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário